Caros colegas:
Este tópico é uma pesquisa de opinião, não pretende afrontar ninguém. Por isso, vou explicar como a questão surgiu.
Ao arrumar meus livros, encontrei um que li partes há muitos anos e resolvi retomar a leitura. Chama-se “Reflexões sobre o pensamento fotográfico”, de Isaac Antonio Camargo, publicado por uma editora universitária sem público expressivo. Trata-se de um relato das experiências de um professor de fotografia, numa universidade de médio porte, cujo maior desafio era criar estratégias para estimular os alunos a se interessarem pelo debate teórico da arte fotográfica, ao contrário da parte prática que despertava grande interesse.
Segundo o professor, essa tendência era natural, pois os alunos tinham acabado de ingressar num curso de artes e iniciado o primeiro contato com a fotografia. De qualquer forma, ele considerava de extrema relevância oferecer ferramentas aos alunos para que estes pudessem ultrapassar as preocupações iniciais e a euforia do momento e, então, iniciar uma busca mais sólida, mais perene.
Uma das soluções encontradas pelo professor foi oferecer um conjunto de textos que permitissem transitar entre aspectos técnicos e aspectos estéticos, facultando uma discussão dirigida sobre a arte fotográfica em diversas instâncias.
Minha questão, portanto, não é julgar quem nunca parou para pensar nisso, mas tentar entender, com o auxílio de vocês, porque tal debate causa tanto desinteresse quando não resistência e desconforto, na medida em que se costuma contrapor a prática à teoria, quando ambas não são excludentes, mas complementares.
Pois bem, a flexa foi lançada, agora depende de todos para encontrar o alvo.