[ARTIGO] Uso do Flash na Fotografia

USO DE FLASH NA FOTOGRAFIA DIGITAL

Depois de algum tempo sem escrever artigos surgiu um tempo vago e a oportunidade de escrever novamente.
Existe um conceito muito errôneo, principalmente quando começamos a aprofundar mais em fotografia. Esse conceito é O Flash estraga a foto.
Não é que o conceito esteja errado, mas muito menos ele está certo. Digamos que se bem usado o flash é um dos recursos mais importantes da máquina fotográfica. Como a própria definição de Fotografia (Registro da Luz) diz, tem que existir luz para que o registro não fique “estranho”.

Os estúdios fotográficos usam artifícios de iluminação para suprir a necessidade dessa luz, para evitar um problema comum em fotos de flash (estouro) e a luz incidente diretamente. Mas isso é para fotos Indoor (dentro de algum local) e também para realçar alguns pontos específicos do assunto principal.

E como nós, meros mortais, podemos usar o flash evitando esses erros mais comuns?
É esse o objetivo desse artigo: Expor situações em que o uso do Flash é fundamental e tentar diminuir o mito que flash prejudica uma foto muito mais que ajuda.


A maior parte das pessoas associa o uso do flash à fotografia de interiores ou de noite. Se bem que para estas situações acaba por ser a opção mais usual não significa que o flash seja para uso exclusivo nestas situações. Aliás muitas vezes o flash usado em exteriores/dia deve ser usado. Ou porque a luz é pouca, ou porque o contraste é muito, ou para congelar movimento, etc.
Infelizmente para a maioria das pessoas, o uso e especialmente o domínio do flash é complicado, quem começou a fotografar com unidades manuais sabe o quão frustrante pode ser usar um flash.
Para usar um flash é preciso perceber como é que uma maquina expõe uma cena (qualquer que seja a maquina; analógica ou digital). A ABERTURA DO DIAFRAGMA - que é o “buraco” por onde passa a luz que vai expor ao sensor e a VELOCIDADE DO OBTURADOR, que é o tempo que esse buraco fica aberto.
Portanto a ABERTURA regula quanta luz chega ao sensor e a VELOCIDADE regula a duração que essa luz expõe ao sensor.

[b]ÍNDICE DO ARTIGO

  1. TIPOS DE FLASH

  2. CONCEITOS IMPORTANTES PARA USO DO FLASH

  3. USO DO FLASH NA FOTOGRAFIA

  4. O FLASH EXTERNO

  5. FLASH NA SEGUNDA CORTINA

  6. FLASH RINGS E MACROFOTOGRAFIA COM FLASH

  7. DICAS GERAIS

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Referências Bibliográficas

  1. Digital Photography Workflow Handbook - 2004 - Bettina and Uwe Steinmueller
  2. Digital Photography Hacks - Derrick Story
  3. Digital Photography - P O C K E T G U I D E - Derrick Story
  4. Digital Photography- A L L - I N - O N E D E S K R E F E R E N C E
    FOR DUMmIES - David D. Busch

AS FOTOS SÃO DE MINHA AUTORIA, EXCETO AS QUE TEM REFERENCIAS DE OUTRA FONTE (2 Fotos)


Ranyére Nóbrega não é fotógrafo prossinal, e sim amante da fotografia. Grande parte do conhecimento adquirido pr ele foi obtido no Digiforum, por isso gosto de escrever artigos tentando contribuir com os usuários que estão se tornando nossos amigos e parentes.
Fotografo apenas por hobby já que sou pesquisador científico e professor universitário de matemática/física.

