Salve!
Achei que era tempo de aprender algo novo, então aprendi a processar astrofotos em canais separados. A estratégia não é tão complicada, mas a execução demanda alguma prática. Ainda estou aprendendo, e espero não estar exagerando na edição.
Logo após o empilhamento, faz-se a eliminação de gradientes (normalmente causados por poluição luminosa), calibração de cores (pra que as estrelas tenham as cores que deveriam ter - o equivalente a um ajuste de WB, porém mais científico) e separação das estrelas (pra não bagunçar a cor delas durante o processamento da nebulosa). Até aqui, tudo como eu sempre fiz.
Então, meu novo processamento, a partir da imagem da nebulosa, separamos a imagem em 3 canais, vermelho, verde e azul. Do canal vermelho, fazemos uma cópia, que vai ser o canal de luminância.
Em seguida, esticamos cada canal individualmente (ver meu post sobre empilhamento e esticamento). O vermelho, verde e azul devem ter um tom cinza de fundo aproximado entre elas, e contêm as cores que vão “pintar” a luminância. O canal da luminância é esticado de forma a otimizar o contraste e detalhe. Neste canal, o fundo deve ser escuro, e os tons de cinza devem estar bem pronunciados.
Logo após o esticamento, removemos o ruído de cada canal separadamente. Como cada canal é uma imagem cinza, só tem ruído de luminância, e zero crominância, fazendo com que a remoção de ruído seja bem mais eficiente. Então, ao se juntar os canas de volta, temos um sinal bem mais forte que quando removemos o ruído de uma imagem colorida.
Depois disso, usei uma palheta de cores normalmente usada pelo Hubble, chamada HOO. Esta palheta consiste em aplicar o Hidrogênio (vermelho profundo) ao canal vermelho (R), Oxigênio (parte verde, parte azul) ao canal verde (G), e a mesma proporção ao canal azul (B). Isso é bem comum pra mostrar a presença de hidrogênio e oxigênio em uma determinada nebulosa.
Chega de papo, eis a foto.