Eu estou com o André, praticamente só uso luz lateral, a não ser em fotos de grupo. Mesmo que se use o cartão branco para evitar as sombras nos olhos a luz vinda toda de cima é “sem graça”, gosto de uma luz pelo menos um pouco de lado. Da mesma forma, não gosto de rebater para trás porque, embora suave, a luz atinge o sujeito de frente, e deixa tudo muito chapado. Lembre-se que o que dá volume, forma e textura às imagens são as sombras!
O flash rebatido lateralmente não é trivial. Na verdade, acho que é a forma mais difícil de se usar o flahs na câmera. Mas é a que dá melhores resultados, de longe. Tem muitas ressalvas, muitas coisas pra se prestar atenção, vários detalhes, por isso precisa de muita prática e muito estudo. Devore os livros e o blog do Neil van Niekerk que você vai ter uma noção do que eu falo.
O flash em 45° pra frente é uma das piores coisas que se pode fazer. A luz não fica uniforme, a metade de cima de foto fica mais clara que a metade de baixo. Se não for essa sua intenção, nem use, prefiro até o flash direto mesmo.
O lance todo é pensar na direção e qualidade da luz. De onde você quer que a luz venha, de frente, de trás, de lado, de cima, de baixo? Pense em como as pessoas posicionam as tochas em um estúdio. Dá uma boa dica de onde rebater o flash. Que tipo de luz você quer, suave, dura, direcional? A maioria das pessoas sempre busca a luz mais suave possível, mas eu gosto às vezes de uma luz mais dura e bem direcional (desde que, claro, não atinja o sujeito de frente). Brincando com o zoom do flash e com a distância em reação à parede que você rebate, você tem controle da qualidade da luz.
Estou com planos de escrever um artiguinho pequeno sobre flash rebatido, pois vejo que muita gente tem sempre as mesmas dúvidas. E vou te dizer que eu nunca, nunca mesmo, fui a um casamento no Brasil onde o fotógrafo usasse flash rebatido lateralmente.
Abraços