A Arte Contemporânea é uma farsa: Avelina Lésper

Não sei se ja postaram, procurei pela busca e não achei, essa palestra da Avelina é de 2012, mas foi publicada novamente pelo site “Incubadora de Artistas” esta semana.

O assunto??? Continua atual, mais que nunca!!!

fonte: http://incubadoradeartistas.com/2014/01/15/a-arte-contemporanea-e-uma-farsa-avelina-lesper/

A Arte Contemporânea é uma farsa: Avelina Lésper
Posted on Janeiro 15, 2014 by Incubadora de Artistas

Com a finalidade de dar a conhecer seus argumentos sobre os porquês da arte contemporânea ser uma “arte falsa“, a crítica de arte Avelina Lésper apresentou a conferência “El Arte Contemporáneo- El dogma incuestionable” na Escuela Nacional de Artes Plásticas (ENAP), sendo ovacionada pelos estudantes na ocasião.

A arte falsa e o vazio criativo
“A carência de rigor (nas obras) permitiu que o vazio de criação, o acaso e a falta de inteligência passassem a ser os valores desta arte falsa, entrando qualquer coisa para ser exposta nos museus “
A crítica explica que os objetos e valores estéticos que se apresentam como arte são aceites em completa submissão aos princípios de uma autoridade impositora. Isto faz com que, a cada dia, formem-se sociedades menos inteligentes e aproximando-nos da barbárie.

O Ready Made
Lésper aborda também o tema do Ready Made, expressando perante esta corrente “artística” uma regressão ao mais elementar e irracional do pensamento humano, um retorno ao pensamento mágico que nega a realidade. A arte foi reduzida a uma crença fantasiosa e sua presença em um mero significado. “Necesitamos de arte e não de crenças”.

Génio artístico
Da mesma maneira, a crítica afirma que a figura do “génio”, artista com obras insubstituíveis, já não tem possibilidade de manifestar-se na atualidade. “Hoje em dia, com a superpopulação de artistas, estes deixam de ser prescindíveis e qualquer obra substitui-se por outra qualquer, uma vez que cada uma delas carece de singularidade“.

O status de artista
A substituição constante de artistas dá-se pela fraca qualidade de seus trabalhos, “tudo aquilo que o artista realiza está predestinado a ser arte, excremento, objetos e fotografias pessoais, imitações, mensagens de internet, brinquedos, etc. Atualmente, fazer arte é um exercício ególatra; as performances, os vídeos, as instalações estão feitas de maneira tão óbvia que subjuga a simplicidade criativa, além de serem peças que, em sua grande maioria, apelam ao mínimo esforço e cuja acessibilidade criativa revela tratar-se de uma realidade que poderia ter sido alcançada por qualquer um“.
Neste sentido, Lésper afirma que, ao conceder o status de artista a qualquer um, todo o mérito é-lhe dissolvido e ocorre uma banalização. “Cada vez que alguém sem qualquer mérito e sem trabalho realmente excepcional expõe, a arte deprecia-se em sua presença e concepção. Quanto mais artistas existirem, piores são as obras. A quantidade não reflete a qualidade“.

Que cada trabalho fale pelo artista
“O artista do ready made atinge a todas as dimensões, mas as atinge com pouco profissionalismo; se faz vídeo, não alcança os padrões requeridos pelo cinema ou pela publicidade; se faz obras eletrónicas, manda-as fazer, sem ser capaz de alcançar os padrões de um técnico mediano; se envolve-se com sons, não chega à experiência proporcionada por um DJ; assume que, por tratar-se de uma obra de arte contemporânea, não tem porquê alcançar um mínimo rigor de qualidade em sua realização.
Os artistas fazem coisas extraordinárias e demonstram em cada trabalho sua condição de criadores. Nem Damien Hirst, nem Gabriel Orozco, nem Teresa Margolles, nem a já imensa e crescente lista de artistas o são de fato. E isto não o digo eu, dizem suas obras por eles“.

Para os Estudantes
Como conselho aos estudantes, Avelina diz que deixem que suas obras falem por eles, não um curador, um sistema ou um dogma. “Sua obra dirá se são ou não artistas e, se produzem esta falsa arte, repito, não são artistas”.

