Quero compartilhar com os colegas e pedir opiniões!
Então a situação é assim, um casal amigo casou, tinham pedido e até insistido para eu fazer o casamento deles, mas preferi não fazer por não me achar qualificado ainda para entregar o q eu acho q deve ser entregue quando se assume profissionalmente um trabalho de fotografia de casamento.
Mas ai depois do casamento eles vem me pedir ajuda pq a fotógrafa contratada entregou fotos muito ruins, eu vi e é assim:
Fotos tortas (quase todas)
Cortes de pés, mãos, cabeças (pelo menos 30%)
Uso de flash em praticamente todas as fotos (com o flash direcionado diretamente ao sujeito)
90% das fotos estão com sharp em excesso
ruido terrível em algumas
Sensor sujo
saturação excessiva em 80% das fotos.
Deve ter mais, mas minha situação é a seguinte, eles querem q eu ajude, me confirmaram q em contrato o copyright das fotos é deles. Poderia até tentar dar um tapa no LR nas fotos, puramente pela amizade, mas não acho ético…
Vou oferecer fazer uma sessão de fotos com eles vestidos à caráter (tipo um trash the dress, sem o trash!) para que pelo menos tenham fotos decentes para se lembrarem.
Mas o problema é primeiro criticar um trabalho pago de outro fotógrafo e pior colocar minhas mãos nessas fotos…
Não foi iniciativa sua criticar o trabalho da colega; o próprio casal te procurou para ajudar alguns problemas - pq alguns não vão dar para corrigir. Não vejo como falta de ética, pq acredito que vc não divulgará que fez esses ajustes, ficará entre vc e o casal e como eles têm o copyright das fotos, podem fazer o que quiser, até mesmo contratar alguém diferente de vc para ajustar as fotos.
A pior propaganda para essa colega será do casal, que sem o conhecimento técnico, já julgou as fotos ruins; vc apenas teve a percepção da má qualidade além da estética, partindo para a percepção técnica e irá ajudar o casal amigo com ajustes nas fotos.
A oferta de fotos novas é boa também, pq eles terão uma recordação de melhor qualidade.
Vejo como falta de ética vc divulgar o nome desta colega, dizer que fez os ajustes, que o trabalho dela é ruim.
Seria realmente muito generoso da sua parte ajudá-los de qualquer forma com isso… Mas também tem que pensar em direitos autorais das fotos que vão ser editadas, mesmo achando que esse tipo de fotógrafo nem sabe o que é isso
Eládio não sei se é certo até pq não entendo nada desse negócio de mexer nas fotos de outro fotógrafo, direitos e etc, mas essa ideia do ensaio é ótima, faça o casal entrar no clima e faça o ensaio. Boto fé que vai fazer um trabalho bem legal, manda ver
Grande abraço!
meu caro
a coisa nao e tao filosofica
um amigo esta pedindo tua ajuda para resucitar um lixo feito por um incompetente.
tenta ajudar aos teus amigos,qual e o problema??.
Escolheram errado, e agora pagam o preço, a vida a assim,
vivendo e aprendendo.
Eu como tambem faço ediçao
ja cansei de fazer magicas com lixo,feito por frilas baratos
para montar albuns ou livros, paciencia!!!
e la vamos nos…
Eládio, sinceramente não vejo porque vc ficar nessa dúvida.
Se for uma questão de ética pessoal, OK.
Mas em termos de ética entre fotógrafos, sinceramente não vejo problema algum. Abstraía que eles são teus amigos… Um casal de clientes bate à sua porta e pede para vc tratar umas fotos de propriedade deles. É que eles não sabe nem fotografar, nem tratar. Vc trataria??? Eu trataria na boa. O fato das capturas terem sido feitas por outro fotógrafo não muda em nada. O direito patrimonial sobre as fotos é deles.
A única coisa a ser vista é se no contrato há proibição de edição/truncagem. Se houver, aí é outra história. Mas nunca vi. Muito embora o direito anglo-saxão seja bem diferente do brasileiro, duvido que haja algo nesse sentido no contrato.
Sendo as fotos deles e eles te contratando para editá-las não há qualquer problema. Se vc for imprimir nem precisa dar crédito para captura. O copyright é deles.
Quanto ao ensaio, vai fundo. Já vi muitas fotos tuas e tu sabe das coisas. Dê esse prazer a eles!!!
eu nao vejo problema nenhum em tentar ajudar um amigo, as vezes nao esta tao ruim assim
agora se ha alguma razao muito estrita pessoal, ali ja e outra historia!!??!!
abs.
