Ha tempos que quero saber um pouco mais, testes práticos, sobre o uso da temperatura de cor.
As vezes eu uso em alguns motivos fotográficos, mas vejo poucos resultados, onde aplicamos as diferentes temperaturas de cor.
Nos retratos, paisagens, dia-a-dia, estúdio, book etc?
Abaixo, 3 fotos que fiz com a A100 nas cores mínimas, neutras e máximas.
-2.500 - 5500 - 9900-
o tema “temperatura de cor” está relacionado à cor emitida pela fonte de luz. Luz de tungstênio é mais amarelada do que fluorescente, que é mais esverdeada. Para evitar a superficialidade dos termos que eu acabei de usar criaram (não me pergunte quem…) uma tabela de “temperatura de cor” deixando as coisas menos genéricas e mais objetivas/técnicas.
Através dessa tabela você pode saber exatamente qual filtro tem que usar para fotografar pessoas com filme “daylight” sob luz fluorescente e evitar que elas fiquem esverdeadas.
No caso do digital, o ajuste de white balance nada mais é do que ajustar as cores da câmera para a temperatura da cor da luz predominante para que a cena seja captada com cores naturais, independente da temperatura de cor da fonte.
Nossos olhos têm um white balance automático muito bom, por isso não sentimos muito essa diferença. Mas os filmes e sensores precisam de uma mãozinha…
Pelos seus testes é bem fácil você perceber e associar uma temperatura de cor baixa com o azul - frio - e uma temperatura de cor mais alta com cores mais quentes, amareladas - calor.
O básico, até como está ilustrado no seu teste, é 5500ºK que, inclusive, é a temperatura de cor dos flashes.
Seguem alguns links com explicações mais técnicas caso você tenha interesse.
Eu publiquei uma matéria sobre isso na Social Foto Clube que está bem completinha em termos de técnica.
Esse tema é bem amplo, primeiro tem a parte técnica, depois tem a aplicação psicológica do balanço de branco, a idéia básica é que ele serve para balancear a luz do ambiente com um tom complementar para que ele gere branco, mas existem as opções criativas que possibilitam trabalhar com as sensações de quem ve a imagem, no curso Avançado da Teia do Conhecimento a parte de balanço de branco é bem completa, tanto a parte técnica como a parte de uso dos tons para gerar sensações.
Aqui em Porto Alegre a revista não está chegando em muitas bancas, mas encontrei duas aqui no centrão da cidade (perto do Mercado Público) que estão com a edição de novembro. Essa é a edição mais recente?
Uso principalmente a idéia psicológica de temperatura de cor. Geralmente eu tenho uma idéia do clima desejado em cada foto, e persigo esse clima através tanto do balanço de brnacos quanto da saturação de cada cor, às vezes.
Para mim não existe cor certa, a não ser para aplicações técnicas (por exemplo, em moda para mostrar a cor de um tecido). Existe clima, existe a forma como percebemos algo e que deve ser traduzida para a fotografia. Por exemplo, fotografando uma cena com luz incandescente eu jamais faço uma correção completa dos amarelos, pois a cena precisa ser descrita um pouco quente para dar a idéia de ambiente. Se a correção for feita rasa, a cena ficará azul demais para a descrição.
Ivan a aplicação técnica que eu digo é como proceder para obter os tons e como eles são obtidos pela câmera.
É claro que o aspécto psicológico é fundamental, inclusive para moda, porque a grande maioria dos trabalhos de moda são conceituais…
Eu sempre digo que a técnica e os aspéctos da linguagem e da composição devem andar juntos, porque se não andarem não será possível obter bons resultados. Por isso que sempre procuro trabalhar a técnica (que é subsídio básico, todos devem ter para conseguir bons resultados) e em seguida a parte de composição e linguagem, que para mim é o diferencial.
O tema do post não é esse, mas que bom q vc recebe a sua SFC. O numero 2 recebi depois de mandar e-mail reclamando que como assinante estava lendo nas bancas. a número 3, nem sei se vai chegar.
Por essas e outras nunca assino revista alguma. No caso da SFC quis dar uma força pro pessoal, mas…
Explorar o balanço de brancos de forma criativa no equipamento digital é um importante diferencial. Estou sempre procurando estudar isso e observar resultados. Para o tipo de trabalho que gosto de fazer com paisagens, onde uso muito a longa exposição em condições críticas de luz ter o controle de distorções conceituais, que extrapolam a realidade é muito importante.
Ando empenhado em obter padrões razoavelmente técnicos para tais resultados. Estudar os valores das temperaturas de cor e, ao contrário de utilizar o balanço correto (que aproxima o registro da realidade), partir para valores que signifiquem uma distorção previsível e desejada é um bom divertimento e até uma forma de transformar ambientes e situações “sem graça” em imagens interessantes.
li a sua matéria na SFC e gostei bastante, fiz uns teste de WB em K(Kelvin)na minha camera baseando-se na na tabela da revista, porém me diga uma coisa, em um ambiente onde a luz amarelada é predominante, se eu deixar em K 5500 tenho um resultado próximo do branco ??
Grato espero que vc tenha entendido a minha dúvida.
Se a luz predominante é amarela e você deixar em 5500K a imagem vai ficar amarelada.
Você teria que baixar a temperatura no W/B para que ela caisse para branco (se baixar muito chega até a azular).
Mesmo assim, se o flash não for muito dominante você terá desvio para amarela, esse desvio só será desprezível quando a luz do flash for muito dominante (como em casos onde você usa altas velocidades de sincronísmo e ISO baixo em fotos noturnas).
Com esse exemplo podemos ver como a camisa voltou a “parecer branca” mesmo que a cena correta seja a primeira.
Daí pode vir a questão: “Qual é o correto? A cena real ou a cena corrigida para o branco?”
Tudo dependerá da intenção do fotógrafo. Do que ele deseja mostrar. Só isso.
O WB está aí pra permitir corrigir ou iludir.