Retorno ao Analógico

Caros Amigos

Estou investindo no trabalho de book´s fotográficos e gostaria de saber de vocês se neste processo de digitalização do mundo fotográfico, ainda vale apena investir na compra de uma camera analógica médio formato como Pentax 6X4,5. Os resultados com filme 120mm ainda superam o digital neste segmento ou uma dslr digital(D70,20D) produzem qualidade semelhante, agregando ainda um baixo custo ao trabalho.
Abraços
Luciano Leão

As digitais não possuem a mesma latitude, o problema é que os custos de operar com uma 645 te deixarão pouco competitivo.
É muito caro fazer o processo exigido pelos books atuais usando uma 645.
É necessário revelar os filmes (que não são tão baratos) digitalizar, pós processar e passar para o papel, vc gastaria o dobro que um fotógrafo com digital gastaria.

Luciano,

A tecnologia tem avançado muito rápido e surpreendido até mesmo os mais céticos usuários de equipamentos analógicos.
Eu tenho ouvido, nesses quase 4 anos mexendo com fotografia digital que a maioria das pessoas tem tirado maior proveito dos equipamentos digitais na maior parte das áreas onde a fotografia é usada.
Eu acredito que aqui voce vai encontrar vários exemplos de pessoas que trabalham no mesmo segmento que você e se utilizam de equipamentos digitais (a começar pelo Leo).

Se voce não tem dinheiro para um equipamento digital e já possui alguma coisa analógica, é possível que valha a pena um investimento menor. Mas eu acredito, conforme tudo que já li e aprendi com digital, que se voce vai ter que fazer investimento na compra, vale a pena partir para uma digital.

Claro que uma opinão mais detalhada como a do Léo, vai te dar mais segurança nas decisões.

A proposito, seja bem vindo à comunidade!

Abraço,
Fernando

Obrigado Leo e Fernando por suas opinões. Gostaria que com o advento cada véz maior do digital,o custo dos filmes de qualidade e de sua revelação baixassem, pois ainda acho o resultado do filme fantástico.
Abraços

Luciano,

Acredito que seja realmente o inverso que acontece.

É necessário salientar quando analisamos o mercado fotográfico que, com o advento da digital, serão produzidos menos filmes, e com isso a produção encarece, tornando esse tipo de trabalho ainda mais caro. É só perceber isso nas fotos PB.

Eu acredito que a tendencia é a contrária. Com o crescimento da tecnologia digital, o preço dessas revelações diminua, e fazer revelações filme encareça.
Mas é claro que ainda não estamos nesse ponto da curva.

Uma coisa é fato: Felizmente (ou infelizmente para alguns) a fotografia digital veio para ficar!

Abraço,
Fernando

Concordo com o Fernando sobre os preços dos filmes.

com relação aos efeitos dos filmes já estamos caminhando para resultados semelhantes, as novas gerações de câmeras como a S3 tem tanta resolução como um filme como tbm latitude, então começa a ficar muito equilibrada a briga em termos de qualidade.
Enquanto em particidade, custos e versatilidade a digital ganha disparado.
Eu não me vejo mais retornando para o filme, muito pelo contrário, só tenho mais 1 câmera de filme e pretendo tacar um back digital nela logo, logo.

Não sou da área de fotografia,mas sim de audio, e vivi a mesma coisa no audio que agora a fotografia está vivendo: a passagem do analógico para o digital, e a morte do analógico.

Uma coisa que tem que prestar atenção, e pouca gente fala, é no custo a longo prazo.
Claro, filme, revelaçnao, etc custa caro por trabalho. Mas uma maquina analógica boa é pro resto da vida.

Uma boa digital hoje dura quanto tempo? Daqui a quantos anos vai ter que trocar porque ela ficou obsoleta, ou porque o mercado vai exigir que seu estúdio tenha uma de 50MPixel (sei lá… chutei).

Isso tem que ser avaliado. O mesmo se deu no audio, e todo mundo que montou estúdio digital no ínicio, com o passar dos anos teve que comprar todo equipamento novamente, porque o formato ainda nnao tinha amadurecido.

Pra ficar mais claro (espero que entendam):

Todos os equipamentos operavam em 16bits de resolução (equivalente aos MPixels da foto).

Hoje qualquer estúdio caseiro trabalha com 24 bits.

Antes todos os estúdios trabalhavam em 44.1kHz (taxa de amostragem, nnao sei se tem equivalente em foto). Hoje os equipamentos já estão na casa dos 196kHz. Veja só o tamanho do salto.

Com foto o mesmo vai acontecer nos próximos anos.

