saindo do convencional

Bom Dia,

fiz duas experiencias essa semana. A primeira fotografando em “Redscale” com filme Kodak Colorplus (iso 200) virado ao contrario em uma camera Lomo 135BC. Compensei a fotometria para um ponto a mais e saí por ai. O resultado foi esse:

Percebe uma entrada de luz maior e varias menores em cada fotograma, melhor perceptível nos que foram sub expostos ou nas partes mais escuras. não faço ideia se é entrada de luz na câmera, reflexos na própria película ou ainda na manipulação do filme (reenrolei no escuro absoluto).

Nessa mesma oportunidade revelei um cromo (vencido desde 2007) no processo C41 (o laboratorista havia me garantido que revelava E6, mesmo eu insistindo que se tratava de um cromo, slide, positivo mas na hora disseram que não fazia). E esse foi o resultado:

Engraçado os amigos reclamando das fotos fora de foco, riscadas, e cheia de defeito e com cores alteradas e perguntando: “porque não usa camera digital como todo mundo?”

abraços, Joaquim

Gostei do tom azulado do cross-processing. Que filme usou?
Até hoje só fiz com Vélvia, mas o tom puxa para o verde.

esse filme é um próvia 400, mas ele esta respondendo como iso 200, está vencido desde 2007. havia comprado uma lata que me rendeu uns 20 cartuchos de 36 poses.

Joaquim

a experiencia de hoje foi com o parodinal.

transformei em pó, 20 comprimidos de paracetamol, misturei com 20g de soda caustica em 100ml de agua (30 gramas na verdade, essa soda caustica é de 70% de pureza, pra desentupir pia). em outro recipiente misturei 50g de sulfito de sodio em 100ml de agua. aguardei alguns minutos depois misturei as duas soluções. depois de dois dias de descanso, filtrei o composto pra separar as impurezas.

o liquido Parodinal é bem “enérgico”, diluido em 1:25 e revelando papel a imagem aparece em segundos, semelhante ao Dektol.

abraços, Joaquim

Gostei muito do resultado. O processo fica à esquerda da magia negra, para mim.

a experiencia de ontem está ao lado daquelas tecnicas que não serve pra nada:

beleza, vc fez a foto no celular e pretende passar para o Papel. simples: basta levar ao laboratório e pedir pra fazer uma “revelação”, em minutos vc leva pra casa a cópia em papel.

mas nãaao… se posso complicar pra que simplificar? vc que é adepto do analógico, pode usar um app de edição de imagem, inverter as cores, aplicar um filtro P&B e produzir um “negativo digital”. ai vc ajusta o brilho da tela para o máximo, desabilita o descanso de tela, põe o celular no lugar do negativo e o expõe no papel fotográfico. como não tenho controle sobre ligar e desligar a tela, usei o filtro vermelho mesmo, expus por somente 2 segundos e obtive esse resultado:

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até as rachaduras da tela do celular que está quebrado apareceram. o contraste está meio estranho porque… é… esqueci de converter o “negativo” para preto e branco, daí as cores responderam diferente para cada tom.

Joaquim

Complementando o experimento com PARODINAL, revelei duas peliculas fomapan 100, uma 135 e outra 120. em ambas diluí 1:100, e 10 minutos de tempo de revelação, agitando o primeiro minuto depois agitando a cada minuto por 10 segundos. Esqueci de baixar a temperatura e os químicos ficaram a 27 graus, o que contribuiu para que houvesse perda de contraste e granulação da emulsão (o tempo recomendado para a temperatura de 27 graus a essa diluição é de 7 minutos). mas no geral gostei do resultado (negativos escaneados):

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Joaquim