http://www.flickr.com/photos/24796741@N05/show/with/4471487969/
Parece real, mas são miniaturas…
http://www.flickr.com/photos/24796741@N05/show/with/4471487969/
Parece real, mas são miniaturas…
Na verdade parte é real, parte é miniatura.
Tipo, os fundos são reais. É uma rua mesmo, com as árvores, as casas, os fios.
Ele integra a maquete do primeiro plano no fundo (ou o fundo na maquete ).
Conceitualmente é interessante mesmo. Roubar a paisagem contemporânea pra construir uma imagem de outro tempo, que não é nem passado nem presente, e tb não quer ser futuro.
PORÉM… Porém já teve outro cara que fez isso antes, num tema mais bacana e de maneira bem mais profunda do que esse aí. É o Paolo Ventura, e o nome do trabalho é “war souvenir”:
http://www.paoloventura.com/work/war.html
O trabalho do Paolo eu acho mais legal pois assume e discute esse conflito da imagem “manipulada” conceitualmente no tempo e espaço de maneira mais sincera. Pra começar são fotos coloridas perfeitas, da segunda guerra, então de cara vc sabe que é blefe. O trabalho dele tb tem figuras humanas, que na verdade são bonecos, mas colocados de maneira tão real e pitoresca que vc fica na dúvida se é boneco ou é gente, apesar dos bonecos serem bastante grosseiros.
Quando ele chama de “war souvenir” ele quer bancar uma certo status de verdade em torno do trabalho, mas sem ser totalmente verdade, é transitório e indicial. Quando ele fala “souvenir”, é mesmo como um chaveirinho da torre Eiffel. São bonecos e cenários que ele fez, mas os enquadramentos e até mesmo as situações que ele fotografa se relacionam intimamente com o fotojornalismo e suas tradições, os jogos compositivos e a questão do momento decisivo. Tudo isso em fotos que, na “verdade”, são stills.
O quanto tem da torre Eiffel no chaveirinho? Sobre o valor do objeto “chaveiro”, quanto desse valor é realmente da torre, e o quanto é do chaveiro? Qual a importância de quem conta a história, ou “esculpe” o chaveiro, ou tira a foto? Dá pra gente acreditar na história que é contada sobre a segunda guerra? Dá pra acreditar nas fotos e no olhar de quem fotografou?
Mais importante do que isso: Dá pra não acreditar?
Ah, Barthes! Nessa o Paolo te pegou!
Enfim… Acho mais denso, o Paolo.
Olha que trabalho maravilhoso, usando a perspectiva como a maior aliada!!!
http://themetapicture.com/photographing-a-town-that-never-was/
Pô, aí já é sacanagem! Sempre que vejo uma imagem que eu gosto muito fico pensando no que preciso aprender para um dia conseguir um resultado parecido. Mas esse cara aí desanimou de vez, além de ser um fotógrafo de mão cheia, o cara é o mestre das miniaturas! Mas nem em 3 vidas eu conseguiria isso aí! Muito show!
Impressionante. Tinha visto nesse link do pitus.
É realmente muito criativo e bem feito.
juntei os tópicos!
Sempre admirei o talento e, sobretudo, a paciência desses artistas. Acho que a aposentadoria numa cidade tranquila e gelada no inverno ajuda um pouco…