Gostei das explicações do Leo… tomara que role um artigo sobre profundidade de campo abordando aspectos mais científicos, explicados de forma prática para leigos, abrangendo os conceitos de círculo de confusão, imagens de exemplo, etc…
Agora, não sei se estou certo, mas o nosso olho não tem um diafragma também? É a pupila, correto? Quanto está escuro, ela abre e deixa passar mais luz. Quando acordamos e olhamos pela janela ao amanhecer, nossos olhos doem porque estão com a pupila totalmente aberta após uma noite de sono.
Logo, por que também não estamos sujeitos à profundidade de campo? Concordo que no dia a dia, estamos 100% regidos por esse mecanismo composicional do cérebro. Raramente a gente se preocupa com foco porque os olhos/cérebro fazem tudo automaticamente (auto mode :P).
No entanto, se prestarmos um pouquinho de atenção na nossa visão, podemos perceber os efeitos da profundidade de campo. Inclusive, eu consigo simular um “foco manual” voluntário que vai perdendo o foco em um objeto e focando gradualmente outro. Requer um pouquinho de concentração mas não é difícil.
Feche um dos olhos. Olhe para um objeto qualquer. Posicione o seu dedo indicador entre seu olho e o objeto em questão. O dedo ficará desfocado e nada vai contra a teoria do olho seletivo até agora.
Para concluir o experimento, ainda focando o objeto ao fundo, faça com que seu olho perca o foco gradualmente sobre o objeto ao fundo e comece a focar o dedo. Ora, se ocorre o desfoque, existe limitação da profundidade de campo, não?
Ok, no dia a dia esses fenômenos passam batidos 100% das vezes porque o nosso cérebro nos dá na uma interpretação sobre as varreduras, mas cada uma dessas varreduras (RAW data :P) está sujeita aos fenômenos óticos. Afinal, temos todo o ferramental básico de um dispositivo fotográfico: a mídia (os cones e bastonetes capturando luz, como um filme ou um sensor fotográfico), o diafragma (a pupila) e a ótica em si. O cérebro tende a descartar tudo que está vinhetado, desfocado, na periferia da visão e por aí vai, mas que o olho captura tudo isso, acho que não há dúvida disso. Podemos inclusive treinar o cérebro para percebermos esses elementos em situações especiais.