[b]ATENÇÃO, VISITEM O GLOSSÁRIO FINAL, NASCIDO A PARTIR DESSA IDÉIA EM:
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ESTE GLOSSÁRIO FOI INICIADO POR MIM, E VEM RECEBENDO CONTRIBUIÇÕES DOS DEMAIS MEMBROS DESTE FÓRUM, TORNANDO-SE UMA CRIAÇÃO COLETIVA.
ESTE GLOSSÁRIO É FRUTO DE DEDICAÇÃO VOLUNTÁRIA DOS QUE O ALIMENTAM, E MINHA NO CASO DA CONSOLIDAÇÃO. COMO TUDO O QUE SE FAZ VOLUNTARIAMENTE NÃO HÁ PERIODICIDADE FIXADA DE ATUALIZAÇÃO, NÃO HÁ OBRIGAÇÃO DE NINGUÉM DE ATUALIZÁ-LO, NEM SE PRETENDE QUE O MESMO SEJA COMPLETO. APROVEITE O QUE ELE CONTÉM, QUE JÁ É BASTANTE COISA.
O GLOSSÁRIO FOI INICIADO PARA EVITAR PERGUNTAS RECORRENTES SOBRE AS MESMAS COISAS, ASSIM COMO PARA PERMITIR QUE TODOS POSSAM ACOMPANHAR OS DEBATES COM O USO DOS TERMOS TÉCNICOS NECESSÁRIOS.
TÉM CONTRIBUÍDO PARA ESTE GLOSSÁRIO:
Carlos Abido
Leonardo Terra
Lincão
ABERTURA – a quantidade de luz que incide no filme ou sensor é fruto da interação de dois fatores: o tamanho do buraco aberto pelo diafragma e a quantidade de tempo que ele fica aberto. Abertura é o nome dado ao tamanho do buraco formado pelas palhetas do diafragma. Numa câmera de filme ela varia numa seqüência de números cada um deles significando o dobro da luz do número anterior. A seqüência clássica é: 1 - 1.4 – 2- 2.8 – 4 –5.6 – 8 – 11 – 16 – 22 – 32 – 44 – 64. Nesta seqüência, quanto MAIOR o número, MENOR a abertura, isto é, os números são denominadores de frações. Assim, f1.4 é muito aberto, f11 bastante fechado.
ALTAS-LUZES – luzes muito claras, região clara da fotografia, brilhos ou tecido branco.
ARTIFACTS – formas estranhas que surgem na imagem digital devido ao somatório de aplicação de sharp e de suavização anterior de ruído. Normalmente, as folhas das árvores ficam grosseiras, os detalhes estranhos, brutos, rombudos. É o fator de degradação de imagem mais desagradável entre todos. Podem surgir também –e surgem- devido à compactação JPEG agressiva. O primeiro tipo é comum nas Canon compactas e nas Sony. O segundo tipo nas Fuji.
BAIXAS-LUZES – luzes escuras. Região mais escura da fotografia. Sombras profundas.
BURST - é o modo de disparo contínuo para capturar várias imagens consecutivas apertando o disparador somente uma vez
CAPTURA LINEAR – fala-se de captura linear em oposição à experiência com filmes, pois os filmes não capturavam com igual eficiência as ALTAS E AS BAIXAS LUZES. Os filmes tinham, por suas características químicas, curvas de contraste próprias. Ao contrário, a captura digital é LINEAR, o que significa que o sensor captura com igual eficiência as ALTAS E AS BAIXAS LUZES. Por isso todas as câmeras aplicam uma curva de contraste para dar à imagem uma aparência agradável.
CONVERSOR DE RAW – programa que faz a conversão de um arquivo bruto com informações de pixels de apenas três cores para um arquivo de imagens onde cada pixel pode assumir uma infinidade de cores. Esses programas retiram do software da câmera a responsabilidade por essa conversão, com o benefício de terem rotinas mais bem escritas e maiores, de usufruirem de maior poder computacional dos micros em relação ás câmeras, e de libertarem a fotografia dos sets padronizados do fabricante. Quase todos os programs conversores permitem regular White Balance, contraste, brilho, saturação, etc, e essa regulagem nesta etapa é aquela que provoca menor perda de informações no arquivo. Alguns programas não permitem regulagem alguma, somente aplicam os fatores pre-determinados pelo fabricante da câmera, o que não significa serem neutros.
CONVERSÃO LINEAR – tipo de conversão de arquivos RAW na qual não é aplicada nenhuma curva de contraste. Produz imagens escuras e pálidas, mas é útil para tratamentos extremamente sofisticados de imagem onde se quer recuperar as ALTAS-LUZES quase estouradas. Nem todo conversor é capaz de produzir esse tipo de conversão.
CONTRALUZ – tipo de fotografia onde o objeto principal tem atrás de si uma região bem mais iluminada que ele, e se faz a fotometria para o objeto principal e não para o fundo, de forma que o objeto principal seja visível e exiba detalhes, mesmo que o fundo fique estourado. Não confundir com SILHUETA, que também tem iluminação mais forte no fundo, mas outra atitude de fotometria.
DEMOSAICO – ou INTERPOLAÇÃO DE COR – processo que acontece em todas as câmeras ou nos conversores de RAW e que consiste em interpolar a cor de um pixel com seus vizinhos e dar ao pixel resultante a média dessa interpolação.
DISTÂNCIA FOCAL – distância entre a lente e o plano de captura, filme ou sensor. Conforme as distâncias focais as lentes podem ser grande-angulares, normais e tele-objetivas. Falando em termos de DISTÃNCIA FOCAL EQUIVALENTE EM 35MM, uma grande angular varia geralmente entre 14mm e 45mm, uma normal entre 45mm e 60mm (as normais clássicas são a 45mm e a 50mm) e as tele objetivas além dos 60mm.
DISTÂNCIA FOCAL EQUIVALENTE: conforme o tamanho do filme ou do sensor, o mesmo ângulo de abrangência da lente é conseguido por uma lente de DISTÃNCIA FOCAL maior ou menor do que num filme de 35mm. Numa câmera de médio formato, a lente de 80mm faz o papel de Normal, isto é: é equivalente a 50mm no filme 35mm. Nas digitais é o contrário. Numa S5000/5100, por exemplo, a distância focal verdadeira equivalente a uma 50mm em filme é 7,7mm, muitíssimo menos.
DOF – DEEP OF FIELD ou PROFUNDIDADE DE CAMPO. A profundidade de campo é a região atrás e na frente do ponto de foco ainda nítida ao exame visual. ABERTURAS maiores (como f2.8) produzem menos profundidade de campo, ABERTURAS menores (como 11) produzem mais profundidade de campo. A profundidade de campo é menor antes do objeto e se prolonga mais depois do objeto, numa proporção de um para três, mais ou menos, isto é, com determinada abertura pode haver nitidez um metro para a frente do foco e três metros depois do foco. A profundidade de campo é maior quanto menor a distancia focal VERDADEIRA e por isso as digitais têm enorme profundidade de campo, pois suas distâncias focais verdadeiras são muito pequenas.
ESTOURAR - diz-se que há um estouro numa região da foto quando ela fica totalmente branca ou totalmente preta, e assim os detalhes que deveriam ser vistos naquela região estão irremediavelmente perdidos. A fotografia digital, como os sensores t~em uma LATITUDE pequena, estoura facilmente as ALTAS-LUZES. Por isso, quando se fotografa em JPEG, aconselha-se SUBEXPOR ligeiramente a foto, de forma a preservar as partes claras. O ESTOURADO pode ser de todas as cores, isto é, todas assumem o valor 255, ou de apenas uma ou duas cores. Estourados das tês cores ficam brancos, estouradso de uma cor significa que apenas naquela cor houve perda de detalhes.
GAMMA – curva de contraste aplicada na conversão.
HIPERFOCAL – é um tipo de regulagem da abertura e da distância focal que permite deixar praticamente todo o quadro nítido, desde o primeiro plano até o infinito. Isso depende da distância focal também, pois quanto menor a distância focal, maior a PROFUNDIDADE DE CAMPO, e mais facilmente se faz fotografias em HIPERFOCAL Em grande parte as fotografias do Bresson foram feitas em HIPERFOCAL, com uma lente de 35mm e o diafragma bem fechado.
LATITUDE – faixa de captura de luzes do filme ou do sensor entre o branco e o preto. Uma regulagem para uma luminosidade média captura, por exemplo, dois pontos de exposição a menos antes de virar preto, e dois pontos de exposição a mais antes de virar branco, a se diz que esse sensor tem uma latitude de sete, assim compreendido: o preto, dois tons escuros de cinza não pretos, ao cinza médio, dois tons claros de cinza não brancos, o branco. Alguns dizem que tal latitude é de cinco, desconsiderando o preto e o branco. Um filme tem latitude maior, sendo os pontos de exposição antes de virar preto ou branco três ou três e meio.
LENTE GRANDE-ANGULAR - lente com menor distância focal e maior campo de visualização do que a lente principal padrão da câmera. A lente grande-angular é excelente para fotos de paisagens.
LENTE OLHO-DE-PEIXE - lente grande-angular especial que pode capturar perspectivas panorâmicas extremas, mas distorce os lados da imagem.
LEVANTAR AS BAIXAS LUZES – expediente pelo qual se consegue elevar (tornar mais claras) as regiões de sombra de uma fotografia, normalmente usando a ferramenta Curves.
FILTRO LOW-PASS. Na frente do sensor de uma câmera digital existe um filtro difusor. Sua utilidade é espalhar um pouco a luz, evitando que apenas um pixel fique sensibilizado, o que provocaria ALIAS, ou seja, linhas quebradas num fio de cabelo fotografado, por exemplo. O FILTRO LOW PASS diminui a nitidez para tornar a imagem mais agradável.
FOTOMETRIA - ato de medir a luz de uma determinada região do quadro, ou do quadro inteiro. A fotometria é medida em Fator de Exposição, mas aparece em grande parte dos fotômetros internos das câmeras como uma relação entre velocidade e abertura.
FOTOMETRIA SPOT – Fotometria num único ponto no centro da lente. Permite medir cada pedaço da imagem, bastando varrer a imagem com o centro da lente, e assim saber se a imagem está compreendida na LATITUDE do sensor.
FOTOMETRIA POR MÉDIA – fotometria que considera a média das regiões do quadro. Normalmente é usada no modo automático, conduzindo a enganos, pois nem sempre o assunto principal tem iluminação coerente com o resto.
MATRIZ DE BAYER – Recebeu esse nome devido ao seu inventor. É uma disposição de pixels no sensor que tem a seguinte lógica: os pixels são verdes, azuis ou vermelhos, e são arrumados lado a lado na seguinte ordem (usando as letras G,B,R do nome das coresm em inglês, pois em português verde e vermelho têm a mesma inicial)
G B G B G B G B
R G R G R G R G
G B G B G B G B
R G R G R G R G
Para conseguir os pixels coloridos, é realizado o processo de DEMOSAICO, através do qual é feito uma média de cores entre pixels vizinhos.
MEMÓRIA COMPACT FLASH - baseada nas especificações para cartões de PC PCMCIA (Personal Computer Memory Card International Association - Associação internacional de cartões de memória para computadores pessoais), os cartões CompactFlash medem 43 por 36 mm e sua capacidade de armazenamento chega a 1 GB.
MEMÓRIA SECURE DIGITAL - cartão de memória quase do tamanho de um selo postal e peso de cerca de dois gramas; disponível com capacidade de armazenamento até 128 MB. A memória Secure Digital está ganhando preferência em todos os tipos de dispositivos eletrônicos pessoais.
MEMÓRIA SMARTMEDIA - cartão de memória desenvolvido pela Toshiba que utiliza memória flash para armazenar dados. Ele mede 45 x 37 mm e tem menos de 1 mm de espessura. Disponível com capacidade até 128 MB, a memória SmartMedia é portátil e pode ser facilmente transferida de um dispositivo eletrônico para outro.
RAW – arquivo cru do sensor, com informações de sensibilização de cada pixel. O RAW não é um arquivo de imagem, pois os pixels ainda não são roxos, marrons, cor de rosa, mas simplesmente verdes, azuis ou vermelhos. Para transformar em arquivo de imagem deve acontecer um processo de DEMOSAICO ou INTERPOLAÇÃO DE COR. Em toda câmera acontece esse processo, exceto naquelas que são dotadas dos sensores FOVEON (basicamente, câmeras DSLR Sigma)
SILHUETA – tipo de fotografia no qual o primeiro plano é intencionalmente muito sub-exposto, de forma a ficar preto, formando somente um desenho de sombra. Normalmente é usada em por do sol, fazendo a fotometria correta para o céu, normalmente muito mais luminoso, e deixando árvores, prédios, folhas, vultos de pessoas em primeiro plano totalmente enegrecidos. Algumas pessoas confundem com contraluz, mas a atitude de fotometria é exatamente a oposta.
SUBEXPOR – usar fator de exposição propositalmente menor, deixando a fotografia mais escura do que seria pela leitura média.
SUPEREXPOR – usar fator de exposição propositalmente maior que a média, deixando a fotografia mais clara do que seria normalmente.