No meu curso de jornalismo, um dos estudos que faziamos era avaliar a posicao e opiniao do jornal observando as cores das fotos da noticia.
Basicamente, os jornais adiquirem as fotos (e a noticia) das agencias de nocicias, e cada jornal, de acordo com sua posicao e opiniao sobre o fato, muda um pouco as tonalidades e intensidade das cores.
Na pratica, Dois jornais que tem na capa a mesma noticia e a mesma foto obtido da mesma agencia de noticia, publicam a mesma foto com cores de tom e intensidade diferentes.
Um dos estudos que lembro bem, foi um jornal que trouxe a noticia de um protesto violento em que terminou com incendio. A foto tinha um tom mais avermelhado em seu todo e destacava mais o fogo, dando mais dramaticidade e violencia a cena. O jornal era mais popular, querendo destacar a tregedio do incendio e feridos. Ja outro nornal com a mesma foto e noticia, a foto tinha cores mais amenas, destacando os policiais. O jornal mais liberal e nao popular, dando mais atencao a exaltacao da acao policial.
Quando faziamos o estudo nao liamos a noticia, observavamos somente a foto e procuravamos ver a posicao do jornal pela imagem, em que as cores tambem faziam um papel principal. Para so depois ver a noticia e confirmar a nossa avaliacao feita pela observacao da foto.
Ótimo tópico! Este vídeo do Vimeo eu já tinha visto, é ótimo!
E como referências, cito duas:
; e
Ótimas referências!!!
Falando de cor em fotografia me vem à cabeça o trabalho do Miguel Rio Branco! Gosto muito também do trabalho de outro brasileiro, o João Farkas! Mais “fotografia de rua” tem o Alex Webb, e claro, o Steve McCurry! E tem o Martin Parr e o Alex Prager com uma abordagem fotográfica mais conceitual! São tantos!
Incrível! Demais, muito bom!!!
Gosto no final da provocação que ele faz citando o Roger Deakins.
Ótimo vídeo também, mas parece uma versão “resumida” do vídeo que você mesmo compartilhou anteriormente.
Croix, legal seu relato. Confesso que até então não percebia essa manipulação nas notícias, não especificamente quanto aos tons e cores.
Bruno, certamente trazendo excelentes referências. Acredito que Steve McCurry é o mais conhecido dentre todos os citados. Já “perdi” um bom tempo navegando em seu blog, incrível mesmo. Vou conhecer os demais.
Outra referência, citada no primeiro vídeo do Lee, é Wes Anderson. É fotografia para o cinema, mas ainda é fotografia. Tem um blog só sobre suas paletas de cores:
Wes Anderson (Robert Yeoman) é legal, mas dos exemplos exibidos no vídeo é o que menos me impressiona! Talvez por inclinação pessoal me agrada mais o Emmanuel Lubezki, John Alcott, Christopher Doyle, Wally Pfister e o Jeff Cronenweth.
Enfim, acho que você vai curtir assistir o pequeno vídeo abaixo sobre Robert Yeoman (e claro, Wes Anderson).
Acho que a referência a Wes Anderson no vídeo sobre cores é em virtude de seu trabalho ser extramente ilustrativo para o assunto, quase caricato e bastante sui generis.
Fantástico. Legal foi ver filmes mais antigos que eu não sabia serem com fotografia dele, estava atrelando mais aos seus últimos trabalhos premiados com Oscar.
As cores e composições de maneira geral são incríveis mesmo.
A experiência desse filme em particular foi extremamente intensa, Lee. O uso das GA foi muito feliz, dando realmente essa imersão. Não me espantaria se alguém relatasse que até sentiu o frio das cenas. hahah.
Essa conexão da direção de fotografia no cinema é algo recente pra mim, eu não prestava atenção há algum tempo — apenas no diretor e roterista.
É realmente fantástico, inclusive com o jogo de movimento e profundidade de campo no Birdman e A árvore da vida.
Abaixo uma aula rápida (sério, é uma aula) do Christopher Doyle sobre um lado que eu acho interessantíssimo: o aprendizado empírico que podemos aplicar se formos mais conscientes em tudo que criamos (se tivermos sensibilidade para isso).
Outro ponto que me deixou intrigado sobre o estudo das cores na composição foi com relação a proporcionalidade delas no quadro. Vi o assunto no livro O Olho do Fotógrafo (Michael Freeman).
O link abaixo dá uma ideia da sistemática:
De acordo com a interpretação de Goethe, as cores do espectro possuem intensidades (luminosidades) diferentes, e para haver um equilíbrio e harmonia é necessário combiná-las proporcionalmente. Ele explica que se uma cor é por natureza mais luminosa, como o amarelo, por exemplo, deve-se combinar com um tom naturalmente mais escuro, cuja proporção entre as duas cores deve ser tal que a cor mais luminosa ocupe uma área menor do que a outra (BARROS, 2009).
Abaixo está uma imagem que retirei do livro A cor no processo criativo, da pesquisadora Lilian Ried Miller Barros, que mostra os valores das cores do circulo cromático e alguns exemplos de proporção.
Figura 1: Proporção entre as cores do circulo e as complementares. Fonte: BARROS, 2009, p.9
Percebam que, se utilizarmos a combinação de amarelo, cujo valor é 3, e roxo, que tem valor 9, teremos uma proporção de 1 para 3. Se vocês repararem, o espaço que o roxo está ocupando equivale a 3 retângulos amarelos, ou seja, 1:3. O mesmo acontece com os outros exemplos.
Percepcao. Eh tudo sobre percepcao.
As pessoas acham que eh tudo sobre informacao, e a atencao que dao na procura da informacao frequentemente se torna uma distracao a percepcao, principalmente quando fazem da informacao regras.
Eh igual a convesar da casualidade que houve em outro topico. Arte nao eh o resultado, ou melhor dizendo, o sucessp de um resultado planejado, mas sim o processo, a casualidade e como tudo eh percebido e adaptado durante o processo para o sucesso do resultado.
Nao eh preciso ler livros para aprencer os efeitos das cores, angulos, luz. Livros ajudam a tornar tais percepcoes mais conciente. Mas o que eh preciso de fato eh estar com os sentidos atendo e a percepcao sensivel.
A auto concientizacao nao significa nevessariamente a auto percepcao. Muitas pessoas vao pensar na palavra fome quando quando sente fome. Pensar na palavra eh uma forma de auto concientizacao. Mas a percepcao, sem precisar associar em uma palavra para perceber que precisa comer e o que quer comer, eh a maior concientozacao que existe. A falavra fome eh um distrativo mental.