Acabei de visitar a exposição do fotógrafo canadense Robert Polidori, aberta até amanhã aqui em Belo Horizonte! Achei interessantíssimo o trabalho dele, que retrata ambientes urbanos desolados, atingidos por catástrofes e vandalismo. Há imagens de Chernobyl e Prypyat 15 anos após o acidente nuclear que as atingiu em 1986.
Pois bem… Fiquei particularmente curioso em relação a uma foto da cidade de Alexandria, no Egito. A cena registrada foi bem aberta e retrata uma área muito grande da cidade, com as pessoas bem pequenas dispersas pela tela. Ela era enorme. Algo em torno de 2,00 m de largura por 1,80 de altura e tinha um nitidez incrível e toda a área da imagem. Atentando para esse detalhe, deduzi que a abertura usada para fazer aquela imagem certamente foi bem pequena. PORÉM, haviam pessoas em movimento, perfeitamente congeladas no ato de caminhar, sem aquele blur característico. Logo… o tempo de exposição foi pequeno…
Então temos um dilema: Como ele conseguiu aquele registro? Com uma abertura mínima e um tempo de exposição tão curto, sem deixar a imagem subexposta?
Obs.: Ele utiliza grande formato, com filmes de até 20x25 cm. Tem alguma relação?
Vc tem o link ou uma foto??
nao entendi a relação que vc está mentalizando… abertura é uma coisa, velocidade é outra, se a velocidade de disparo for alta vai congelar o movimento das pessoas, ainda mais andando mesmo numa abertura alta.
Achei varias fotos dele na net, mas essa que vc descreve nao achei.
A profundidade de campo é grande, pois todo o quadro está nítido. Para que se consiga uma foto com tal profundidade de campo é necessária uma abertura bem pequena e consequentemente um tempo de exposição maior. (Se estiver errado, por favor, me corrijam). Até então tudo isso é o que considero óbvio. Porém, nesta imagem há homens caminhando e foram perfeitamente capturados no click. Então ocorre a contradição:
Como ele conseguiu congelar o movimento das pessoas caminhando enquanto usava uma abertura tão pequena? (Deduzi que o fotógrafo usou uma abertura pequena devido a profundidade de campo)
P.S.: Como a foto exposta tinha dimensões bem grandes foi fácil ver todos os detalhes das pessoas que aparecem.
Entendi. Se vc usar sua camera com prioridade de abertura, quanto mais fechar maior vai ser a velocidade, no modo manual vc vai fotometrando e regulando.
Brinca com esse site e olha como vc pode mudar uma foto e fazer de varias maneiras http://camerasim.com/camera-simulator/ .
Coloca em AV , distancia 10, focal lenth 18mm, iso 100, f2.8, a velocidade vai para 400 (é o maximo) mas se vc aumentar a abertura a velocidade diminui mas a foto é sempre a mesma.
Qdo comprei minha 10mm fiz varios testes aqui e tudo fica focado. no infinito, tem varias com f4, f5.6, f8. So que a minha é fisheye, se quiser mando para vc ver.
Mas as fotos dele são bem legais.
Então Sylvio, se focando no infinito todo quadro fica nítido independente da abertura usada, a questão está resolvida! As fotos dele são muito impressionantes… É incrível o nivel de detalhamento que o grande formato trás!
Isso daí se chama hiperfocal.
Um ISO/ASA um pouco mais alto, na casa de 800 para ganhar velocidade na obturação, fecha a diafragma para f/7.1 e foca para 5 metros, vc tem um DOF que se estende de 2,45m até o infinito. Isso em FF(35mm) com uma objetiva 28mm, que me parece pela falta de distorção na foto e boa separação de planos que foi ou 28 ou 35mm.
EDIT: Sem levar em consideração o CoC da grande impressão. Se colocar ele na equação o DOF fica ainda mais longo.