O público ignorante
Lésper assegura que, nos dias que correm, a arte deixou de ser inclusiva, pelo que voltou-se contra seus próprios princípios dogmáticos e, caso não agrade ao espectador, acusa-o de “ignorante, estúpido e diz-lhe com grande arrogância que, se não agrada é por que não a percebe“.
“O espectador, para evitar ser chamado ignorante, não pode dizer aquilo que pensa, uma vez que, para esta arte, todo público que não submete-se a ela é imbecil, ignorante e nunca estará a altura da peça exposta ou do artista por trás dela.Desta maneira, o espectador deixa de presenciar obras que demonstrem inteligência”.

Finalizando
Finalmente, Lésper sinaliza que a arte contemporánea é endogámica, elitista; com vocação segregacionista, é realizada para sua própria estrutura burocrática, favorecendo apenas às instituições e seus patrocinadores. “A obsessão pedagógica, a necesidade de explicar cada obra, cada exposição gera a sobre-produção de textos que nada mais é do que uma encenação implícita de critérios, uma negação à experiência estética livre, uma sobre-intelectualização da obra para sobrevalorizá-la e impedir que a sua percepção seja exercida com naturalidade“.

A criação é livre, no entanto a contemplação não é. “Estamos diante da ditadura do mais medíocre”

Fonte original: Vanguardia

Tem o vídeo dela aqui:

Bem interessante esse assunto, algo que pretendo abordar em um trabalho de conclusão de curso.

Mas muito polêmico tbm!

E acho que falar disso é como atirar pólvora ao fogo, pois por mais que existam estudos e críticos à respeito, esse é um tema muito subjetivo.

Aqui está o grande vilão, na minha singela opinião.

Por isso por mais que se diga, no caso da fotografia, que cada um faz o que faz e ninguém deve se apegar aos critérios ou exemplos existentes, penso que, alguém só está
preparado para isso, para criar o “seu”, quando tiver pleno controle e conhecimento de todas as técnicas e estilos e aí tiver bagagem suficiente para transcender isso.

Para quem se interesse por esse assunto eu recomendo lerem sobre a filosofia de jean baudrillard chamada Simulacra e simulation. Ele fala da morte da realidade e consequentemente da arte.

Ele diz que hoje em dia ja nao existe mais arte, pq arte passou a ser tudo, e quando tudo passa a ser arte nao existe nada que se opoem a arte fazendo que a arte se auto anule.

Em uma tradicao de interpretacao banal que arrisco a fazer, eu acho que o que vc quotou tem mais relacao ao fato de a arte de hoje tem mais sentido ou eh mais voltado para a especulacao comercial do que a propria expressao artistica em si. E acredito que esse eh o sentido natural da arte pq a linguagem da sociedade esta cada vez mais voltada a especulacao comercial. E arte nada mais eh do que a expressao, representacao e mentalidade de seu tempo. O que significa se a arte de hoje parece falsa ou enganosa, muito provavelmente sera pq eh assim que esta a nossa sociedade.

Bem colocado!

Além da fotografia ( aliás muito antes dela ) sempre fui “artista” ( ou não ), por trabalhar com pinturas à óleo.
Porém como meu trabalho é hiperrealista, frequentemente pessoas despejam-me comentários como: - vc só copia uma foto! - vc não é artista, é só um bom desenhista e fotógrafo!

Bem, comecei a me perguntar: afinal, o que é arte então?

O belo, o feio, o diferênte, o comum, o incrível, o ridículo?..Tudo é arte, é o que dizem.
Perdeu-se critérios, parâmetros, enfim, características que pudessem “qualificar” de verdade aquilo que por ventura for arte.

Só me resta rir e continuar fazendo o que sempre fiz e acredito, pois mesmo não concordando não posso mudar o mundo.

Minhas pinturas a quem interessar: Casa de Pedra | Flickr

Imgur

PE-LA-MOR-DE-DEUS !!!

Raphael pra mim vc é um artista, parabéns pelo seu trabalho!!!

Marcado para ler!

Belo trabalho Raphael!!! :ok:

Me parece um pouco ingênuo acreditar que o “mercado” vai respeitar a arte se nem a vida humana ele respeita. Mesmo sendo um tanto radical em suas preferências, acho muito importante personalidades como Avelina Lésper para pesar um pouco as coisas para o outro lado. Tenho percebido essa tentativa de definir a arte, achar um significado comum para ela. No entanto, me parece impossível generalizar algo tão pessoal e individualizado como é a arte. Pessoal tanto em sua concepção como em sua observação. Na realidade, esse tipo de questionamento vem sempre atrelado à questão de valor de mercado. Acho mais interessante um questionamento mais pessoal da arte e menos atrelado ao mercado e à coletividade.