Amizade a parte. Cobre 20,00 por foto tratada ! Simples assim . Não deixe as pessoas te fazerem de trouxa , pois muita gente pensa q fotógrafo não tem cérebro . O cara te chamou na certeza q vc toparia por um preço baixo, aí vc recusa, eles procuram um barateiro ( dos piores pelo q vc descreveu) ,depois vem pedir ajuda grátis? 100 fotos = 2000,00 , 200 fotos=4000,00 e por aí vai,sem choro.
Eu trataria numa boa. Agora, sobre cobrar, vai variar do nivel da amizade q vc tem pelo casal e tb pelo volume de fotos tratadas. Esse caso aih eh q eu acho mais melindroso…
Eu aceitaria os 2 trabalhos. As fotos que nao der para vc reproduzir novamente vc trata e faz o possivel para deixar apresentável. As que vc conseguir refazer, quarto de casal, praça, uma sala … faça novamente.
Confie… e outra, esta inseguro, tira a foto olha no view, regula, tira de novo, ajusta… e por ai vai. Nao precisa dizer “olha nao ficou boa, outra foto, de novo”.
Se forem seus amigos mesmo, vc vai cobrar um preço justo e eles vao aceitarem sem problemas.
Eu faria ate diferente, pede uma foto a eles e trata, da aquele talento, imprimi as 2 e apresenta, como estava e como ficou, isso ja vai ser seu cartão de visita.
Vc conhece aquele ditado"se voce pensa que é caro contratar um profissional para o trabalho espere ate contratar um amador!" pois bem, eles ja tiveram esse gostinho, agora é com voce, vai em frente.
abrçs.
O que mas aparece aqui é gente querendo os arquivos em dvd porque tem um amigo,avô,primo tipo “designer” que faz fotolivro…rs
Não mecha no trabalho do outro , faça o ensaio e entregue só as fotos maravilhosas( delete as tecnicamente ruins)
Sou novo por aqui.Gostaria de desejar a todos um bom final de semana, e comunicar que estou feliz em entrar em contato.
Já tive algumas dificuldades em cobrar.
Por esse motivo lhe darei minha opinião.
Eu faria o trabalho e acho que ser valorizado por prestar um serviço, mesmo que seja dar um novo olhar. É um serviço e o modo de ser valorizado é por meio de pagamento.
Um modo cuidadoso de resolver a situação seria entregar o material impresso. Se for entregar arquivos, eu pediria para não colocar crédito algum na web. Não colocar crédito algum seu, pois poderia criar atrito com um colega seu de profissão, o que não é nada bom. E não colocaria fotos na web com o nome dele, com um tratamento diferente. Pode ser uma situação bemmmmm chata. Eu restringiria ao material impresso. Um abraço e boa sorte!
Não há qualquer problema legal quanto a isso. Se o cara se doer é problema dele.
Seja impresso, seja digital, pode-se dar o crédito de autoria e de fx.
Olhai a Galeria de Photoshopada do Pictus… Ele faz as alterações de forma profissional e sempre dá o crédito do fotógrafo e dele mesmo: Photoshopadas 2
Repito: “Legalmente não há qualquer problema”. E ao contrário do que o senso comum supõe é até de bom tom indicar nos créditos quem fez a foto e quem fez a edição.
Então, dúvida… na edição 57 da revista Fotografe Melhor tem uma máteria sobre direitos autorais, em determinado trecho fazem uma menção clara sobre isso, diz que " alterar uma foto sem consentimento do autor, seja por manipulação gráfica ou corte, é proibido por lei ", em outra edição (89) tb diz que “a reprodução da foto deve ser fiel a original, a menos que o autor autorize alguma modificação. Não podem ser aplicados cortes ou qualquer tipo de manipulação digital sem o consentimento do fotografo, que pode se opor à alteração” , as materias estão incorretas então?
Sera que não entra no caso de menções que existem na lei mas as vezes não são levadas a risca, como crédito, indiferente de onde seja aplicada a foto ela deve vir com crédito ao autor, mas ninguém ve o nome do fotógrafo ao lado da foto de uma modelo em uma embalagem de tintura pra cabelo, assim como com base no direito moral se o fotografo se arrepender de uma obra ou sentir que a mesma possa denegrir sua reputação ele pode exigir que ela seja retirada de circulação, como por exemplo uma foto que foi para um anúncio de uma revista, mesmo que ela tenha sido vendida, mas logico que ninguém faz isso…
Seguinte… A revista tá correta. De fato, faz parte dos direitos PATRIMONIAIS do autor a prévia autorização para cópia, reprodução, edição, truncagem, entre outras (vide art. 29 e seus incisos da Lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorias: L9610).
