"Cropar" ou não "Cropar" ?

“Cropar” ou não “Cropar” ? Eis a questão !

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Alguns (puristas) fotógrafos (Ex. Cartier Bresson) são radicalmente contra!!!
Você é daqueles que aumenta o tamanho da fotografia só para poder “cropar” a vontade ?
Ou é daqueles que dá só uma “cropadinha” de leve ?
E, por último, prefere perder o indicador da mão direita do que “cropar” ?

https://imagizer.imageshack.us/v2/500x406q90/661/ro5eLP.jpg

O que vocês acham ? Há regras em relação a isso?

Acho que depende da foto…

Existem ‘várias guias’, algumas melhores do que outras em determinadas situações, agora mesmo estava cropando uma foto do meu filho, tentei várias guias e pessoalmente, achei que sem crop ficaria melhor. Para mim, não é uma regra definida, mas uma tendência.

Alguns crops exigem uma análise e planejamento cuidadosos antes de tomar a foto, e claro, tato e experiência, etc.

Em tempo, em relação a foto acima, prefiro a sem crop!

Bom, eu não tenho qualquer noção artística ou histórica sobre a questão, então minha opinião é mais voltada ao lado prático da coisa…

Particularmente, procuro sempre compor da melhor forma possível utilizando o quadro todo, até para aproveitar melhor a área do sensor. Entretanto, em boa parte dos casos, faço correção sim de inclinação e, algumas vezes, algum crop para destacar melhor o assunto ou tornar a foto mais atraente, especialmente nos casos de fotos feitas com pressa, aquelas para não perder o momento.

E mesmo pensando em alguém profissional, acredito que isso deva ser bastante comum também. Agora se é certo ou errado, fico aberto a opinião dos colegas.

Não virando muleta, acho que não tem problema. hehehe Acho que ser radicalmente contra cropar é de um purismo exagerado, do mesmo tipo que motiva pessoas a não usarem raw. rsrsrs

Eu raramente cropo, na verdade quase nunca.

É um exercício pessoal querer resolver no clique. Tem gente que não tá nem aí, eu estou.

Mas são casos e casos. O instagram por exemplo, quando fotografo eu já faço o frame pensando em modo quadrado, ou então coloco bordas brancas pra valorizar todo o ele.

Penso exatamente assim.

Procuro também sempre compor a foto sem pensar em um futuro corte, mas às vezes corrijo um pouco a inclinação da foto, sou até perfeccionista com isso de fotos desalinhadas, sempre procuro alinhar.

Em casos específicos, como nas fotos de miniaturas Hot Wheels, sempre faço um corte, para que o carrinho “encha” todo o quadro, se não fizer, não consigo foco pela distância mínima que a minha lente consegue.

normalmente uso o recurso só de leve, corrigindo inclinação torta, inclinação vertical e paralaxe… a não ser foto de pássaros, porque nesse caso a gente nunca tem a Tele que precisa.

sinceramente, pela falta de prática, nem consigo “enxergar” um corte proposital que possa melhorar numa composição minha. São raros os casos em que realmente faço um corte que mude a composição.

Cropa se quiser, se não quiser, não cropa :slight_smile:

É por aí mesmo. Opção de cada um, longe de existir uma unanimidade e muito menos um único modo correto.

Eu trabalho com eventos. Nem sempre a gente tem o tempo necessário para fazer o enquadramento desejado na hora de capturar alguma cena espontânea. Nesse tipo de foto, sempre que precisar eu corto depois. Mas obviamente faço de tudo para não precisar cortar. Primeiro porque é uma perda de tempo danada ter que ficar consertando enquadramento na pós. Segundo porque é um desperdício de sensor, rsrs.

Quando tenho tempo de planejar bem uma foto, enquadro já do jeito que quero. Mas se olhando no computador eu achar que um re-enquadramento pode melhorar a foto, corto sem dó.

