Na opinião de vocês há um limite além do qual a arte não deveria ir? Há uma linha definida para o que é possível de ser experimentado em arte e o que não deveria ser realizado, no sentido do resultado estético/discursivo???
Vocês acham que é válido para se obter uma estética ‘inédita’ submeter os modelos a tortura com eletrochoque? Consideram que o fotografo torturou seus modelos ou o desconforto imposto é aceitável? Porque???
Acho que não existe um “limite” em si dentro do universo artístico; mas, na minha opinião, EU tenho os meus critérios de valor a respeito do que seriam certos “limites”… neste seu exemplo do eletrochoque, isso ainda considero “ligth”, rsss… as pessoas (“cobaias”) aceitaram passar pela experiência, que não acho que seja tão “tortuosa” assim…
Mas, teve aquele caso que deixaram um cachorro amarrado, morrendo de fome, num museu… sou intolerante em relação aos maltratos de animais para fins artísticos; ou então, coisas que são mais repugnantes ou mesmo nojentas, como utilizar cocô, xixi, vômito, etc… esses são os MEUS limites…
Concordo com o Fernando K, os modelos levaram numa boa os eletrochoques e até se divertiam. Não chegou ser uma tortura.
E interessante ver todo o aparato técnico para a execução, com a câmera para slow motion, a D810 para as fotos, foi tudo feito com capricho e cuidado tbm.
E o objetivo foi alcançado, mesmo as pessoas já sabendo que levariam o choque, as reações foram espontâneas e incontroláveis.
E tbm sigo a linha do Fernando K sobre o limite que a arte não deveria ir: o maltrato com os animais e coisas nojentas, que nunca serão arte para mim, por mais que digam que toda expressão artística deva ser chamada de arte. Isso já foi uma grande discussão em outro tópico.
Não acho que isso seja arte, para mim é uma baita apelação e vontade de aparecer, coisa de oportunista.
Mas tem gente que compra a ideia… E se alguém compra uma ideia como essas , por exemplo, do cachorro amarrado, para mim está no mesmíssimo nível.
Então como a arte poderia ter um limite natural? É isso, ela não tem um limite, o limite está no gosto pessoal, na sua cultura e nos seus valores morais, é isso que vai limitar a arte aos seus olhos.
Alguns expuseram suas opniões como a do cachorro. Na nossa cultura o cão é um animal doméstico é inconsebível a visão de um cão ser maltratado, já em alguns países asiáticos o cão é alimento. Na índia a vaca é uma animal sagrado, aqui na nossa cultura ela é alimento.
Então a forma de ver as coisas está na sua cultura, nos seus valores morais e no seu gosto pessoal e a Arte é assim, tem quem aprecia e entenda a arte exposta e tem quem a critique.
Acho que não tem limite não. Como já foi dito, o limite está nas pessoas. Arte pode ser apelativa, imoral, cruel, ilegal, de mau gosto, sem graça, e não deixar de ser arte.
Minha opinião é que algumas formas de arte devem ser proibidas e combatidas, o exemplo da crueldade com animais é ótimo. Mas ainda assim não deixam de ser arte.
Respondendo diretamente a pergunta, certamente há um limite do que deveria ser realizado, mas este é único para pessoa.
Em poucas palavras, MINHA opinião.
Acho esse tipo de “arte” uma grande idiotice (já que aparentemente não há limites que definam “arte”).
Idiota quem faz, quem se submete, quem compra a ideia… totalmente sem noção.
E discordo do termo “reações espontâneas”. Não foram espontâneas, foram provocadas por um fator externo.
Abs.
Quanto as fotos em questão eu não achei nada de cruel ou algo definido como tortura, ja que todos concordaram em participar e não é algo que realmente machuque alguém, não vi nada demais… agora se fosse tipo “pegadinha” e fazer isso sem o consentimento da pessoa eu acharia ridículo mesmo…
Bem eu acho que tudo que é feito entre pessoas adultas e de comum acordo, não cabe julgamento externo. Cada faz o que quiser com sua vida e seu corpo.
Agora…o erro esta em chamar isso de arte!
Não é arte…é um ensaio fotográfico, só isso!
Eu considero que existem fotos de arte e fotógrafos que fazem arte…mas não é o caso aqui.
E do ponto de vista estético (independente dos recursos usados) e não gostei das fotos. Não estão espontâneas…parecem forçadas…(com o perdão do trocadilho rsrsr)
A arte não tem limites. O sentido dela não é de somente agradar, mas também passar alguma mensagem ou idéia de seu autor.
Vc pode concordar ou não. Pode achar desnecessário ou não. Idiotice ou não, é arte. Essa é a graça da vida…questionamentos fazem parte dela.
Entre estas experiências de arte, ou “arte” que eu já vi, esta foi a mais interessante.
Já vi sobre um fotógrafo que registrava a expressão de crianças ao chupar limão pela primeira vez, ou pessoas a 1 seg. após receber o primeiro beijo…outros a receber uma balde de água na cabeça…são projetos, apenas projetos, todos querem seu lugar na mídia, aparecer de alguma forma, pois SEMPRE ALGUÉM COMPRA A IDÉIA…mês que vem este cara pode estar estampando a capa de uma revista, e é isso o que ele quer…não acho que ele mesmo ache que fez arte.
Neste mundão iremos ver coisas daí pra pior, mais e menos apelativas etc…más são os projetos que hj em dia funcionam…
“Não podemos vencer o circo, por isso, vamos nos juntar a ele.”…eu não sigo esta frase, mas é o que vejo acontecer por ai…
Sobre este projeto, a palavra certa não seria espontãnea, mas sim, real…as expressões são reais…não achei que o choque fosse tão Foda…deu dó de ver aplicar o aparelho nas mocinhas…
Arte realmente não tem limite, concordo plenamente com o que você disse, mas continuo não considerando isso como arte. Desculpem a franqueza mas para mim ter que considerar tudo como arte é uma mistura de desconhecimento, hipocrisia e idiotice.
Daqui a pouco vai ter gente fotografando cahorro cag*ndo na rua e falar que é arte e tentar empurrar um “conceito baseado na subjetividade que leva em consideração as dificuldades dos amantes dos caninos quanto à criação desses amáveis animais em um ambiente urbano limitado espacialmente”
Shalders… você acaba de me dar uma grande ideia… vou tocar esse projeto, virar artista e ainda ganhar uma baita grana… já que vale tudo… topa uma parceria? kkkk
Cara
O ser humano é um ser social, o limite está no limite do teu convívio social.
Um fotógrafo religioso vai produzir um produto que possa ser compartilhado e consumido em seu meio, assim como um fotógrafo mais “anarquista” irá produzir imagens que serão mais aceitas em seu meio.
Eu acredito que não há limites para a produção de conteúdos, as vezes o consumidor está consumindo o produto errado!