Dando uma analisada nos projetos selecionados para o Paraty em Foco desse ano (dos outros anos nunca vi) acho que realmente não entendo m*rda nenhuma do que é arte na fotografia… e vendo as imagens escolhidas, sinceramente nem sei se um dia quero entender isso, porque pode ser possível que se entender eu queira fazer igual.
Vi muitas, mas muitas fotografias que pra mim não comunicam absolutamente nada, além de muito ruins tecnicamente. Um lixo na minha modesta opinião de caipira do interior… Muito pouca coisa aproveitável e realmente boa.
É… devo ser analfabeto cultural mesmo.
Pra mim também… todos os trabalhos lá (os que tive paciência de ver) são uma grande B*sta!!!
E as defesas dos trabalhos então… só muito chapado pra entender isso… e olhe lá.
Sou realmente um analfabeto cultural. :aua: :aua: :aua: :aua:
É porque em fóruns de fotografia a discussão é quase 100% em relação à forma. Quase nada se discute sobre criar, analisar ou trabalhar o conteúdo. Só queremos saber como fotografar e nunca falamos sobre o que fotografar. Por outro lado, nesse tipo de evento, como o Paraty, é o contrário: a forma é secundária em relação ao conteúdo. Por isso tudo parece muito estranho. Então, vocês têm razão, é limitação nossa mesmo.
…Nao se pode esperar enterder o conceito de um trabalho sem analisar a proposta e influencias do autor. Isso vale para qualquer arte.
O trabalho dele nao eh ruim. Eh sobre a aceitacao da sua homosexualidade sem renegar seu corpo masculino. E segundo ele a proposta eh “entrar, explorar, revelar e participar do complexo sensual e amoroso do espaço travesti”.
Eu atei gostei da iluminacao das ultimas 5 fotos com a parede verde.
Obviamente nao sao fotos que eu compraria e nem colocaria em nenhuma parede minha para ficar apreciando, mas como forma de ver e enterder o universo dele ficou um trabalho interessante.
Para quem nao leu sobre o trabalho e sobre ele:
SOBRE O TRABALHO
Nelson aceitou sua homossexualidade, nesse momento ele poderia ter se tornado uma autêntica drag-queen, um travesti. Paradoxalmente, aproximando-se delas, foi-lhe sendo revelado algo pouco comum, havia nele uma rejeição pela ideia de “converter-se em mulher”. Naquele momento Nelson encontrou um lugar próprio e especial no universo travesti, simplesmente admirá-las, ser seu cúmplice e ao mesmo tempo aceitar seu corpo masculino. “Desobediente” é um projeto em que o autor quer, por meio da fotografia, entrar, explorar, revelar e participar do complexo sensual e amoroso do espaço travesti.
SOBRE O AUTOR
Estudos: Formado em ciência das Comunicação- Oficina fotográfica: “a arte de observar” por Sebastián Beláustegui- Oficina básica de fotografia digital com o professor Alejandro Echeverría.- Oficina de fotografia documental em Oaxaca, com Stella Johnson.- Getting close, oficina de fotografia com Joseph Rodríguez- Programa de formação: Fotoensayo V 2013- O discurso visual con Juan Antonio Molina, 2013. – Programa de fotografía contemporânea 2013. -Ao limite do ato fotográfico con Antoine D´Agata, 2013. Menção honorífica no concurso internacional de fotografia: “Jovens en el espejo” (México, DF 2010).- Selecionado pela fotógrafa Stella Johnson para participar como assistente e aluno da oficina de fotografia documental em Oaxaca (2012).- Fotografia vencedora do concurso “Os jovens, a primavera visual de suas crises e esperanças”- Cinco exposições individuais e oito exposições coletivas.
Concordo em parte com o que você disse… mas pra muita coisa ali, me desculpe, mas acho que não é limitação nossa não… nem com muito esforço consigo compreender. Tem muito trabalho ali que não consigo compreender nem a verborragia usada na justificativa!
CROIX, vc só viu o primeiro da lista, e no caso esse ainda é um que é possível compreender de alguma forma… desça a página e navegue pelos outros trabalhos…
É, sei lá…além de ter que entender qual o motivo que levou o cidadão a fazer tais trabalhos ainda tem a questão do gosto.
Eu por ex achei esse o mais interessante, pra mim, claro. http://paratyemfoco.com/portfolios/raymundo-govea/
Mas o resto, tirando um ou outro, sinceramente, com uma olhada rápido por cima: L*xo!! :hysterical: :hysterical:
Essa discussão como tantas outras nunca termina, do mesmo modo que é fácil falar que certa coisa é ruim porque não a compreendemos, também é fácil falar que uma foto de gelo jogado na rua (como fez um dos artistas da paraty) é arte, só porque “qualquer coisa pode ser arte”.
Ou seja, enquanto muitos podem achar um quadro abstrato simples (como o abaixo V), uma obra prima, outros dizem que é porcaria e não tem nada demais.
Ou seja, pra mim a maioria dos portfolios aí são ruins, porque pro meu gosto são exarcebadamente subjetivos, e não me cativam. Mas existem pessoas que vão se identificar, e achar maravilhoso, essa é a graça das coisas.
Como disse desde o começo, tem vários projetos que realmente são bem bacanas… o Croix já citou alguns…
Mas a grande maioria pra mim continua sendo lixo. Acho que nem com muito boa vontade conseguiria compreender, e muito mais difícil ainda gostar e achar que o projeto merece estar lá exposto…
Cheguei a enviar 2 projetos pra lá, mas pela referência do que já passou pela eliminatório acho que nunca seriam escolhidos… minhas fotos são “bonitinhas” demais pra figurar lá…
E na boa, mas vendo todos esses trabalhos selecionados pra estar lá, até me desanima participar do evento… acho que não é ambiente pra mim.
Eu acho esse lance de “é ou não é arte” um verdadeiro mimimi desnecessário.
Btw, em uma pesquisa rápida, achei essa definição sobre arte: “Arte é a atividade humana ligada a manifestações de ordem estética, feita por artistas a partir de percepção, emoções e ideias, com o objetivo de estimular esse interesse de consciência em um ou mais espectadores, e cada obra de arte possui um significado único e diferente.”
Levando em consideração, principalmente a parte “a partir da percepção, emoções, ideias” não acho que eu, por exemplo, tenho o direito de determinar que o trabalho alheio é arte ou não. O problema maior é que as pessoas, muitas vezes, por não gostarem, não se identificarem ou até mesmo não entenderem algo executado por alguém, tem essa mania de dizer que “é um lixo, uma porcaria, isso não é arte”. Que fique claro que ninguém é obrigado a gostar de tudo, longe disso, mas acho que é preciso saber sem imparcial ao fazer uma afirmação do que é ou não arte. E isso é algo que existe há MUITO tempo, vejam só quantos artistas renomados que estão mortos hoje eram ridicularizados por muitos, justamente por dizerem que o trabalho deles não era arte, e pelo visto isso nunca vai mudar. É uma pena…
Eu discordo completamente.
Tem uma infinidade depecas que considero boas obras de arte, mas eu nunca colocaria na minha casa ou em lugar algum alem do museu ou galleria. Sem contar aquilo que eu considero arte ruim. Ruim mas nao menos arte do que aquilo que eu gosto.