Acho besteira alguém nnao embarcar no digital esperando o formato amadurecer, mas essa conta TEM que ser feita pelos profissionais, porque é certeza que em alguns anos vai ter que trocar de equipamento, enquanto com uma boa analógica 645 isso não acontecia.

Acontece a troca mesmo nas de filme, porque o disparador tem vida útil, o mínimo que vc vai ter que fazer é trocar um disparador que custa um bom $$$.
Mas de qualquer forma é sempre importante ir levantando os custos.

domene,
Acho que fizer a analogia assim, faça mas sentido:
Audio - Video
Taxa de Amostragem (48khz,196khz) - Mega Pixel (3.2mp, 8mp) *1
Número de Bits (16,24) - Latitude iso. *2

1 - Define quantas amostras um segundo de audio tem, quantos pontos (amostras) tem a foto.
2 - Aqui não tem uma relação exata, quanto maior o numero de bits, mas fiel ea amostra de audio, na foto eo intervalo de luminosidade que o sensor pode capturar sem que o mesmo sature.

Lembrando que cada pixel primario (rgb) do CCD e digitalizando em 12bits. (pixel efetivos, raw)

domene, Acho que fizer a analogia assim, faça mas sentido: Audio - Video Taxa de Amostragem (48khz,196khz) - Mega Pixel (3.2mp, 8mp) *1 Número de Bits (16,24) - Latitude iso. *2

1 - Define quantas amostras um segundo de audio tem, quantos pontos (amostras) tem a foto.
2 - Aqui não tem uma relação exata, quanto maior o numero de bits, mas fiel ea amostra de audio, na foto eo intervalo de luminosidade que o sensor pode capturar sem que o mesmo sature.

Lembrando que cada pixel primario (rgb) do CCD e digitalizando em 12bits. (pixel efetivos, raw)


Olha só… eu sabia que ia dizer besteira hehehehe

Não entendo nada de foto mesmo… <_<

Obrigado pela ajuda.

Só um detalhe, nem todo sensor é de 12bits por cor.
O da S3 por exemplo é de 14 :wink:

O ponto que não está sendo comentado é o acompanhamento da tecnologia. É óbio que voce poderia ficar fotografando com a mesma camera (por exemplo, quem optou pela D30 em 2000, provavelmente tem camera para fazer as mesmas fotos). No entanto, somos movidos pela máquina da tecnologia e das exigencias do mercado. Na realidade o mercado te pressiona a adquirir cameras novas, com aquele recurso que a sua não tem. E voce muitas vezes vende isso.

É uma discussão muito difcil, mas eu acredito que a tecnologia vai continuar empurrando para voce adquirir sempre algo melhor.

Poderiamos continuar dirigindo um Ford T, ou então o querido fusca, ou mesmo aquela brasília, ou o renomado Corcel II. :slight_smile:

Abraço,
Fernando

Ahhhh Fernando se for partir para carros eu nem sei se os novos me empurram tanto viu???
Meu sonho de consumo é um Jaguar XK-120 :slight_smile: O carro é de 1950 e eu dirigiria um facilmente, trocaria 1 deles por qualquer audi novo… :slight_smile:

:slight_smile: Ta certo!!! Alguém providencia uma Romiseta para nosso amigo aí de cima! hahahaha!!!

Léo, existem raridades de veículos também. Mas é claro que é uma outra linha de pensamento!

Abraço,
Fernando

Também trabalho com áudio profissional e acho válida a analogia, não tanto técnica mas evolutiva.
O áudio entrou antes no mundo digital e já ocorreram muitas coisas semelhantes ao que vem ocorrendo na fotografia, como essa corrida por megapixels.
Hoje em dia o que aconteceu foi uma fusão dos dois mundos, analógico e digital com o que cada um tem de melhor.
Para edição e armazenamento, nada supera o digital, já para captação e reprodução não tem jeito, o mundo é analógico.
Explicando, no áudio, para mixagem, efeitos e edições é tudo digital mas na captação existe um microfone, que é analógico, seguido de um pré amplificador valvulado !!! E depois, a reprodução é feita por cxs acústicas, que também são analógicas.
Na fotografia de hoje, a captação é feita pelas lentes, que são analógicas, e depois do sensor é tudo digital, passando por edição e efeitos, até chegar no papél, que é analógico pois aceita qualquer valor entre uma tonalidade e outra e não só os valores impostos pelo processo digital.
Não tem como remar contra. O melhor de cada mundo vai continuar a ser aprimorado e trabalhar junto, e nós só temos a ganhar com isso.
No meio do caminho estão limites tecnológicos e imposições mercadológicas mas e evolução passa por cima disso tudo. É só uma questão de tempo !
Abraços pra galera…
Surtão