Fotos internas

Leo, Ivan e demais amigos do fórum,

Hoje eu fiz minha primeira tentativa de fotografar para uma pessoa que não fosse para mim. Fui convidado para fotografar uma obra que uma amiga arquiteta fez e gostaria de colocar no portifólio.

Para isso me preparei um pouco. Comprei um tripé decente, li e vi algumas fotos de arquitetura (principalmente de interiores), aquele tópico sobre fotos de decoração onde o Ivan mostra a estrutura de composição da imagem final. Bem, acredito que a composição da foto ficou adequada, mas tive um problema sério e pediria a ajuda de vcs: por ser um restaurante a luz predominante era fraca, mas tinha uma sanca sobre o bar que usava lâmpadas fluorescentes com fluxo luminoso muito maior. Como não usei flash para tentar preservar ao máximo a iluminação original, a baixa velocidade estourou a iluminação fria.

O que fazer nestas situações?

Obrigado,

Melão

PS.: vou colocar as outras fotos em seguida!

Primeiro de tudo, qual camera vc está utilizando?
Você poderia (dependendo da câmera) aumentar o ISO. DLSRs geralmente mantém um nível de ruído baixo em ISOs altos. Não sei se seria seu caso pois nao sei qual sua camera.
Você poderia também utilizar uma abertura maior, possibilitando também um tempo de exposição menor (nao estouraria a luz).
Outra tentativa que eu faria, seria utilizar um flash com rebatedor, jogando a luz para o teto, ou um difusor.

Se vc puder postar os dados do arquivo EXIF também seria interessante para ver as configurações da camera na hora que vc tirou a foto.

Scud,

Eu usei uma Fuji FinePix S5000. Em geral a abertura era grande. Esta primeira foto, por exemplo, estava com abertura f/3.6. Utilizei o ISO 200 para tentar evitar a demasiada quantidade de ruído.

Aproveitando o tópico coloco mais algumas fotos.

Pois então, nao sei qual a característica da sua máquina, em relação aos ruídos, mas vc poderia tentar aumentar o ISO para vere se consegue uma velocidade maior do obturador (menor exposição).
Na minha humilde opinião, as fotos ficaram legais, mesmo com a luz fria estourada no teto.

O ruído parece estar bem fraco, mesmo a ISO 200, então acho que vc poderia aumentar e tentar um ISO mais alto. Se ficar muito granulado, de uma passada no NEATIMAGE (conhece este programa) para eliminar ou pouco do ruído, e depois talvez USM (unsharpen mask)no photoshop!

EDITANDO: é SCUDS heheh, vc esqueceu do ultimo “S” B)

Situação complicadinha essa hein?
Luz fria ? Captar o clima do ambiente? Sem estourar? Com digital ? Hummm…sei não…
Se o estouro for inaceitável, talvez vc pudesse tentar um digital blending, só que não pode ter movimento ( tipo as pessoas da foto).
De repente pode funcionar.

Abraço…

...talvez vc pudesse tentar um digital blending...
Digital blending? Could you translate it into portuguese? hehehe Não conheço isso......

Tb não.

No site do Ricciard tem um artigo explicando. Dê uma olhada , é bem legal :

Abraço…

Só com digital blending, pois o ISO não adiantaria nada, pois diminuir a exposição e aumentar a sensibilidade produziria o mesmo estourado.

As pessoas não são problema para o digital blending porque a área do estouro é imóvel. A foto-mãe fica sendo esta com esta exposição, e a foto com menor exposição para preservar a luz fica sendo aproveitada só na parte do teto com uma transição administrada.

Ditgital blending em sua forma mais simples é tirar duas fotos com exposições diferentes, Uma para pegar os detalhes das baixas luzes, outra para pegar os detalhes das altas luzes. Depois atrávés de uma infinidade de métodos, alguns muito minuciosos outros razoavelmente expeditos, as duas fotos são juantadas com a foto feita para as altas luzes dando os detalhes nas regiões estouradas.

Mas as suas fotos estão excelentes. Muito bem compostas, muito bem fotometradas, sem reparos a fazer. Ali não tinha jeito, e você fez de modo que está admissível. Se quiser reptir com digital blending, melhor, mas não precisa pois estão muito boas. Só na primeira o estourado é mais chocante.

