Minha breve história com a Olympus MJU

O Rio de Janeiro tem coisas que em todo lugar tem. Aquela feirinha de quinquilharias (famoso mercado de pulgas) onde você pode se dar muito bem ou muito mal. Nesses lugares com um pouco de disposição e negociação, sem contar obviamente com a determinação. é possível adquirir mesmo nos dias de hoje, artefatos interessantes. E foi assim, em um dia desses, despretensioso, que começa a história que hoje vou contar…

Saí pra fotografar com alguns amigos num sábado pela manhã e como de costume, fomos até a Praça XV, famosa aos sábados por sua feirinha de antiguidades, existem outras no Rio de Janeiro, mas essa sem dúvida é das maiores e também a mais interessante, lá é possível encontrar desde objetos antigos de colecionismo até belos artesanatos, mas nosso objetivo era outro, nosso objetivo era fazer a fotografia de rua.

O problema da fotografia de rua, é que ela leva tempo. Afinal, para criar oportunidades é preciso observar. E foi aguardando oportunidades que resolvi encostar em uma barraquinha que vendia câmeras antigas e comecei a conversar com os vendedores até que a vi. Sim, uma belíssima Olympus MJU.

A MJU é famosa e conhecida por sua ótica e portabilidade, lá você tem o que precisa pra fazer uma fotografia de rua, tem uma objetiva 35mm 3.5, tem um flash, é discreta e relativamente rápida. Então não pensei duas vezes, negociei e levei a agora minha, Olympus MJU.

Então era hora de usar, consumi no mesmo dia (até porque se houvesse algo de errado, seria mais fácil devolver) um rolo inteiro de 36 poses de filme e tudo funcionava perfeitamente. Levei pra revelar e fiquei impressionado com as imagens, maravilhosas ao meu ver para uma câmera daquele tamanho, a cada dia ficava mais apaixonado pela pequena. Muitas foram as saídas em que levava a camerazinha no bolso, eu só queria usá-la, achava tudo grande demais, complicado demais.

Então, um belo dia em uma viagem que ainda nem cheguei a revelar os filmes, ela simplesmente se foi. Sem dar um aviso, sem se despedir, simplesmente se foi, deixando a saudade e a vontade de tê-la novamente.

O bom das paixões em fotografia é que sempre podemos comprar outra não é mesmo?

Observação: Todas as fotos acima foram feitas com a Oympus MJU e um rolo de filme Kodak Double X

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Tive a Mju e a Mju II, aliás mais de uma vez cada uma kkkk !

Prefiro a Mju com a objetiva 3.5, acho bem mais nítida do que a II. Pelo que percebi o programa de exposição da II dá ênfase nas velocidades mais altas, o que leva a aberturas maiores. Nunca fiquei muito impressionado com a II com filmes de ISO baixo. Na “1” eu ousava usar Provia sem problemas…

Além disso a primeira versão custa bem menos do que a segunda, que virou hype.

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Ainda nem falei da mju 2 (que também tenho e tenho a mais tempo, essa ainda está comigo, não queimou)

Você tem total razão, a lente 3.5 é muuuuito melhor que a mais nova. A minha deu problema no botão de disparo.

De Olympus ainda tenho uma Pen-S, maquininha legal, toda manual, sem fotômetro nem telêmetro hehehe…

No momento estou recuperando uma Canon Demi EE17, comprei no ebay, veio do Japão dita como “mint” mas na realidade cheia de problemas… Mas nada que não dê para recuperar.

Legal demais, eu por muito tempo não dei valor a essas câmerazinhas menores, mas até hoje elas são uma mão na roda. Gostaria muito de conseguir uma no estilo da MJU, mas com ajustes manuais porém são caras demais e no fim das contas, todas vão queimar mesmo…

… ainda tenho Olympus mju I e II. Aconteceu com ela, analogica, o mesmo que acontece hoje, com digital.

Explico. Minha camera SLR era Nikon com lentes filtros e tal. Logo cedo resolvi comprar uma camera para meu filho: uma Olympus mju I. Férias levava a Nikon e a Olympus ‘dele’, que voltava com 2~3 fotos tiradas. Para aproveitar o filme usava a camera quando voltava.

Mandava revelar e comecei a gostar. Resultado, me apeguei e ela que virou minha companheira. Posso dizer sem dúvida que tenho mais fotos com ela do que com as várias Nikon que comprei depois da primeira.

Pulando para digital.

Resumindo, continuei oficialmente com várias DSLR Nikon (pelas lentes) mas comprei uma Olympus E-PL1 em ~2013. Conclusão: mesmo roteiro das analoʻgicas depois de varias cameras m4/3. São as que mais uso mesmo sendo Nikon minha marca ‘oficial’.


1.Desculpas se não fui sucinto

2.No analógico ela hoje perdeu priroridade para as médio formato

3.Minha filha (não meu filho) resgatou ela

4.Curti seu relato

5.Recomendo pesquisar sobre Yoshihisa Maitani

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Tem uma Olympus que curto bastante, a 35RC. A lente é incrivel, é minúscula, tem telemetro e é toda mecânica, com exposição manual e prioridade de velocidade. A danada até mostra as velocidades e abertura no visor.

O sistema de exposicao é eletromecanico, super simples e confiavel. Se não der um tombo nela, dura pra sempre.

Minha conclusão é que câmera boa é a que está sempre com você.

Uma das coisas mais legais das MJU é que elas cabem no bolso, não precisa bateria (precisa, mas vocês entenderam), ela é completinha, tem lente boa, flash, etc… Então… Sempre passo a mão nela e levo, agora a MJU 1 tá na UTI e a MJU 2 tá com flash ferrado, então devo buscar uma outra MJU em breve hehehehe…

Sobre as digitais, tive uma Sony ZV1 que achei horrenda, telinha flip sem evf ainda por cima?

Aí hoje penso em pegar uma Ricoh ou alguma outra que surja por aí que seja pequena e com cores legais, pois outra grande vantagem da MJU é que a foto tá lá né? Você não vai ficar editando o negativo…

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Chamava ela de capetinha. Irmã anã da SP.


Não quero transformar o tópico em saudosismo, que é diferente de recordaçõoes. Acham que vale criar um novo? … “Você amador raiz vende seu equipamento antigo sem remorsos?”

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Porquê não?

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