Salve , amigos… coloquei esse tópico só pra saber se sou o único que pensa assim.
Olho para diversos Cutouts e vejo tanta artificialidade. E pior: anda me remetndo a um senso estético cafona. Claro que sem desmerecer a capacidade técnica dos fotógrafos que a apreciam. Só estou querendo propor uma questão estética e colher alguns pontos de vista. Nada muito além não…
Eu não gosto. Não é impossível fazer algo bom assim, mas nunca vi. Às vezes são boas fotos “enfeitadas” com alguma coisa meio discutível. A ênase em fotografia deve ser oriunda da manipulação do assunto, e não de um trecho colorido.
Acho interessante o ponto de vista de vcs apresentado aqui.
Fiquei pensando um pouco antes de postar, e acho que como qualquer foto, vai muito do que quem a fez quer mostrar, sobre o ser brega, bom até acho que em muitos casos vale mais pela brincadeira do que pela arte em si, raros são os casos em que acredito realmente valer a pena (como citado pelo Gustavo), mas vejo isso tb com outros tipos de fotos.
Macro, por exemplo, eu em geral costumo não gostar, pra mim a maioria das fotos macro em geral se resume em fotografar de bem perto algo, sem grandes preocupações com composição e tal. É óbvio que já vi ótimas idéias em cima de macros, mas em geral não curto. E antes que me perguntem… sim eu já fiz macro e já fiz cut out.
Acho que cada um deve fotografar aquilo que achar interessante e fazer aquilo que achar interessante em suas fotos, já sabendo que os outros podem gostar ou odiar.
Cafona é, mas é algo que você precisa fazer ao menos uma vez na vida
Cutout me parece uma técnica que surgiu e foi muito utilizada na publicidade. Fazer uma exposição de fotos cutout seria a cafonice ao extremo, mas em um anúncio de jornal acredito que (ainda) é tolerável.
Teve a época das propagandas de TV em que o produtor do vídeo adorava dar um color balance e puxar o vídeo para azul, vermelho, amarelo, verde, enfim. É algo já meio batido, mas ainda vemos muitos comerciais assim. Sem falar em produções hollywodianas… duas delas que me vêm à cabeça é A Paixão de Cristo, que ora puxa para o azul, ora puxa para o vermelho. Em 13o andar, metade do filme é amarelo e metade é azul, se eu tô bem lembrado
Já repararam na onda alto-contraste que rola nos Fotologs? Todo mundo atola no contraste e dá uma saturadinha para dar aquele toque sonystyle no final E isso não é só em fotolog, tem muito website feito por grandes empresas que abusa desses “clichês” da edição.
Enfim, foto publicitária tem muito a ver com moda, com a estética de uma época. Com o advento da web, esses clichês da publicidade estão entrando no mundo do usuário doméstico, que cada vez mais sabe editar suas imagens e quer exibir suas fotos pseudoprofissionais no flog mais próximo
Também já fiz cutouts, mas pra apenas aprender à fazê-lo, para exercitar e aprender novas técnicas de manipulação de imagem. Acho os efeitos (cutouts) quase sempre exagerados e bregas também.
Mas por exemplo, se você se envereda pelo ruma da fotografia de casamentos, festas infantis, etc… Acho que é unânime. Todos casais, pais de crianças, ou seja, os clientes, adoram cutouts. E olha q existem há décadas. só que agora ficou mais fácil de fazer, por causa da tecnologia digital e avanço nos programas gráficos. Pra mim, não tem coisa mais cafona do que foto de casamento onde o buquê da noiva fica colorido e o resto em P&B. sem falar daquelas com a noiva refletida no espelho, etc… rsrsrs. Mas para quem trabalha com isso, até mesmo se um dia eu for fazer trabalhos assim, infelizmente é o que agrada a maioria dos clientes. Enquanto o profissional não fica famoso pelo seu trabalho, não pode adotar seu estilo bruscamente, praticamente ignorando os cutouts e outras produções clichês de casamentos, festas, etc…
Acredito que aos poucos conseguimos mostrar o nosso olhar fotográfico aos clientes, até então conseguirmos abolir o que a gente não curte fazer.
Acho interessante o ponto de vista de vcs apresentado aqui.
Fiquei pensando um pouco antes de postar, e acho que como qualquer foto, vai muito do que quem a fez quer mostrar, sobre o ser brega, bom até acho que em muitos casos vale mais pela brincadeira do que pela arte em si, raros são os casos em que acredito realmente valer a pena (como citado pelo Gustavo), mas vejo isso tb com outros tipos de fotos.