Agora, um bom acochambro é você pegar a área estourada, colocar um gradiente de cinza e dar um blur controlado para parecer que há diferenças de luz mais ricas. Não é válido numa foto artística, mas é muito válido em uma foto utilitária.

O engraçado é que são das melhores entre as fotos suas que vi. Trabalhar por encomenda faz bem, e você abordou de forma muito consciente. Parabéns.

Ivan,

Vc salvou minha primeira sessão de fotos! ahahahahahahahahahah

Mais uma vez, obrigado (mestre: isso baixo pra vc não se sentir envergonhado ahahahah)

Abraço,

Melão

No site do Ricciard tem um artigo explicando. Dê uma olhada , é bem legal :[img=http://www.ricciardi.eng.br/Artigos/LL/digital-blending.htm]Digital Blending[/img]

Abraço…


Pode-se conseguir o mesmo efeito, ou até melhor usando DODGE e BURN.
É só brincar de Ansel Adams com o photoshop!

Ao mesmo tempo que vc pode corrigir a exposição das fotos (claras ou escuras demais) vc pode adicionar uma dramaticidade imensa a ela:
exemplo:

Não tenho o original (nem fui eu quem tirou esta foto) mas eu ja vi o original e era muito escuro. O efeito foi conseguido somente através de DODGE e BURN.

E o grande Ansel Adams agradece direto de seu túmulo, se todos nós usássemos esta ferramenta adequadamente! LoL

Só com digital blending, pois o ISO não adiantaria nada, pois diminuir a exposição e aumentar a sensibilidade produziria o mesmo estourado.

As pessoas não são problema para o digital blending porque a área do estouro é imóvel. A foto-mãe fica sendo esta com esta exposição, e a foto com menor exposição para preservar a luz fica sendo aproveitada só na parte do teto com uma transição administrada.

Ditgital blending em sua forma mais simples é tirar duas fotos com exposições diferentes, Uma para pegar os detalhes das baixas luzes, outra para pegar os detalhes das altas luzes. Depois atrávés de uma infinidade de métodos, alguns muito minuciosos outros razoavelmente expeditos, as duas fotos são juantadas com a foto feita para as altas luzes dando os detalhes nas regiões estouradas.

Mas as suas fotos estão excelentes. Muito bem compostas, muito bem fotometradas, sem reparos a fazer. Ali não tinha jeito, e você fez de modo que está admissível. Se quiser reptir com digital blending, melhor, mas não precisa pois estão muito boas. Só na primeira o estourado é mais chocante.

Agora, um bom acochambro é você pegar a área estourada, colocar um gradiente de cinza e dar um blur controlado para parecer que há diferenças de luz mais ricas. Não é válido numa foto artística, mas é muito válido em uma foto utilitária.

O engraçado é que são das melhores entre as fotos suas que vi. Trabalhar por encomenda faz bem, e você abordou de forma muito consciente. Parabéns.


Auto bracketing na camera?

Diferentes nomes para mesmas situações…

O Melão;

Acho que só arquiteto deveria fazer foto de arquitetura -risos. Os outros não “entendem” o que é importante, e às vezes saem boas fotos, mas sem mostrarem aquela dureza geométrica da qual tanto gostamos :smiley: . As suas têm isso, e é o “olho arquiteto” auxiliando o fotógrafo.

Agora, esse mesmo olho pode funcionar em qualquer motivo…

Scuds

O auto braketing pode ser a fonte das fotos para o digital blending, mas o digital blending sempre usa mais de uma foto. Não é questão de acertar a exposição, pois a latitude das luzes do ambiente e a necessidade de mostrar tudo inviabiliza uma fotometria única.

Então se feito o braketing a pessoa tem de aproveitar a foto mais exposta como correta e a menso exposta como fornecedora de detalhes de altas luzes. Pode ser com braketing, mas o braketing não é o digital blending, é só a fonte do material para fazê-lo.

Digamos que esse contexto precise de 10 pontos de fotometria, mas a cãmera só tem 5. Os outros cinco precisam ser obtidos em outra foto.

Seguindo os passos do Ricciardi

Ivan,

Engraçado que a minha amiga qdo viu as prévias das fotos disse exatamente isso. “Ai Melão vc que é arquiteto pegou uns ângulos muito bons do ambiente” ahahahahahahahahahahahahahahahah

Scuds,

Fantástica foto, mas acho q são casos diferentes.