Acho que mais interessante do que esses depoimentos raivosos dela, suas ações como nesse projeto aqui. Achei as entrevistas fantásticas!

Dá pra encontrá-las todas no youtube.

Opiniões fortes heim!

A discussão sobre o que é arte nasceu junto com a arte. Uma definição um pouco ingênua, mas bastante interessante, é “Arte é o que desperta sentimento.”

Muito obrigado!

Mas sinceramente, como aqui foi comentado, é um assunto muito complexo, de modo que desisti de discutir.

Continuar e seguir naquilo que se acredita é o caminho, mas sem ignorar tudo que está sendo feito no mundo pra não viver na ilusão tbm.

Aos que leram mas não conhecem certos termos, achei interessante colocar a definição de ready made que tudo tem a ver, na sua concepção inicial, com o questionamento do que é arte e talvez com a intenção de quebrar este conceito. A partir do momento que alguém, no caso Duchamp, resolve transformar um urinol em obra de arte e assim é aceita pelo simples fato de ser de Duchamp, as coisas se banalizam.

Vou copiar e colar de um dos links, por conhecer a preguiça de entrar neles para ler… :assobi:

Ready-made

Definição

O termo é criado por Marcel Duchamp (1887 - 1968) para designar um tipo de objeto, por ele inventado, que consiste em um ou mais artigos de uso cotidiano, produzidos em massa, selecionados sem critérios estéticos e expostos como obras de arte em espaços especializados (museus e galerias). Seu primeiro ready-made, de 1912, é uma roda de bicicleta montada sobre um banquinho (Roda de Bicicleta). Duchamp chama esses ready-mades compostos de mais de um objeto de ready-mades retificados. Posteriormente, expõe um escorredor de garrafas e, em seguida, um urinol invertido, assinado por R. Mutt, a que dá o título de Fonte, 1917. Outro de seus célebres ready-mades retificados é aquele em que toma uma reprodução da Mona Lisa, de Leonardo da Vinci (1452 - 1519), e acrescenta à imagem um bigode, um cavanhaque e letras que permitem, quando lidas em francês, a formação de uma frase obscena L.H.O.O.Q.,1 1919. Os ready-mades de Duchamp constituem manifestação cabal de certo espírito que caracteriza o dadaísmo. Ao transformar qualquer objeto em obra de arte, o artista realiza uma crítica radical ao sistema da arte. Assim, objetos utilitários sem nenhum valor estético em si são retirados de seus contextos originais e elevados à condição de obra de arte simplesmente ao ganhar uma assinatura e um espaço em exposições. Os princípios de subversão mobilizados pelos ready-mades podem ser também observados nas máquinas antifuncionais de Francis Picabia (1879 - 1953) e em algumas imagens fotográficas de Man Ray (1890 - 1976).

Entre as vanguardas do início do século XX, segundo o crítico Giulio Carlo Argan, o dadaísmo apresenta-se como uma “vanguarda negativa” por “demonstrar a impossibilidade de qualquer relação entre arte e sociedade”. A contestação de um conceito de arte leva à defesa, pelo grupo, de que a “verdadeira” arte é a antiarte. Com isso, o movimento dadá nega as definições disponíveis de arte e o próprio sistema de validação dos objetos artísticos. Trata-se de produzir, não “obras de arte”, mas intervenções, deliberadamente absurdas e inesperadas. As ações perturbadoras do dadaísmo se revelam na recusa às técnicas propriamente “artísticas” e na utilização de materiais e procedimentos da produção industrial, que são despidos de seus usos e objetivos habituais. O ready-made criado por Duchamp sintetiza esse conjunto de princípios e o espírito crítico que alimenta o dadaísmo: um objeto qualquer pode ser alçado à condição de obra de arte. Ao colocar, por exemplo, uma assinatura no mictório, Duchamp afirma que os objetos não possuem um valor em si, mas que o adquirem em função do juízo de um sujeito e da validação conferida a eles pela definição de uma “autoria”.

