Ontem estava dando uma olhada num trabalho que fiz em 2014, pois o cliente havia perdido DVD que havia gravado o trabalho e analisando o trabalho, vi que a fotografia que o cliente escolheu para ilustrar o seu trabalho, era uma das piores que do lote (superexposta, entre outros), mas enfim, ele gostou.
Lendo alguns posts aqui no fórum, vejo opiniões bem diversas sobre fotografias (corredor polonês, galeria de fotos e papo furado), uns gostam por um motivo, outros desgostam pelos mesmos motivos e junte-se a isso, o fato de nós fotógrafos (e isso vale para amadores e profissionais) gastarmos um bom volume de dinheiro em equipamentos e cursos, quando já podemos quase que dizer que com um celular, qualquer um pode fazer fotografias profissionais.
Será que este é mesmo o rumo da arte fotográfica, ou ainda estamos amarrados a paradigmas e dogmas do passado? Até que ponto a técnica tem mais razão que o feeling e vice-versa?
Subjetivo e difícil de ser avaliado, historicamente falando
Cliente: 95% ligado em modinha, a vantagem que a bagaça fica ridícula depois de um tempo e fazem outro trabalho
A patroa pinta OST e ta querendo dar aula para entrar um troco. Depois de 10 anos começou a fazer outras modalidades para dar aula, desenho, cartoon, etc
Notei que é muito difícil ela criar material longe da sua realidade, copiar é bico
A técnica ( mal ou bem aplicada ) faz acontecer o resultado que traz o sentimento em quem vê, seja um sentimento ruim, de desaprovação, ou algo que encante, isso em se tratando de arte.
Também acho que o que vale é o sentimento provocado, desde que o que for gerado na maioria das pessoas corresponde ao objetivo almejado.
Concordo com todos vocês, mas muitas vezes, especialmente para o caso de clientes corporativos (que é a grande maioria que eu atendo), muitas vezes as pessoas não entendem de fotografia e, por conhecerem marketing, acham que sabem escolher entre uma fotografia realmente boa e uma fotografia apenas bonita (tem muita fotografia bonita, que tecnicamente falando não são boas).
A gente acaba ficando de mãos atadas, porque muitas vezes o cliente quer algo que nós sabemos que não é a melhor parte do trabalho - não é como tirar fotografias de um filho/filha quando ele está brincando, que a gente pega aquele momento único, que muitas vezes está sem enquadramento, o fundo estourado, ou coisas do tipo e a gente gosta, porque é um momento que acaba fazendo parte da história de vida da criança, que pra gente sempre será a criança mais bonita do mundo.
É mais ou menos como penso sobre alguns retratos de fine art (recentemente até utilizei em uma discussão aqui este exemplo), que valem muita grana, mas que no fundo, pelo menos pra mim, não representam nada, vide a batata que o irlandês fotografou e ganhou um milhão de euros com ela…