Você agora ganhou detalhes nos pratos, mas a luz de cima ficou ainda mais dura e a foto ficou sem contraste. Provavelmente fazendo um merge dos labels e aplicando curves, volta a ficar luminosa sem perder detalhes nos pratos. Já na iluminação indireta precisaria de uma foto para aquela luz, ieso é, medir aquela luz e fotografar 2 pontos mais exposto.

Ivan

Scuds

O auto braketing pode ser a fonte das fotos para o digital blending, mas o digital blending sempre usa mais de uma foto. Não é questão de acertar a exposição, pois a latitude das luzes do ambiente e a necessidade de mostrar tudo inviabiliza uma fotometria única.

Então se feito o braketing a pessoa tem de aproveitar a foto mais exposta como correta e a menso exposta como fornecedora de detalhes de altas luzes. Pode ser com braketing, mas o braketing não é o digital blending, é só a fonte do material para fazê-lo.

Digamos que esse contexto precise de 10 pontos de fotometria, mas a cãmera só tem 5. Os outros cinco precisam ser obtidos em outra foto.


Por isso que disse: vc pode conseguir o mesmo efeito, e até conseguir uma dramaticidade maior, teno uma fotos sob-exposta e ajustar ela com dodge e burn. Levels e curves também para corrigir alguns detalhes, mas os dois brushes que mencionei antes dão conta do recado quas que 100%!

Ivan e Scuds,

Eu estou me sentindo um “prego” neste tal Photoshop. Não consigo acertar tais efeitos e técnicas.

Vou me aplicar mais.

Gostaria de saber como é aquela sugestão do gradiente de cinza

Um approach um pouco diferente a foto mais vai lá.
Veja que, a luz que ficou estourada não tem salvação com o tratamento da imagem, ela pode ser apenas “amenizada”
A dica da escala de cinza, vc pode ver na foto (não fiz exatamente isto massssss).
Apliquei uma FILL LAYER com 50% de cinza sobre a foto toda, e a layer como mode OVERLAY. Ela acentua um pouco os tons escuros e diminui os HIGHLIGHTS. Pode ver como a luz estourada ficou um pouco mais “escura” mas mesmo assim estourada. Ficou bem “duh” na verdade mas foi uma passada de uns 5 minutos no PS somente.
Se vc tivesse sub-exposto a foto, vc poderia até acentuar um pouco a luz, dando noção de preenchimento, e ao mesmo tempo “clarear” areas escuras, e dar mais forma aos objetos, acentuando o contraste de cor. Tudo que apliquei a foto foi DODGE, BURN e FILL LAYER (como descrito acima). E uma passada de USM (sharpening is always a good idea, isn’t it?)
Se a foto sub-exposta tivesse sido tratada desta forma, ela teria um impacto muito maior, pois é bem fácil corrigir um pouco de “falta” de luz, do que se ver livre dela, após a foto já “tirada”.

A imagem tratada por mim: versus a sua original:

Scuds

Essa diferença de luz não dá para corrigir levantando as baixas luzes. É muito grande.

De modo geral não gosto de subexpor fotos e levantar depois. É uma solução aparentemente fácil, mas profundamente danosa para a imagem, pois os tons baixos médios e baixos são cerca de 50% dos tons totais, e os tons altos os outros 50%. Os tons baixos, por sua vez, são apenas 12,5% dos tons totais. Quando elevamos os tons médios e baixos estamos comprimindo a faixa das altas luzes, mais rica tonalmente e esticando a faixa das baixas e médias, mais pobre tonalmente. O resultado? Um foto empobrecida em tons, com transições ásperas, que pode até funcionar para WEB, mas não funciona para impressão, exceto se isso for extremamente sutil e leve, e nesse caso não resolve para uma luz como essa.

A estratégia de levantar as luzes foi minha primeira estratégia quando comecei a tratar fotos. Depois à medida em sentia necessidade de mais qualidade fui mudando.

Minha estratégia hoje, por isso, é oposta. Eu exponho sempre o máximo possível para fazer a captura acontecer na faixa das altas luzes (só vigiando o estouro com fotometria pontual). Depois, se preciso REBAIXO a foto. De preferência fazendo tudo isso na conversão de RAW para TIFF.

Enfim, cada um tem seu método e sua abordagem. Minha abordagem visa a máxima qualidade da impressão e só secundariamente a exibição WEB (a WEB aceita tudo, qualquer tratamento agressivo.