Perceba que esses direitos do autor são de índole patrimonial, portanto quantificáveis e negociáveis. Por isso é tão importante nós fazermos contratos, porque aí fica claro o que pode e o que não pode se fazer com as fotos. Em sendo assim o autor pode dispor desse direito e o vender para terceiros. Assim, constando no contrato que o autor está vendendo as fotos e passando todos os direitos de uso dessas fotos aos compradores, TODOS os direitos PATRIMONIAIS estarão sendo repassados automaticamente com o pagamento final do produto.
A lei nesse quesito protege a autoria contra manipulação indevida.
Quando o autor negocia esses direitos a edição porquem detem os direitos patrimoniais (clientes) sobre as fotos é livre e pode inclusive ser repassado a terceiros, no caso daqui do tópico ao Eládio ao ser contratado para fazer a edição.
O Pictus trabalha profissionalmente assim. A modelo vende sua imagem para uma agência, a agência vende a imagem para um cliente final, para isso contrata um fotógrafo que vende as fotos para a agência que por sua fez contrata um manipulador para editar as fotos.
Ou seja, o fotógrafo faz a foto para uma revista e a revista compra os direitos patrimoniais sobre essas fotos e contrata uma manipulador para editar para eles. O manipulador por sua vez não pode vender as fotos, por óbvio, mas vende a manipulação.
O resultado final será vendido para o cliente final, p. ex., uma marca de biquínis alemã, que por sua vez aluga um espaço numa revista e publica esse material.
Veja aí quantos direitos PATRIMONIAIS foram vendidos e repassados a diante.
E por fim, não há “arrependimento” na venda de direitos patrimoniais. Há algumas formas de se “desfazer” o contrato, mas em nenhuma delas entra a questão de arrependimento. Vendeu não pertence mais a ele, exceto no quesito direito de menção da autoria. A autoria é um direito inalienável, inegociável, porque é personalíssimo, é de ordem pessoal e vinculado à personalidade do autor… O autor SEMPRE será o autor e terá o direito de exigir sua menção nas fotos. É claro que quando se trata de fotos para o mercado publicitário o cara sabe que não vão colocar o nome dele na embalagem de de tintura de cabelo, mas ele não liga pra isso mesmo. Foi muito bemmmmm remunerado por isso.
Legal Hyde! Mas então não precisa especificar no contrato? Quando faço fotos pra agencias tenho que especificar se estou vendendo a foto de forma definitiva ou temporária, e dependendo da agencia eles pedem pra especificar ate onde poderá ser utilizada a foto.
Na mesma matéria da revista inclusive a advogada do Sindicato dos Jornalistas do Estado de São Paulo conta que os três principais motivos de processo são, em primeiro ausência de credito nas fotos, em segundo fotos jornalistas usadas em campanhas publicitarias e em terceiro manipulação sem a autorização do fotografo, será q aí não entra no caso do fotografo ter feito um CCDA mas sem autorizar no mesmo que o comprador pudesse editar a foto?
Sim, Leo, precisa ser individualizado quais os direitos patrimoniais estão sendo transferidos para os compradores. Essa é a melhor forma. Quanto mais explicado, melhor… Isso me lembra que recentemente até disse aqui que por ser advogado não sou dado a simplificações. E essa caso aqui é bem sugestivo dos perigos de se ficar simplificando demais as coisas.
De todo o modo, tb pode acontecer do contratos er totalmente generalista. Aí, se houver problema, só o juiz vai poder decidir o foi vendido e o que não foi vendido no momento do contrato. Contratos generalista tendem a ser interpretados de forma ampla. Assim, o juiz muito possivelmente entenderá que o fotografo vendeu todos os direitos patrimoniais. A edição inclusive.
2 razões principais devem ser as causas desse tipo de ação (manipulação indevida): contratos simplistas em que não se indica o direito de manipulação e, internamente, o fotógrafo entende que não está incluído esse direito e, internamente, o cliente entende que está incluído o direito de manipulação; e, contrato especificando a proibição de manipulação e mesmo assim o cliente, ou por desconhecimento ou por má-fé, manipula e publica.