Macro, por exemplo, eu em geral costumo não gostar, pra mim a maioria das fotos macro em geral se resume em fotografar de bem perto algo, sem grandes preocupações com composição e tal. É óbvio que já vi ótimas idéias em cima de macros, mas em geral não curto. E antes que me perguntem… sim eu já fiz macro e já fiz cut out.
Acho que cada um deve fotografar aquilo que achar interessante e fazer aquilo que achar interessante em suas fotos, já sabendo que os outros podem gostar ou odiar.
Permita-me expressar a minha opinião sobre as macros:
Qual o estilo de fotografia que exige tanta dedicação e tanta técnica quanto o macro?
Profundidade de campo reduzida, iluminação dificultada pela proximidade do objeto exigindo flashes especiais, objetos móveis, ariscos e muitas vezes venenosos, local de trabalho com muito sol, mosquitos, arranhões, sem contar o risco de se andar sozinho em matas e estradas distantes ?
Equipamento caro principalmente as objetivas e ring flashes, uso obrigatório de tripé, cabo disparador.
Se falarmos em composição, realmente é difícil compor uma macro pois o inseto move-se constantemente, a sua localização nem sempre permite a escolha de um background em contraste, de uma luz ideal.
Evidente que todos os estilos exigem muita técnica, muito estudo e muito equipamento por isso todos são difíceis e geram muitas vezes lindas fotos.
O que seria do verde se todos gostassem do amarelo?
Pessoal, eu nao estou falando que macro não presta, apenas usei macro como exemplo de algo que eu não costumo curtir, como contra exemplo pro cut out (que tb não acho o melhor da fotografia).
Só quis mostrar que cada um gosta de uma coisa diferente e deve enveredar pra esse lado quando fotografa que te atrai. Sobre técnica, acho que tem que ter certa técnica e sensibilidade pra fazer qualquer foto, não vejo uma mais difícil que a outra, apenas pedindo coisas diferentes.
Na minha opinião, fica difícil discutir gosto p uma técnica específica ou até mesmo senso estético. Acho q cada pessoa vai tender p o q seu senso artístico ou limitações de conhecimento estão num determinado momento de sua vida.
O q consideramos legal agora, pode ser considerado por nós um completo completo desastre pouco tempo depois.
Como já foi dito, o importante (principalmente p quem está começando) é experimentar bastante no máximo de situações possíveis p enfim definirmos o q nos agrada ou simplesmente não. :photo:
Como já foi dito, o importante (principalmente p quem está começando) é experimentar bastante no máximo de situações possíveis p enfim definirmos o q nos agrada ou simplesmente não. :photo:
Isso se aplica a mim!!! Concordo que tem mtos cutouts esteticamente ruins!!! Aqui no tópico de cutouts do MF inclusive!
Para ser sincero, aprendi a fazer essa tecnica com o tutorial que tem no próprio tópico, daqui do MF, meio que por curiosidade, e realmente, acho que qualquer um que esteja começando a fotografar, deve experimentar o máximo de técnicas tanto de fotografia qto de manipulação digital. Acho que isso faz parte do aprendizado.
E da mesma maneira que se vê cutouts péssimos, se vê fotos de gente que tem muito conhecimento, experiência, técnica e bons equipamentos, que são fotos comuns, sem nada de muito especial.
O aprendizado é um processo constante. Concordo com o que já foi citado anteriormente, que fotos se consideram interessantes hoje, podem ser péssimas daqui a um tempo.
Resumindo, cutout é apenas mais uma técnica. Concordo com o Ivam, qdo ele diz que a ênfase deve ser a manipulação do assunto, mas acho que existem cutouts interessantes (poucos) sim!!!
Davi, o problema é que cutout transforma uma fotografia em uma imagem. Como disse o Francisco às vezes é uma exigência, como em publicidade e para quem curte manipulações pode até ser interessante, quando bem usado. A questão é que deixa de ser uma fotografia para ser apenas uma imagem - pode ser um pouco de purismo - mas penso que não, o conceito de fotografia hj anda um pouco esquecido.
bom saber que Não estou sozinho nessa Nau… :thmbup:
bom, a questão levantada foi sobre o senso estético. Tudo bem que é exigida em veículos publicitários etc etc…
mas o que eu queria ressaltar - e muitos respoderam diretos a proposição - era o julgamento artístico dessa manipulação digital.
Considero ainda artificial e cafona. E não há formas de considerá-la algo nobre. Não creio que o tempo de aprendizado ou amadurecimento artístico influa numa questão dessas. A estética Cut Out é essa. Não há nada muito complexo na depuração dessa estética. Seu senso artístico a recebe bem ou a rejeita. Sem entrar méritos mercadológicos etc… É O NOSSO SENSO ARTÍSTICO POSTO À PROVA. Simples e rápido.