Certo espírito do dadaísmo que o ready-made evidencia é recuperado pelo surrealismo imediatamente posterior, movimento que irá abrigar muitos artistas ligados ao dada. Aí também as escolhas aleatórias presidem a confecção das obras. O objet trouvé (fr. “objeto encontrado”) - objeto encontrado ao acaso pelo artista e exposto como obra de arte - segue em linhas gerais o princípio que orienta a confecção do ready-made, ainda que Duchamp faça questão de marcar a diferença entre ambos: enquanto o objet trouvé é escolhido em função de suas qualidades estéticas, de sua beleza e singularidade (implicando então num juízo de gosto), o ready-made elege um objeto entre vários iguais a ele. Nada diferencia ou particulariza a escolha, que é feita de modo totalmente casual. O encontro aleatório de objetos díspares e a defesa de que o trabalho artístico visa romper as fronteiras entre arte e vida cotidiana - afinal, todo e qualquer tipo de material pode ser incorporado à obra de arte - está na raiz das assemblages da década de 1950, tributárias dos ready-mades de Duchamp e das obras Merz, 1919, de Kurt Schwitters (1887 - 1948). O forte impacto do dadaísmo em geral e dos trabalhos de Duchamp em particular pode ser aferido pelas ressonâncias de suas idéias e pela incorporação de suas técnicas de criação, no expressionismo abstrato, na arte conceitual, nas esculturas junk e na arte pop norte-americana, não por acaso também denominada de neodada.

A produção brasileira não fica imune aos influxos trazidos pelo dadaísmo e por Duchamp, o que se verifica em trabalhos de distintas orientações, como nas fotomontagens de Jorge de Lima (1893 - 1953), em certos projetos de Nelson Leirner (1932), em determinados trabalhos de Hélio Oiticica (1937 - 1980), que indiferenciam, cada qual ao seu modo, as fronteiras entre arte e vida. Procedimentos próximos aos da assemblage podem ser observados em obras de Rubens Gerchman (1942 - 2008), Rochelle Costi (1961) e Leda Catunda (1961).

Notas

1 Elle lache au cul

(http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=5370

Do site do MoMA: http://www.moma.org/collection/theme.php?theme_id=10468

E algumas imagens retiradas do tio google: ready made - Google Search

Estou curtindo muito… valeu Lindsay! :slight_smile:

Eu sou muito mais novo no forum e estou mais adaptado do que vc… :smiley:
As pessoas nao leem texto com mais de 10 linhas, tem que ser resumido igual a mim:

Entao quem realmente tiver interessa que vai atras. :ok:

Lembrando que Duchamp ja estava fazendo uma critica a arte de sua epoca ao usar um urinol como Arte.

De repente, com você, funciona do seu jeito… desculpe, mas ao invés de fazer posts “ensinando” como se deve postar, contribua com o tema… se não, por que comentar?

Eu estava sendo ironico.

Eu uso esse icone ( :smiley: ) no lugar desse ( :hysterical: )

:ok:

Não vamos generalizar demais.

Pessoalmente visito todos os links e indicações de livros postados. Inclusive o que indicaste Croix, Simulacra And Simulation do Baudrillard, Jean, já estou com ele pra ler nas férias.

Não ‘sou formado’ em artes amigo, e minha formação é totalmente ‘inversa’. Mas tenho na fotografia, colecionismo, guitarra, camping… o meu ‘equilíbrio’.

Acho válido o esforços dos amigos (as) em postar textos e links. Se uma pequena parcela não lê, não tem problema; o recado tá dado, alguém pode ler e se interessar, pode ser agora ou daqui a alguns anos…

Eu generalizei para fazer a piada (hironia).
Aqui so vi uma pessoa dizendo que as vezes nao le quando escrevo muito, mas em outro forum que participava as pessoas chegavam a reclamar comigo por fazer posts com muitas palavras. :smiley:

Versiano,

Eu ainda estou procurando um livro mais especifico do Baudrillard falando da morte ou do desaparecimento da arte. Eu tenho aqui em casa e nao acho.

Esse eh um fenomeno interessante que eh debatido desde a grecia atiga, passando pela idademedia, renascimento e continua ate hoje.

Eu ja falei sobre isso em outro topico mas vou continuar com minha fama de chato e repetir aqui.

Existe uma questao que eh debatida sobre a arte mimesi, que tenta representar a realidade e tangibilidade e a arte abistrata, tambem conhecida como primitivismo (mas sem ser no sentido prejorativo) em que tenta representar mais o mundo das ideias e nao o mundo real.

