Iraniano registra luta da irmã contra o câncer

Angustiante, mas curti a proposição dele

Do ponto de vista de fotografo, deve ser uma oportunidade impar. Imagino que para ele por ser irmao, devem ter sidos momentos carregados de muita emoções misturadas…momentos fortes.

Gostei muito da foto 13, pelo sorriso dela! Um semblante bom nessa situação nao é para qq pessoa.
A foto 15 faz o contra-ponto :frowning:

Tivemos outro post no passado com proposta parecida, o fotografo registrava a doença do pai…lembram? Nao achei…

Ótimo post Hyde! :ok:
Abraço,
M Rezende

Fico imaginando a filha (eu como mulher e muito proxima a minha mae), imagina como ela se sentiu com o tio fotografando toda hora com sofrimento e lagrimas… Eu acho q eu nao aguentaria…

Muito comovente mesmo, mas é uma situação um tanto complicada. Muita gente pode considerar como falta de respeito, é algo que eu não faria. Mas é inegável que o cara conseguiu fotos incríveis, carregadas de sentimento.

Vejam esse:

A história é triste, mas a coleção de fotos é uma representação da situação vivida. A fotografia tem o poder de transportar e nos fazer reconstruir e reviver esses momentos de tristeza e sofrimento.

O ensaio é super válido, a série de fotografias é muito boa!!!

Também penso assim, isso é dar um identidade definitiva a aquela pessoa e mesmo sabendo que em um momento da vida ela sofreu, mas existiu, já foi criança, menina, foi
mulher, e no fim foi guerreira e lutou até onde pôde.

Nunca ninguém vai apagar da mente quem ela foi um dia e o que representou dentro de sua família.

E penso que ela pode motivar muitas pessoas que queiram desistir de viver ou que acham a vida uma droga, te leva a pensar o quanto ela pode ser repentinamente abreviada.

Pois é, pessoal… Fiquei de cá pensando tb se eu teria condições emocionais de suportar documentar uma série como essa em sendo um parente próximo. Com certeza EU não conseguiria, mas admiro a forma psicológica que ele teve.
Ademais, é uma série bastante respeitosa com a imagem da moça. Mostra tudo de forma bem humana, sem glamurização. E o P&B nesse caso é a forma mais direta e profunda (porque atemporal) de se documentar, EMHO. Ele 'casa" melhor com temas mais pungentes como essa série.

Muito forte tb.

Os dois são tensos, mas com um potencial poético enorme

Imaginei até um sistema que eu acho que seria diferente do deles. Ao decidir fazer esse tipo de ensaio, usar uma câmera analógica, fazendo tudo em filme, e revelar as fotos só quando a pessoa falecer

A outra idéia é o processo contrário. Dar uma câmera de filme pra pessoa e pedir pra ela ir retratando o que achasse relevante, e depois da morte dela, revelar as fotos.

Pô, véi… E se a pessoa não morre??? rs

Eu também sei que não conseguiria, precisa de muita firmeza e até um tanto de frieza para fazer isso. Eu tendo bem mais pro lado emocional, e certamente não teria equilíbrio para um trabalho desses.

No Wedding Brasil teve um fotógrafo palestrante que registrou os últimos momentos de vida da sua avó (ou tia-avó, não lembro direito), e depois ainda fotografou os rituais desde a morte até o enterro. Depois disso ele se distanciou da fotografia, praticamente desistiu de tudo, até descobrir a fotografia de casamentos…

Edit

Se a pessoa não morre você tem um puta material pra um comercial, mini documentário e exposição, hehe

Ta ai um assunto que sempre penso…existem culturas onde se tem por habito registrar os enterros, ou rituais similares?
O que vcs pensam?

M Rezende

O post do Hyde ainda não tinha visto, o outro já. Ambos densos, respeitosos, cada um com seu perfil. Acredito que esta diferença, até pelas custuras dos dois fotógrafos.

Penso o seguinte, psicologicamente é difícil, não sei se conseguiria ou não. Mas, pode ser uma forma de mitigar a dor, para o fotógrafo. Pois querendo ou não, vem registrando a luta de um ente querido.

Em situações inversas, venho fotografando minha filhas desde que saiu da UTI Neo, aos 67 dias de vida. Infelizmente era proibido fotografar dentro da unidade. Na época não pensei no caso, até porque tinha outras milhares de preocupações. Hoje, penso diferente, gostaria de ter imagens da força na minha menina quando lutou bravamente pela vida. Tenho as fotos do desenvolvimento e evolução dela, pela sequela que ficou desta faze. Quando vejo as primeiras fotos, não sinto dor, mas sim orgulho da bravura natural que ela teve e tem. Acredito, que duranto o processo, o fotografo poder ter um estímulo temporal inverso ao que tenho. De registrar não a morte, mas a luta e a força de uma pessoa que luta pela vida, e da saudade e lição de vida que deixa.

Mas tudo é especulação. Acho que cada um encara isso de forma diferente. Nào há o que criticar no posicionamento individual. :ok:

Eu sigo um cara um YouTube, provavelmente muitos aqui já viram algum tutorial dele, o Jared Polin.
Ele fez um trabalho semelhante com a mãe dele.
Neste ele fez um vídeo, emocionante, e mostrou as fotos que ele fez!

Realmente, a serie ficou muito interessante, e não sei se seria a palavra certa mais muito bonita, no sentido em que ele retratou de forma muito sutil os momentos, de forma realmente muito respeitosa, afinal numa situação dessas, vai existir uma linha muito tênue entre você ser julgado de forma sensacionalista (Um irmão querendo aparecer em cima da doença da própria irmã, sempre tem os que iram pensar assim) e de forma a transmitir um recado respeitoso, retratar como é difícil a luta contra essa doença que vem fazendo cada vez mais vitimas no mundo… EMHO ele consegui fazer de forma muito respeitosa, e com um trabalho fotográfico sensacional…

E sobre o funeral? Alguma cultura, local, grupo que registra? :ponder:

Rezende