Bom, enfim… gostei dos pontos de vistas e gostei das pessoas que apareceram rechaçando também essa forma de manipulação digital… :thmbup:
e é interessante saber que pessoas se preocupam em discutir questões estéticas, nesse forum.
Acho muito importante essas discussões, porque vai lapidando nossa visão crítica e acredito que sirva para abrir nossa cabeça também.
Acho importante não concordarmos com certas técnicas de manipulação de imagem, etc… mas NUNCA devemos desrrespeitá-las. É o tipo da coisa: “Eu não concordo, mas respeito”. Quando uma coisa nos fere, como uma foto que foi mal tirada, por exemplo, se formos analisar estamos sendo puramente orgulhosos e egoístas, porque conhecemos à técnica que extrairía melhor resultado daquela foto e queremos mostrar que sabemos. Salvo em questões didáticas, como é colocado muitas vezes aqui no nosso fórum, todo e qualquer pensamento dessa forma é orgulhoso, na minha visão, é claro, não sou dono da verdade universal. Eu mesmo meto o pau e fotos e trabalhos que vejo nas ruas, nos outdoors, etc… Agora se um trabalho meu tivesse no lugar dos outros eu acharia lindo e ficaria orgulhoso. Quanta vaidade. Simplesmente patético. Luto com isso todos os dias, rsrsrsrsrsrsr.
Quanto à aceitação de técnicas ou não, acredito que isso anda junto com a história da razão e dos padrões sociais. Por exemplo: defender à escravidão nos tempos de hoje seria uma insanidade, mas há dois mil anos seria puramente aceito e apoiado. Tudo não passa do tempo em que são colocadas.
Uma bela ilustração não é a mesma coisa que uma boa foto -risos.
Isso não é purismo não, mas sim distinguir entre formas de expressão distintas.
Veja, pintura não é desenho, e desenho não é pintura. Mesmo desenhos coloridos não são pintura. Isso não desmerece o desenho nem a pintura, mas é uma distinção.
Assim, os cutouts não são fotografia, são um tipo de ilustração que tem como matéria prima uma fotografia, a qual não tem elementos suficientes para ter vida própria sem o cutout (ou até pode ter, mas quando subordinada ao cutout os perde).
Como disse na minha primeira mensagem, as ênfases são importantíssimas em fotografia. É na gerência das ~enfases que se faz a estética e a poética fotográfica, contudo essa ênfase deve ser dada na captura e apenas aguçada nos tratamentos posteriores. No caso do cutout não acontece isso. Trata-se de uma imposição posterior de ênfase através de um recorte de cor.
Não sou purista não Pictus, sou aberto à todos os estilos. Eu mesmo trabalho com publicidade e tenho que fazer montagens e manipulações em fotos constantemente. Até cutouts, rsrsrssr. Adoro a área de dsigner gráfico. Só que há estilos que não aprecio tanto quanto outros.
Tirando o gosto pessoal, considero esta questão da manipulação foto/desenho/
pintura um tanto quanto difusa sem fronteiras claras e definidas.
O que posso afirmar é que as minhas fronteiras são bem mais tolerantes.
É claro que as fronteiras podem ser mais ou menos tênues.
Mas é uma questão de significãncia. Em toda palavra há um coração do conceito, coração esse de máxima significância, e as regiões de bordas, com menos significância. Se pegarmos uma fotografia PB ampliada em papel temos certeza dela estar no núcleo significante da palavra. Se pegarmos uma foto abstrata revelada em processo cruzado, apenasr do processo ser tradicional da fotografia, banhos químicos, etc, o resultado não é tão fotografia quanto o papel PB.
Evidentemente podemos dizer que algo nas fronteiras é fotografia, ninguém proíbe isso, mas quem encarar a questão com isenção admitirá não ser coisa do “core” do conceito fotografia, e ser considerado fotografia é, digamos assim, uma espécie de licença poética, uma flexibilização de significado.
Minha experiência pessoal com esse tipo de coisa é que os significados nucleares são o melhor apoio para quase tudo. Quando tendo fazer algo, sempre tento fazer dentro dos significados nucleares. Quando não quero fazer algo nuclear tento discobrir em que campo aquilo é nuclear, e aí entendo que estou neste campo, e não na preiferia de outro.
Que eu particularmente não gosto, eu não gosto… Mas que os clientes a-m-a-m! Ah… isso amam!! Portanto, não posso deixar de fazer só porque eu não gosto… o máximo que eu posso fazer (e sempre faço) é só sugerir para fazer menos fotos com esse efeito…