Entao artistas tendem a preferim uma das tendencias e criticar a tendencia oposta. A critica mais conhecida aos artistas “primitivos” (vamos chamar assim) eh que eles nao usam muita abilidade tecnica, ou ainda usam a tal frase “uma crianca de 5 anos faz isso”. Mas eh enganoso achar que uma repreentacao que nao se assemelha com o que vemos com nossos olhos nao exige treino, qualidade tecnica, etc, como a arte Egipcia do passado, as pinturas medievais, as mascaras de tribos africabas e as pinturas abistratas de Picasso por exemplo. Nao sao artes com tecnicas inferiores ou inferiores em si, sao apenas artes que nao buscam representar o mundo idealisado ou suportamente real, mas sim fazer uma representacao que melhor expressa um imaginario

Ja as criticas feitas a mimesi sao geramente as acusacao de que eh uma arte corrupta. Corrupta pq os detalhes dos trabalho tecnico em funcao da representacao da realidade se torna um atrativo maior do que a propria mensagem da obra, ou ainda pior, estimula as artes se forcar no mundo materialista para consequir atingir a qualidade tecnica da representacao da realidade. O fato eh que a copia da realidade se propoem justamente a fazer com que aqueles que olham a obra sinta realmente olhando para o objeto retratado, como se ter uma pintura de uma uma pessoa ou um objeto fosse praticamente ter a pessoa e o objeto real, ou pelo menos experienciar ter tais representaces (E por isso acusada de se uma arte que corrompe o sentimento para o materialismo).

Como eu ja disse antes nesse topico, arte nada mais eh do que a expressao de seu tempo e seu povo. Eh dificil falar sobre as tendencias de um periodo artistico sem levar em consideracao o momento social, economico e politico desse periodo. Caso contrario seria o mesmo que querer entender reacoes fisicas deixando de lado a matematica.

Mas algo que eh muito interessante e pouco levam em consideracao eh a midia. A midia tambem pode influenciar a linguagem, expressao e representacao nao so nas artes mas na sociedade como um todo, incluindo a maneira de pensarmos e tomarmos decisoes.

Um exemplo disso esta no desenvolvimento para um mundo mais democratico a partir da invensao da imprenda, que proliferou livros e mais tarde jornais, fazendo com que cidadoes ficassem mais atentos as questoes politicas, economicas, sociais, etc. Os EUA se desenvolveu politicamente de maneira tao rapida pq os protestantes que migraram e formaram os EUA eram altamente literados e consequentemente mais participantes em questoes politicas e sociais. Outro exemplo aparece mais tarde com a invensao do codigo morse. Informacoes viajavam muito mais rapido, mas em contra partida se tornaram mais resumidas, menos analiticas e mais factuais, fazendo os textos nos jornais ficarem cada vez mais curtos, pq velocidade passou a ser mais prioritario que analise/conteudo. Tudo isso para dizer que essas mudancas sociais e mentais influenciada pelas mudancas tecnologicas influenciaram tambem as expressoes e relacoes artisticas dessa maneira indireta mas tambem de maneira direta, com a invencao da pintura a oleo que tornou possivel uma representacao mais fiel da realidade, depois da camera escura, depois da fotografia impressa, e agora com o digital, etc.

Nao sei como cheguei ate aqui, mas o que eu quero dizer eh que nao importa o quanto o mundo mude, algumas questoes e debates vao continuar sendo os mesmos assim como sempre foi desde a grecia antiga.

E como a historia sempre se repete, apos chegar a um certo nivel da copia realistica (corrupcao como alguns dizem) artistas tendem a voltar atras e buscar de novo uma representacao mais imaginarioa, que apele aos sentidos de maneira nao materialista, buscando quebrar a mimesi para se redesenvolver e buscar de novo uma tecnica que represente a realidade tangivel.

So estou dizendo tudo isso pq acho que o tema do topico tem a ver com essa critica sobre a corrupcao das artes que vira moda em certos periodos/epocas da humanidade.

E se vc se perguntar qual eh a tendencia da arte ou expressao da sociedade de hoje nas artes. A resposta muito provavelmente eh o entretenimento. E ai vem outra questao. Se arte passa a ser entretenimento ela deixa de ser arte?

Eu posso abordar sobre a diferenca entre arte e entrenedimento, como tambem a diferenca delas de informacao/educacao. Mas nao agora pq estou cancado. :no:

Concordo 100000000% com ela. :clap: :clap: :clap:

2 x :smiley: :ok: