Indignação, Por que alguns fotografos se acham donos do espaço que fotografam?

Hoje tivemos um concerto em Jundiaí-SP, onde toquei com o Quinta Essentia Quarteto. Tínhamos uma fotógrafa conosco, que foi contratada para fotografar o concerto.

Pois bem, já passados 15 minutos do início do concerto, chega um fotojornalista e uma jornalista com ele, fazendo barulho e com o equipamento na bolsa. O cara fica em pé, na frente do público, enquanto tira a lente da bolsa e coloca na baioneta.

Depois de tudo ajeitado, começa a fotografar, mas tinha que mostrar que a camera dele fazia mais disparos que uma metralhadora. Fez umas 40 fotos em menos de 10 segundos, e vi que ele saiu do campo de minha visão indo para o canto do palco. Eu tinha certeza que ele iria subir no palco, já fiquei pensando em parar o concerto para ensinar boas maneiras para o cara, mas depois de alguns segundos ele passou na frente do palco. Tudo isso acontecia enquanto tocávamos, não havia o que fazer.

Pois bem, ele trocou de lado no teatro, quando chegou perto de nossa fotógrafa, e fez mais uns disparos “à la oriente médio”. Logo em seguida, algum funcionário do teatro chega para o ogro, quero dizer, fotógrafo, e pede para ele se retirar.

A jornalista que tava com ele, enquanto isso, tentava anotar algo em seu bloco de notas. O casal parecia a bela e a fera. Ele saiu do teatro, expulso, mas depois de poucos minutos volta para chamar sua companheira de trabalho, que sai em seguida.

Fica aqui minha indignação. O fotógrafo não pode roubar a cena, deve apenas registrá-la. Se não sabe ser discreto, não deve fotografar espetáculos. Se não tiver lentes claras, não deve nem tentar fotografar eventos desse tipo. Se não sabe acertar a foto de primeira, nem deveria ser fotojornalista; fazer 10 fotos por segundo não vai melhorar a qualidade de suas fotos, só vai aumentar o trabalho de editá-las depois.

Já passei por uma situação parecida com um cinegrafista da rede globo em Juiz de Fora (acho que foi ainda pior), embora tenha ficado indignado, eu não estava no palco.

Segue uma foto do espetáculo, feita pela Carol Zaine, nossa acessora de imprensa e fotógrafa.

http://forum.brfoto.com.br/uploads/monthly_05_2010/post-66-1272829499.jpg

Não são todos. Eu arrisco dizer que é uma minoria, mas significativa e realmente PENTELHA.
Fotógrafo é uma profissão das que mais tem gente arrogante. Meus primeiros colegas, que por sinal eram dum jornal, eram muito arrogantes e se achavam estrelas do espetáculo mesmo. As vezes trabalhando, mas principalmente no dia a dia, no trato com as pessoas.

Mas pelo menos neste caso aí ele foi retirado. Infelizmente isso é raro de acontecer, as pessoas aceitam demais tudo. Agora, falando principalmente como espectador, um fotógrafo que atrapalha aparecendo muito e/ou fazendo muito mais barulho que o necessário como sua câmera devia ser proibido de tocar numa câmera por alguns anos.

Não levem a mal se tbm to pegando pesado. Acho horríveis estas situações.

Fugindo um pouco do assunto do tópico (mas nem tanto assim) eu queria que alguém matasse uma dúvida que sempre tive.

Porque esses fotojornalistas, ao fotografar assuntos completamente estáticos, disparam o modo de burst das 1D deles como se estivessem tentando fuzilar alguém numa guerra? Mês passado uma repórter da Folha de São Paulo esteve no laboratório da PUC onde eu trabalho para fazer uma matéria sobre a pesquisa conduzida lá, e o fotógrafo estava metralhando um dos pesquisadores. Ele nem mudava de posição e nem tentava um enquadramento diferente… deve ter batido umas 20 fotos absolutamente iguais.

Não chegou a incomodar ninguém, mas fiquei curioso. Tão pouco entendi porque ele usou uma 17-40L em 17mm e tirava a foto colado no pesquisador. Não seria melhor usar em 40mm ou uma outra lente e se afastar um pouco?

         Concordo com as colocações...e tento ser discreta,sempre,mas o destaque de minha fala aqui é dizer que deu vontade de ouvir o concerto.Imagine quem estava lá,feliz,mas prejudicado em sua atenção e prazer pelo colega fotógrafo...lamentável.

Pessoal, esse tipo não é fotógrafo. É apertador de botão, e pior, a maioria que faz isso se acham o máximo. Pra mim é o Máximo da Mer…
O modo burst disparando 3 fotos por sequencia é útil em discursos, porque devido ao delay entre ver e efetivamente registrar, a boca ou o olho da pessoa pode sair meio esquisitos. Ai você garante que pelo menos uma vai sair tudo no lugar.

Em teatro, já vi esses terroristas do disparo funcionando. Eles nem deveriam estar lá porque não habilitados pra isso. Quase sempre são fotógrafos que acompanham jornalistas em pauta de jornais.

Faço fotos de peças de teatro e prezo em passar desapercebido do público sempre. e é assim que deve ser.

Puts, o que fazer com um apertador de botão desses ? rsrsrrs

Jogar a 1D dele do vigésimo andar acho que seria pouco, kkkkkkkkkk.

Facil cara… Estatisticamente a chance do incompetente conseguir algumas fotos aceitaveis no meio de uma centena é maior. Isso é coisa de fotógrafo medíocre.

São os CLICADORES profissionais.
Ou CLICAJORNALISTAS, haha.

fazem isso pelo seguinte:
Pelo mesmo motivo que um babaca fica fazendo um barulhão ensurdecedor com sua moto. Pra se exibir. Pra repassar pra uma máquina o que falta de confiança em si. Pura falta de amor próprio.

Também serve para remediar as inconsistências de AF e exposição…

Concordo.
Mas isso pra alguns casos só.

Para mim o bom fotógrafo de eventos e jornalístico tem que ser “invisível”. Aparacer somente quando solicitado.

Não precisa chamar atencção para tirar boas fotos, o objeto não é ele e sim o evento e as pessoas. Ele está lá para registrar e não para aparecer mais que o evento.

Outro dia presenciei um indivíduo no aniversário da filha do amigo meu tratando as crianças com certa arrogancia na hora do bolo, não deixando nenhuma ficar na frenta da mesa do bolo. Foi meio gorsseiro, a sorte dele é que meu filho tava no meu colo e aina é pequeno porque se fosse com ele, ia tomar um box sem saber da onde veio. O meu foco é fotografar crianças e quando vejo infelizes como este é só para lamentar, além do mais que o equipamento do cara era uma m…a. Imaginem só o cara ficou sem baterias e tava batendo fotos com o flash da própria máquina…aquele mesmo pequeno que já vem nela. Lamentável.

Não falei nada pro meu amigo para não deixa-lo estressado, mas se um dia me perguntar eu falo da merda que ele fez. Gastou uma nota com casa de festa e fez economia porca com fotográfo. Parece que deve ter fechado um pacote com gravação de video.

É assim que eu penso.

Meu caro
Isto e VICIO da imprensa, tanto fotógrafos e jornalistas como cinegrafistas
se acham donos do circo, eles são as “stars do bordel”.
E se fossem de algum canal “colunavel grobal”, ou de um “jornal tradicional”,
Ali e a máxima expresao do vexame da incompetência,
sobem nas mesas, ficam na frente dos donos do evento, são o pior. :eek:
E quando são expulsos a patadas,
falam em liberdade de expresao e trabalho, são Patéticos. :eek:
Por isto mesmo em eventos grandes bem organizados existe “O curral” para foto e tv.
A forma de identificar ao verdadeiro profissional de eventos,
seja um casamentinho de vila, ou um institucional de multinacional,
e pelo trabalho dele,
porque no evento você não vera ele,
o verdadeiro pro e INVISIVEL!!!.
Abs.
AG.

é por essas e outras que certos lugares tem uma birra enorme com fotógrafos, chegando a receber mal o profissional que está a trabalho… infelizmente, as cagadas de uns respingam nos outros

Esse estrelismo acontece mesmo em todo lugar. Agora mesmo estou fazendo um curso de Fotografia Social que custou uma nota e está uma bost* e o professor fica arrotando seus 20 anos de profissão o tempo todo >:(. Não dá dicas úteis, macetes nem nada. Eu é que tenho que dar dicas pro outro aluno, coitado… :dizzy_face: Paguei prá ver e estou vendo que deveria era ter gastado a grana com equipo.

s

Infelizmente esta cheio de cursos cachorros.
Isto que acontece com voce deve ser o seguinte
Se trata de um fotografo fora do mercado,
nao sabemos o motivo!.
Que se vira dando aulas sem ser professor,
sem ter a didatica e pedagogia minima para dar aula de qualquer coisa.
Eu tambem pasei por isso.
mesmo tendo minha bagagem profissional
fiz um curso de Book e Direçao de moda,
visando aprender pra valer alguma coisa de direçao.
Acabei montando as tochas do estudio e ensinando a fotometrar aos outros,
podia ter gastado a grana do curso fayuto, fazendo variosssss churrascos em casa.
Abs.
AG.

essa é a realidade hoje em dia,fotógrafos vaidosos,sem boas maneiras mas com uma camera fantástica em mãos…
fotografei o fashion rio com minha xti e lente 75-300 usm III…ao meu lado estavam aquelas bazucas e cameras de primeira,na época a 40d era a sensação…
bem…eu me senti numa guerra,os obturadores trek trek trek trek…po…se é pra fotografar assim compra uma filmadora.
e eu lá com minha humilde xti que com certeza não fez feio…depois eu posto as fotos…

mas continuando…esses “profissionais” são fruto dessa paranóia de consumismo e de grupinhos.Enfim…merecia porrada mesmo!

sugestão…ESQUEÇAM OS CURSOS DE FOTOGRAFIA!! na internet vc encontra material pra tudo e o melhor curso é sair e fotografar tudo!
leia muito,fotografe muito.Os cursos viraram uma mafia ,onde vc faz por módulos e acaba refem deles .
Não sou fera em fotografia mas tudo q aprendi foi lendo e indo fotografar.
abs!
essa é a MINHA opinião!

como diria o mestre cartier-bresson: as tuas 10.000 primeiras fotos serão suas piores.

Certissimo,
hoje em dia com internet nao ha necessidade de curso nenhum,
a nao ser que seja alguma coisa muito especifica para profissionais.
Antes da informatica ser popular
so existiam cursos e livros, hoje a coisa mudou muitoooooooooooooo…
abs.
AG.

Algumas considerações:
Fotojornalista usa muito burst. Isso porque o editor fica no pé porque ele quer uma expressão específica, e isso acontece em uma fração de segundos. Isso sem contar que tem gente que em cada 6 fotos pisca em 5. Como é tudo muito dinâmico e quase nunca tem tempo de refazer algo, é preferível ter 40 fotos e escolher uma legal do que ter 4 fotos e receber uma bronca porque não tem uma que ele queria para estampar a notícia. Só quem faz fotojornalismo de rua tem noção dessa pressão. Claro que existem os que disparam sem saber ou apenas por exibição. Mas aí é uma questão que existe em todas as profissões. Por exemplo: Essa foto que você postou está muito ruim para uma publicação: WB errado, pé cortado, sem nitidez, DOF sem definição. A fotógrafa de vocês com certeza clicou no espetáculo inteiro o que o sujeito fez em 5 minutos. Se ela apresentasse essa foto para um editor provavelmente ele iria querer outras muitas opções, variações de ângulo, etc, etc. Infelizmente não tenho o trabalho dele para avaliar, mas aí também entra outra coisa: postura de profissional. Isso inclui aonde estar, como estar, como se postar e como “desaparecer”. Em um caso como esse, é um pouco mais complicado porque o barulho do espelho realmente pode incomodar ( diferente de um show de rock, por exemplo ). então ter uma dose de bom senso é importante. Eu vejo esse problema de comportamente em vários tipos de fotografia. Vejo fotógrafo de casamento bebendo cerveja como se fosse convidado, fotógrafo de corporativo sentado como se fosse funcionário entre outros absurdos. E a abordagem de quem está indo fotografar uma pauta é diferente de quem vai cobrir um evento, mesmo que os dois estejam no mesmo local. fotojornalista é diferente de fotógrafo social.