1. TIPOS DE FLASH

FLASH MANUAL

Para regular o uso do Flash manual temos a ABERTURA e a DISTANCIA ENTRE FLASH E OBJETO, que como o nome indica é a distancia física entre o flash e o objecto a ser exposto.
Para usar o flash focava-se a lente, a partir dai íamos a uma tabela normalmente gravada no próprio flash, onde tínhamos que procurar a abertura equivalente para aquela distância para determinado ISO. Isso era extremamente lento, irritante, e pouco amigável. Se a distancia se alterasse lá íamos nós outra vez à tabela para ajustar a abertura. Isto deve-se ao fato de o flash disparar sempre em potência máxima.
Essa DISTANCIA ENTRE FLASH E OBJETO é importante por causa da potência do aparelho. A potência de um flash designa-se de Numero Guia (Guide Number) ou GN.
Quanto mais alto o numero mais potente o flash. Quanto mais potente o flash mais longe a luz pode viajar. Mas o que acontece é que esta luz quanto mais viaja mais perde essa potência. Na verdade perde imensa potência. Chamasse lei do inverso do quadrado.
Vou dar um exemplo: seja um flash que tem um GN de 50 (em metros – muito bom por sinal).
Usando ISO100 para expor um objeto a 18 metros usa-se uma abertura de f/2.8, para usar f/3,5 baixa para 13mts, f/5,6 9mts, f/8,3 6mts; f/12,5 a 4 mts, etc. Isto é uma perca de potência incrível! Mas é uma regra universal que temos que viver com ela.
Ou seja, para calcular você tem que dividir o número guia pela distância do assunto, assim você obtem a abertura que tem que usar na máquina (muitas vezes tem que se arredondar)

FLASH AUTOMÁTICO

Como regra, quanto mais regulagens automáticas um flash possui, mais opções de preenchimento apresenta. Assim, se a exposição ambiente é 1/125 seg. a f/8 e você regular o flash e as lentes para f/8, terá uma razão de 1:1.
Para mudar isso, basta alterar a regulagem da abertura no flash, e deixar f/8 nas lentes. Desta forma, colocando f/5.6, no flash a razão será de 1:2; e para f/4 será de 1:4. Nos dois casos, o que acontece é que você está informando o flash de que regulou a lente para uma abertura maior do que ela realmente apresenta, e portanto, ele fornecerá menos luz ao ambiente. E assim, quanto maior a abertura regulada no flash, mais fraco será o efeito.

FLASH INCORPORADO

Muita gente pensa que os flashes incorporados não possibilitam a técnica do preenchimento. Mas aqui estão as boas novas. Muitos deles não só possibilitam o preenchimento ( fill flash), como o regulam automaticamente. Isso quer dizer que você não terá controle algum sobre o flash, e então, terá que se contentar com o que ganhar – normalmente uma razão de 1:2.

FLASH TTL (TROUGH THE LENSE)

A grosso modo quando utilizamos o flash pode-se dizer que fazemos em simultâneo duas exposições: uma com a luz natural (controlada pela ABERTURA e VELOCIDADE DE OBTURAÇÃO) e outra com o flash (controlada pela ABERTURA e DISTANCIA DO FLASH AO OBJETO). Assim temos a ABERTURA como fator determinante para o controle da exposição
Com o TTL as coisas são necessariamente diferentes do flash manual. Eis rapidamente o que se passa com TTL:
Quando se pressiona o obturador o flash dispara, a luz bate no objeto e é refletida em direção a câmara, através da lente (TTL) atinge o plano do sensor onde é processada pelo processador da maquina. Assim que o sensor acha que a luz é suficiente manda desligar o flash. Tudo isto à velocidade da luz.
A grande diferença entre o flash manual e o TTL é que neste a exposição correta deixa de ser controlada pela DISTANCIA AO OBJETO ou pela ABERTURA, mas simplesmente no ato de desligamento do flash! Qualquer que seja a abertura utilizada a exposição correta é controlada por um “interruptor” (também chamado de Tiristor). Isto não quer dizer que a DISTANCIA AO OBJETO e a ABERTURA deixem de ser importantes, mas apenas que são muito mais controláveis.
Com o TTL o computador da máquina faz a exposição correcta independentemente da ABERTURA ou da DISTANCIA AO OBJETO (desde que estejamos dentro dos limites da capacidade do flash). Podemos escolher a ABERTURA que nos interessa para a Profundidade de campo necessária e não usar uma pré-selecionada na parte trazeira do flash!
Muitos poderão perguntar porque é que a VELOCIDADE DE OBTURAÇÃO não influencia a exposição do flash. Simplesmente porque é muito lenta! A duração média de um disparo de flash é entre 1/1000 e 1/23000 de segundo! A luz do flash deve expor a cena num único disparo (bom isto hoje em dia já não é verdade com os modos FP e equivalentes, mas para a compreensão do artigo, fica assim) e isto significa que as cortinas do obturador devem estar completamente abertas nesse momento, caso contrário ficará registada uma banda negra na película. É ai que entre a velocidade de sincronismo de flash (varia de modelo para modelo, mas poucas vão acima de 1/500).
A velocidade de obturação deverá ser escolhida para controlar a luz ambiente (luz natural não afetada pelo flash) e desde que nos mantenhamos dentro da escala de utilização do flash podemos utilizar um sem número de opções para controlar o efeito final da imagem.
Desde a mais elementar que é expor corretamente para o fundo, até situações em que podemos alterar esse mesmo fundo - desde torná-lo mais claro a completamente escuro.

2. CONCEITOS IMPORTANTES PARA USO DO FLASH

VELOCIDADE DE SINCRONISMO
Para usar qualquer tipo de flash externo, seja portátil, acoplado à câmara, de estúdio e outros, temos que primeiramente observar a sua velocidade de sincronismo. Este sincronismo refere-se ao intervalo de tempo entre a abertura do obturador e o disparo do flash. Ambos devem acontecer exatamente no mesmo momento. Para isto, necessitamos de uma velocidade específica que dispare o flash no exato momento em que o obturador esteja totalmente aberto para atingir o pico máximo de luz. Em flash embutidos esse conceito geralmente é obscuro já que a máquina tenta fazer tudo automaticamente.
Se o manual da sua câmera informar que o sincronismo do flash está regulado para 1/60, e se você acidentalmente utilizar uma velocidade mais rápida como 1/125 ou ainda 1/250, a foto sairá gravada somente em parte, pois a velocidade estará fora do pico, e a cortina do obturador estará cobrindo parte do filme durante a exposição.

As câmeras manuais mais modernas permitem sincronismo do flash até 1/250. Os modelos High Tech permitem até 1/800 ou mesmo 1/1000, dependendo de programas específicos. Entretanto, o que importa realmente saber é que a velocidade de sincronismo é a velocidade máxima permitida a operar com flash eletrônico. Esta velocidade, na maioria das vezes, registra apenas a luz emitida pelo mesmo.
NÚMERO GUIA – FLASH MANUAL
Já foi discutido brevemente, mas é interessante abrir mais um tópico.
Cada tipo ou modelo de flash tem uma potência, um poder de iluminação. Esta medida é o número guia, indicado no manual do seu flash, para filmes de ISO 100.
Em outras palavras, a luz que parte do seu flash se espalha e chega até o assunto com maior ou menor intensidade. Portanto, toda vez em que a distância se altera, é necessário alterar o diafragma para uma correta exposição.
Cada flash tem um número guia, uma potência diferente. Para facilitar o manuseio, cada tipo ou modelo vem com seu respectivo número guia impresso em seu manual (isso para flashes externos). Ou, com uma tabela de Distancia x Abertura, impressa no próprio corpo ou no visor de cristal liquido do flash. Observe-a com cuidado para conseguir a exposição correta.

REDUTOR DE POTÊNCIA
Este recurso adicional, encontrado nos flashes mais sofisticados, e vem designado com as potências – 1/1 (full - total), 1/2, 1/4, 1/8, 1/16, 1/32 etc.
Isto significa que em 1/1 o flash está em carga máxima e na medida em que se reduz esta carga sucessivamente, pela metade, a luz do flash reduz-se no numero de pontos equivalentes. Esse recurso é muito útil, quando se opera a distancias muito curtas, ou com filmes mais sensíveis, ou ainda apenas para economizar baterias.
Já que as marcas e modelos de Flash estão em constantes aperfeiçoamentos, recomenda-se ler seus respectivos manuais com atenção.
Nas câmeras tipo Hi Tech a redução de potência, é efetuada diretamente no respectivo programa para flash - TTL, acionando-se a respectiva escala de compensação, desde que se utilize o flash indicado pelos seus próprios fabricantes. Alguns modelos originais apresentam esta escala de redução mesmo em modo manual. Para maiores informações, consulte o livrete de instruções de seu Flash.

“RING FLASH” / FLASH ANULAR
Há Flashes especiais para curtas distâncias, com pequena potência adequada à fotografia científica ou para documentação São conhecidos como Ring Flash, tipo circular, utilizado na frente da objetiva, acoplada como um filtro. Desenvolvido para situações especificas, para temas muitos próximos, em que a iluminação de um flash convencional não é adequada.
Fotografia dental, médica, macro fotografia, e outras aplicações afins, são alguns dos campos em que esta técnica é utilizada. Apresenta uma luz difusa, e em alguns de seus modelos o grau de difusão pode ser controlável. São encontrados em modelos manuais. Automáticos e até TTL. No entanto, seu raio de ação é limitado a 1.2 metros de distância.

Na falta destes flashes, podemos improvisar rebatedores para dirigir o foco de luz diretamente ao assunto a ser fotografado.

3. USO DO FLASH NA FOTOGRAFIA
Os iniciantes na fotografia, em geral, costumam condenar as fotos tiradas com flash por apresentarem efeitos artificiais. Os mais experientes, ao contrário, não o dispensa, chegando inclusive a usá-lo de forma criativa, não deixando nenhuma pista ou evidência do emprego deste recurso, apresentando resultados fantásticos. Para esses, o uso do flash é imprescindível.
As técnicas apresentadas são válidas, tanto para a fotografia analógica, como para a fotografia digital.
FLASH COMO LUZ PRINCIPAL

Flash como luz principal é quando a luz do flash é a principal fonte de iluminação; interiores mal iluminando, noite, etc. A exposição para esta luz é bastante simples; o TTL calcula a exposição tendo em conta a luz refletida pelo objeto.

FLASH DE PREENCHIMENTO

Também conhecido como Fill Flash é quando a luz do flash preenche as deficiências da luz principal. O flash de enchimento usa-se para “encher” as sombras provenientes da luz natural.
Esse recurso é muito útil em dias ensolarados. O que pode acontecer nesses dias de sol forte, é o motivo a ser fotografado estar na sombra ou em contra-luz e são nessas situações que o uso do flash é bastante útil. É simples. Para iluminar as áreas sombreadas, dando um efeito natural, é bom usar o flash em potência baixa e com 1 ou 2 pontos a menos.
Em dias nublados o uso do flash dá maior saturação às cores, valorizando mais a cena. Nas câmeras eletrônicas, basta colocar a máquina no modo automático total “P”, assim a luz natural e a luz do flash são equilibradas sem superexpor.

Exemplos de fotos cuja sombra prejudicou o assunto principal e o fundo ficou muito claro

http://www.mundofotografico.com.br/outros/artigosetutoriais/artigos/volcano-flash/foto1.jpg

1/500 segundos; F4,8; ISO: 80; 13,8 mm; Uso do Flash: Modo Automático (não disparado)

http://www.mundofotografico.com.br/outros/artigosetutoriais/artigos/volcano-flash/foto3.jpg

1/1000 segundos; F4,8; ISO: 80; 20,4 mm; Uso do Flash: Não

Exemplos de foto com flash de preenchimento

http://www.mundofotografico.com.br/outros/artigosetutoriais/artigos/volcano-flash/foto2.jpg

1/250 segundos; F4,8; ISO: 80; 22,9 mm; Uso do Flash: Sim

http://www.mundofotografico.com.br/outros/artigosetutoriais/artigos/volcano-flash/foto4.jpg

1/250 segundos; F4,8; ISO: 80; 22,9 mm; Uso do Flash: Sim

OLHOS VERMELHOS

Outro preconceito quanto ao uso do Flash é a produção de imagens com olhos vermelhos. Quando a luz do Flash atinge diretamente a pupila, normalmente as pessoas se encontram em local escuro. Nessas condições, a pupila está dilatada pela acomodação visual, fazendo com que a luz do Flash incida diretamente na retina reflctindo parte do sangue que ali se encontra. Dessa forma, o aparecimento dos olhos vermelhos nada mais é do que a reflexão da própria retina provocada pela dilatação da pupila em ambientes com deficiência de iluminação.
Aprenda como evitá-los.

  1. Use o flash lateralmente, com cabo de sincronismo, isso vai mudar o ângulo de incidência de luz. (em caso de flash externo)
  2. Peça a pessoa que não olhe diretamente para a câmara.
  3. Use iluminação rebatida em teto ou superfície branca.
  4. Acenda mais luzes no ambiente. Com isso a pupila vai se contrair, diminuindo a intensidade do reflexo avermelhado.

Praticamente todas as câmeras digitais hoje já vêm com o recurso especial para eliminar o “olho vermelho”. Algumas consistem em promover dois disparos do Flash (ou mais), no momento em que o obturador é acionado. O primeiro, rapidíssimo, com menor carga, ocorre antes da exposição. Esse disparo tem um “timing” perfeito para que ocorra a contração da pupila, que normalmente está bem dilatada pela falta de iluminação ambiental.

No instante exato da contração máxima, a foto é realizada pelo segundo disparo do flash, o que torna quase impossível conseguir um ângulo que incida no fundo do olho, e reflita na direção do filme (bom na prática é assim, mas muitas câmeras apesar de ter o recurso, este não funciona muito bem).

4. FLASH EXTERNO

Frontal
O uso mais convencional do flash eletrónico é o do flash direto, acoplado à sapata da câmera, e apontado frontalmente para o tema. Por outro lado, esta posição normalmente produz sombras indesejáveis, brilho excessivo na pele, e basicamente uma luz dura, clareando o assunto além do ponto desejado e ausência de meios tons. Entretanto há vários meios de controlar este “efeito de artificialidade” produzido pelo Flash:

  1. Eliminação de Sombras: Afaste o assunto a ser fotografado mais ou menos 1.5 m do fundo, para que a sombra projetada pelo Flash não fique marcada atrás do corpo da pessoa. Essa simples providência vai melhorar suas fotos.
    Caso tenha um fio ou cabo de extensão, procure iluminá-lo lateralmente, ou por cima, para que a sombra não incida diretamente no fundo. Use um rebatedor branco de cartolina, isopor ou papel alumínio para minimizar sombras do rosto e no fundo.
    Se o espaço não permitir que você proceda dessas maneiras, procure fotografar o assunto com fundo escuro, o qual absorverá a maior parte das sombras projetadas pela luz do flash.

  2. Flash Rebatido: muitos profissionais dirigem o facho de luz do flash para o teto, parede, muito dura. Seus resultados são: luz difusa, homogênea e sombras suaves que não aparecem no fundo. Pode ser utilizado tanto em modo manual, automático ou TTL.

Uma das formas recomendadas de utilização do flash é a de rebatê-lo contra uma superfície branca (muitas vezes no teto ou em paredes lateral), no intuito de distribuir e difundir sua luz, simulando a luz natural interior.

Exemplo de foto com flash incorporado na máquina e com flash externo rebatido no teto


1/40 segundos; F3,2; ISO: 100; 9,0 mm; Uso do Flash: Sim


1/160 segundos; F3,2; ISO:; 80;: 7,0 mm; Uso do Flash: Externo


1/60 segundos; F4,0; ISO: 80; 14,7 mm; Uso do Flash: Sim (controlado a potência) + Flash Externo

  1. Flash Auxiliar (Flash de menor tamanho localizado logo abaixo do flash principal).
    Com a difusão da técnica do flash rebatido, surgiu um outro tipo de problema: Quando o ângulo de incidência da luz rebatida é muito grande (muito parecido com a luz do sol próximo ao meio-dia), aparecem as clássicas sombras nos olhos, debaixo do nariz e do queixo. Para resolver esse problema, os fabricantes desenvolveram o flash auxiliar.

É um pequeno flash que fica em posição fixa frontal, e que sempre fornece uma iluminação complementar ao flash principal para somente iluminar as regiões sombreadas pelo mesmo.

FLASH COM CONTROLE MANUAL DE POTÊNCIA

Alguns modelos de flash, manual, dedicado ou automático, possuem este recurso, que para muita gente é o mais prático. Se o seu possui esta facilidade, você mesmo pode controlar o preenchimento. De acordo com a luz ambiente disponível, o flash indica a distância que você tem que ficar para fotografar. Depois disso, basta variar a potência do flash dependendo da razão que deseja: meia potência para a razão 1:2; um quarto de potência para razão 1:4 e assim pôr diante.

A intenção do flash de preenchimento é de fornecer o equilíbrio entre a luz do flash e a do dia, mantendo o efeito mais natural possível. Agora é só sair pôr aí experimentando. O resultado é surpreendente.


1/100 segundos; F4,8; ISO: 100; 22,9 mm; Uso do Flash: Sim (controlando a intensidade)

5. FLASH NA SEGUNDA CORTINA

Quando um obturador de cortinas é disparado, abre-se uma primeira cortina, o fotograma é exposto à luz, e fecha-se uma segunda cortina. Se, entretanto, a velocidade é muito alta (a segunda cortina persegue a primeira, deixando apenas um vão estreito entre elas, que “varre” a extensão do fotograma. O flash dispara quando esse vão mostra apenas uma parte do fotograma, deixando o restante escuro. Quanto mais alta a velocidade de sincronização que a câmera é capaz de oferecer, maior sua flexibilidade para compor a luz natural com a luz do flash. Esse tipo de recurso é muito útil para congelar o movimento no final da exposição.

http://www.mundofotografico.com.br/outros/artigosetutoriais/artigos/volcano-flash/fig%204-14.jpg

Foto retirada do livro Digital Photography Hacks

6. FLASH RINGS E MACROFOTOGRAFIA COM FLASH

Como já foi definido anteriormente peguei uma foto na net para mostrar como é esse “trambolho”mágico.


Ring Flash Konica

Esse equipamento geralmente custa bem caro, mas o efeito é muito legal mesmo.

http://www.mundofotografico.com.br/outros/artigosetutoriais/artigos/volcano-flash/i0212.jpg

Imagem retirada do site Macrofotografia.com.br – Exemplo de uso de Ring Flash.

Quer dizer que para tirar uma foto desse tipo só gastando mais dinheiro? Bom em parte sim, mas com o controle da intensidade do flash (nas máquinas que possuem), abrindo o obturador no máximo, controlando o EV e diminuindo o ISO é possível tirar fotos parecidas, não que fiquem do mesmo jeito, mas ajuda a tirar macros noturnas.


1/60 segundos; F8,0; ISO: 80; 15,4 mm; Uso do Flash: Sim


1/45 segundos; F8,0; ISO 80; 11,5 mm; Uso do Flash: Sim


1/0 segundos; F8,0; ISO: 80; 16,3 mm; Uso do Flash: Sim – Auxílio de Fotocélula

7. DICAS GERAIS

Reflexos - Preste atenção quando houver fundos brilhantes ou óculos na cena, pois produzirão brilhos desagradáveis quando o flash estiver apontando diretamente para eles. Coloque-se em ângulo quando fotografar com fundos tais como: espelho, vidraças ou revestimentos brilhantes. Peça `as pessoas com óculos para virar um pouco a cabeça ou tirar os óculos.

Reflexos vermelhos - Os olhos de algumas pessoas (e dos animais) podem refletir a luz do flash com um brilho vermelho. Para evitar este reflexo interno do olho, acenda todas as luzes do aposento - a maior luminosidade ajudará a diminuir o tamanho da pupila. Além disso, se for possível, aumente a distância entre o flash e a objetiva da câmara. Em algumas câmaras é possível usar um extensor para o flash. Finalmente, afaste-se, nos limites permitidos pelo flash, para que os reflexos fiquem menos intensos.

Faixa de distâncias - Com câmaras simples, fotografe dentro dos limites de distância recomendados pela câmara, tipo de flash e filme. Com outras câmaras, a faixa de distâncias para expor corretamente é determinada pela sensibilidade do filme, diafragma e, eventualmente, pelo modo de operação do flash.

Primeiro plano superexposto - Qualquer pessoa ou objeto que estiver mais próximo que o limite da faixa do flash ficará superexposto e muito claro na fotografia. Componha a cena de modo que o motivo principal esteja mais próximo que todas as outras coisas, mas dentro do limite de distâncias do flash.

Grupos - Pessoas que estejam a diferentes distâncias da câmara recebem diferentes quantidades da luz do flash - algumas ficam muito claras, outras muito escuras. Procure fazer com que todas as pessoas estejam aproximadamente à mesma distância do flash.

Olá!

Tudo bem?

Este artigo parece ser porreiro, eu sou iniciante no mundo da foto e isto de certeza que me vai ajudar muito.

Obrigada por teres colocado este artigo.
Se por acaso tiveres mais artigos que possam ajudar e pudesses passar agradecia.

Vou ler tudo com muita atenção hehe :thmbup:

:bye1: Sofia

Interessante este artigo reaparecer por agora. Estou justamente estudando a possibilidade de comprar um flash externo.
Muito interessante o artigo, simples e eficiente.
's

Para um iniciante como eu, esse seu artigo e importantissimo.
Obrigado e parabens,

Abracos,
Claudio

Sempre fiquei na duvida quanto ao uso do flash e agora ja tenho uma certa clareza

Ótimo artigo!! :thmbup:

Ótimo artigo!

Eu também era da opinião de que o Flash estraga a foto, mas estou começando a rever meus conceitos de uns tempos pra cá. Ainda é um assunto complexo pra mim, que sou iniciante, mas com certeza seu artigo será de grande ajuda!


SERIA ÓTIMO SE AS FOTOS PUDESSEM VOLTAR AO ARTIGO… Só mostra 1 delas… :frowning:

Valeu!

gnt muito bom esse topico e como nos juda coisas antes obscuras agora com o flash tudo as claras rsrsrsr

abraços

Primeiramente obrigado por nos dar essa dica!

Muito bom este artigo! Para mim ajudou muito e esclareceu muitas dúvidas!

Volcano obrigado e parabéns!

Abração

Volcano, achei muito bom o artigo, ajuda a desmistificar o uso do flash. Eu o uso há muito tempo, no início apanhava bastante, mas depois acabei pegando o jeito.

Entretanto, fiquei com algumas pequenas dúvidas, uma delas com relação ao “flash automático”. Pois tudo que já li a respeito informa que sua principal característica é interromper o disparo do flash quando este já é suficiente para produzir uma exposição correta, desde que a abertura da lente esteja dentro da faixa indicada pela tabela do flash, de acordo com a distância do motivo.

Seu modo de funcionamento, então, seria semelhante ao TTL, a diferença é que, nos “automáticos” há uma fotocélula na parte frontal do aparelho que quantifica o retorno da luz refletida pelo motivo, fazendo sua medição e interrompendo o disparo quando este atinge a intensidade ideal. Ou seja, ao invés do “corte” do disparo do flash ser comandado pela câmera, ele é feito pelo próprio flash.

A propósito, o novo modelo 580EX II da Canon trouxe como “novidade” a incorporação da fotocélula frontal. Com esse recurso, ele pode ser usado em qualquer outra câmera SLR ou DSLR, de qualquer marca, no modo “automático”.

Penso que é isso mesmo… mas, se estiver errado, por favor, me corrijam!

:wink:

Ótimo Artigo!

Ajudou bastante a diminuir minha ignorância fotográfica!
Estava mesmo precisando aprofundar conhecimentos sobre flashs.

Valeu! Abraços e sucesso!

Show de Bola o artigo!!!

Para as pessoas que assim como eu estão começando, é de grande valor esse tipo de material!!!

Só senti falta das imagens…

Para quem quiser dicas avancadas em como usar o flash (principalmente fora da camera), veja o blog do estrobista. Eh em ingles… mas compensa.

http://strobist.blogspot.com/