Concordo. Aliás, eu particularmente era mais radicalmente contra o crop, até que um dia me deparei com texto no “O Olho do Fotógrafo”, que é considerado uma das bíblias quando o assunto é composição, onde o autor fala que uma das vantagens dos grandes formatos é justamente a possibilidade de - cropar :dizzy_face: :dizzy_face: Aliás, existe um capítulo inteiro dedicado ao crop e no mesmo livro ele coloca uma foto e várias opções de crop desta foto, inclusive a que ele escolheu e que foi parar em outro livro.

Em contrapartida, ele também escreve:

"It is important not to think of cropping as a design panacea or as an excuse for not being decisive at the time of shooting. The danger of having the opportunity to alter and manipulate a frame after it is shot is that it can lull you into imagining that you can perform a significant proportion of photography on the computer. Cropping introduces an interruption in the process of making a photograph, and most images benefit from continuity of vision."

Acho que bate com a pensamento da maioria.

Também penso da seguinte maneira: Fotografo para não precisar de corte. Mas, se precisar, não tenho problemas em fazê-lo.

Cropar sempre eu acho muleta só para alguém se vangloriar que só usa fixas mas na verdade está usando um zoom digital que é pior do que o ótico. Claro que os sensores novos de alta resolução acima de 20 MP permitem milagres quando o assunto é cropar.

Eu mesmo, cropo algumas vezes, outra não. É uma questão de gosto.

:ok: :wink:

Sou do tempo da “antiga” e ao se fazer, principalmente, fotografia social, onde haveria necessidade de encadernação, e utilizando por exemplo uma Hasselblad 6x6, já se fazia a composição pensando na ampliação (20x25, 24x30…) e acho que de certa forma acabo fazendo fotografias pensando mais na saída que vou dar a ela. Produtos “table top” é indiferente mas ao se fazer uma fotografia para um editorial deve-se pensar no formato que será utilizado…
Não sei se era bem disso que tratava a pergunta.

Grande abraço,

Eu cropo as vezes. Seja pra colocar um produto em um layout, seja pra corrigir algum erro meu, seja pra alinhar alguma coisa que deixei torto sem querer, e as vezes eu mudo de ideia mesmo.

Mas como uso uma câmera limitada com um sensor ultrapassado, tenho que pensar bem no destino final das fotos, por exemplo, em produtos onde vou precisar de mais de um enquadramento, muitas vezes faço ele com uma objetiva 90mm e depois só troco por uma 50mm buscando um plano mais aberto, assim tenho o crop em alta resolução.

Existem fotografos que fotografam para o momento e tem que fotografam para a pos edicao. E tem que misture os dois.

Bresson nao eh o melhoe exemplo para se ouvir sobre o “depois do click”. Pelo que eu seu ele nunca trabalhou as proprias fotos. E nunca soube.
Mas sem duvida ele tinha um excelente olhar para o enquadramento no viewfinder, percepcao geometricas e equilobrio em composicao.
Mas as fotos dele em geral sao cruas. Nao que isso seja algo ruim ou bom. Apenas eh. Apesar de muitos serem intolerantes com tal aspecto de “cru” quando veem em fotos que nao seja de Bresson. Mas nas fotos de Bresson nem reparam.

Sobre esse aspecto do topico eu prefiro ouvir a opiniao de Ansel Adams e Helmut Newton, em que a foto nao eh apenas o registro composicional/geometrico do momento do click, mas um meio de criacao visual alem do mero registro do momento e suas caracteristicas do momento.

Eu ia citar justo o Ansel Adams aqui, que é um fotógrafo que trabalhava bem o negativo, fazia tratamentos bem rebuscados, inclusive com bastante crop… Eu sei que hoje em dia todo mundo usa o Adams como desculpa para tratamentos mais pesados, rsrs, mas acho que é sempre um bom exemplo a ser citado, pois além de trabalhar muito antes da captura, ele trabalhava bastante depois também.

Penso eu que o melhor é não cropar ou cropar o mínimo possível. Mas esse é um exercício e um desafio bastante intenso.
Então, faça uma boa foto na captura e se for absolutamente essencial cropar, crope sem dor na consciência.
Se até HCB cropou, pq eu não poderia cropar um pouquinho?!?! :smiley: