Desgaste no sensor de cameras DSLR / ML

Desgaste no sensor de câmeras:

Tenho encontrado pessoas bem preocupadas com isso, principalmente porque diz-se, das câmeras digitais, que o excesso de horas de gravação de vídeo deteriora o sensor.
Tenho filmadoras profissionais dedicadas aqui, elas tem um contador de horas de gravação, porem desconheço alguma DSLR ou ML que tenha isso.

Uma DSLR usada extensivamente para vídeo pode ter um desgaste maior do sensor???
Mais adiante, se uma mirrorless fica o tempo todo com o sensor ligado, pode ter vida útil ainda menor???

O que vcs acham, isso é lenda ou alguma coisa real para se preocupar???

Pelo o que já vi de estudos, isso é lenda.
Tanto que até em câmeras de monitoramento que ficam ligadas 24h por dia foi difícil identificar qualquer deterioração de sensor devido ao tempo ligado.

Mas é uma boa perguntar se a câmera foi usada pra vídeo, ao comprar uma câmera usada, para saber o quanto a câmera foi usada de fato.
Por exemplo, uma câmera com 1k clicks e mil horas de gravação foi mais usada do que uma câmera com 10k clicks e sem gravação, por exemplo. Isso pode ajudar na decisão de compra.

Não consigo imaginar nenhuma razão estritamente técnica que possa justificar a deterioração de um sensor, fora obviamente usa-lo em condições muito agressivas, com intensidades luminosas muito, muito altas, como em ambientes industriais, lasers ou filmar o sol.

Até que me provem o contrário, acho que é lenda.

Gostaria muito de ver a resposta. Tenho uma 60D que com 21k cliques estou tentando vender e creio que a dificuldade esta no fato de não conseguir provar que sempre fiz uso amador, pois não sou fotografo.

Acompanhando.

Abs

Encontrei um artigo que me pareceu bem técnico, com algumas explicações sobre em que condições um sensor pode estragar:

Unlike a mirrored camera, there is little likelihood of the sensing system in a mirrorless camera suffering a catastrophic failure so it is really up to your “taste” to determine when a sensor is too old. The primary causes of degradation to a CMOS sensor array are heat, dye neutralization and cosmic rays.

Thermal Degradation Normally thermal damage is so slight that devices become obsolete before it is an issue. If you tend to use your camera frequently in hot conditions or in very hot and very humid conditions, there will be physical degradation to the minute circuitry that makes up the CMOS. This will generally manifest itself as increased dark current noise, standing patterns, or ghosting.

Color Dye Failure Remembering that a color sensor is really just a grayscale sensor with colored dyes over the pixels, we must consider the stability of those dyes. Have you ever seen what happens to be a printed page left on the dash of your car? the sunlight fades whatever ink it touches. The dyes in your camera are not much different. Exposure to light, especially sunlight will cause the dyes to fade. It will take dozens to hundreds of hours of exposure before any measurable degradation occurs and possibly thousands before the degradation is severe enough that it cannot be corrected in post processing. The risk is, however, increased with a mirrorless camera because they are continually staring. While a DSLR is only exposed, on average, for 1/30 sec for every frame, a mirrorless sensor could be exposed for minutes for each frame. If you want to track dye degradation you can image a color target in a known, stable lighting condition and continue to check over time. The last time I checked on a 6-micron sensor I measured 4 delta-E per thousand hours degradation so I would recommend checking every 250 hours of sensor exposure (how many frames that is depends on your implementation.) color dye degradation can appear as a desaturation of the imagery but more frequently takes on a color cast. The color cast is often pink/ yellow as the blue dye breaks down first. Some manufactures will re-calibrate the color transfer curves for little or no cost.

N.B. The bleaching of dyes over time from light exposure is totally unrelated to the damage discussed when asking about photographing the sun directly. That sort of damage is caused by overloading or overheating of specific electronic elements and can occur in a single exposure under the right conditions. Dye bleaching occurs over a long period of time and does not involve the sensor circuitry.

Radiation Damage Cosmic rays really are an issue for silicon electronics. Cameras used on the international space station can become useless after a few months. Studies have shown that even the variations in the height of the earth’s surface affect cosmic ray-induced artifact. So if you live in the Andes your sensor’s life expectancy is less than if you live next to the dead sea. Cosmic ray (and to a much lesser extent microwave) degradation occurs whether your camera is turned on or not but studies have shown an increase in damage to powered sensors. Radiation damage will manifest as bright or dim pixels. These pixels may appear suddenly and/or may worsen slowly over time. It is also possible to experience column failures and/or increase in shot noise as a result of radiation damage.

Mitigating Degradation Heat damage only occurs while the sensor is running (unless you subject it to absurdly high temperatures.) Avoid situations where the body of the camera becomes warm to the touch and if it is black, consider a white or reflective wrap for photography in summer or direct sunlight. Radiation damage occurs constantly so there is really not much you can do about it aside from not taking your camera on plane trips more the necessary. Dye bleaching occurs any time light strikes the sensor so limiting that will prolong the life of the dyes. Use preview modes as little as possible and if there is no capping mechanism to the sensor (such as a normally closed shutter or optional mirror) make sure the lens cap is in place.

Evaluating Degradation To make sure your mirrorless is working properly and not expired, you should monitor occasionally (every year or 100-250 hours of use) to make sure that none of these issues described exceeds your personal standards. My prediction, though, is that some other part of the camera such as the screen, UI components, or battery/ memory interfaces will fail long before the sensor does.

Footnote I unfortunately cannot link any specifics of my research because it was corporate R&D. I can tell you that we were working with a fleet of around 800 CCD and CMOS sensors which were all shutterless and made 300k to 800k images per year. On average, a CCD sensor lasted about 4 million integrations and 3500 hours of operation before it was retired. The CMOS fared better, averaging about 7 million integrations and 8000 hours operational before they failed.

Tem umas besteiras brabas aí.

Raios Cosmicos afetam até sensores desligados, por exemplo.

Degradação térmica é relativo, pode até acontecer, mas se a câmera for mal projetada

Degradação dos corantes, acho muito improvável porque o que causa mais isso é a radiação UV, que é barrada antes de atingir o sensor tanto pelo filtro IR/UV quanto pelo vidro das lentes. Se existe degradação ela deve ser muito mais pela estabilidade quimica do corante ao longo do tempo.

Continuo achando que não faz muita diferença.

Di… Não entendi o raciocínio… Se pensarmos no obturador, que normalmente é o que determina a vida útil das DSLR, isso não bate.
E quanto ao desgaste geral… Também não é diretamente relacionado… Pois depende mais do cuidado que o sujeito tem com a câmera do que da quantidade de uso…

Também sempre fiquei imaginando o por quê dessa sina com câmeras usadas pra filmagem… :ponder: :snack:

nando, o cuidado que se tem com a câmera no máximo vai manter a “estética” ou livra-la de defeitos oriundos de impactos, mas as peças moveis como botões, dials, tampas de bateria e cartão e principalmente obturador, vão se desgastar com a mesma velocidade, pois o atrito é o mesmo se você manusear com as mãos ou uma luva de camurça. A menos que se opere o equipamento em condições extremas como poeira, maresia etc, não vai fazer diferença o cuidado excessivo ou o cuidado básico.

Me pareceu um pesquisador, que trabalha testando sensores, para algum fabricante.

Vou repetir aqui a consideração final que ele fez:

Footnote I unfortunately cannot link any specifics of my research because it was corporate R&D.
I can tell you that we were working with a fleet of around 800 CCD and CMOS sensors which were all shutterless and made 300k to 800k images per year.
On average, a CCD sensor lasted about 4 million integrations and 3500 hours of operation before it was retired.
The CMOS fared better, averaging about 7 million integrations and 8000 hours operational before they failed.

Sim eu li, mas não justifica convincentemente os pontos que eu citei. Não estou dizendo que é fake, só que tem pontas soltas.

DEGRADAÇÃO TERMICA
Dentre os item que o cara listou, acho que essa questão da degradação térmica, por aquecimento, é onde a coisa pega, inclusive porque esses novos modelos de câmera são extensivamente usados para filmagens.

Tive uma T3i, que usei muito para vídeo, quase que exclusivamente para vídeo, ela esquentava pra caramba, com o tempo o problema foi aumentando; e depois que começava a esquentar era difícil fazê-la esfriar, usava magic lantern, ela desligava, chegava a ter que abanar a câmera com alguma coisa, porque estava no meio do trabalho, então eu tinha que forçar para não parar o trabalho com ela. Tbm usei um pouco uma 5D2, que da mesma forma apresentou o problema.

É comum encontrar lugares com temperatura ambiente acima do ideal para filmar. Dentro de teatros, em salões de festa, em igrejas, etc… Faço muita apresentações de escolas criançada no palco, com varias câmeras dedicadas para vídeo e alguma DSLR, eventos de uma hora e meia / duas horas pra cima sem parar, a plateia normalmente ferve.

Aqui tem um problema, filmagens continuas, de longa duração.

Ou seja, essas 5d mk ii desprezadas por serem usadas por video são na verdade um grande negocio.

Fico com a conclusão desse artigo aí, quase tudo na camera vai desgastar antes do sensor ter algum desgaste notável.

As Canon e Nikon realmente esquentam demais, concordo.

Tenho um grande amigo que é roteirista e editor já tem uns 20 anos, com imensa experiencia. No inicio deste ano ele foi solicitado a filmar o casamento de uma sobrinha dele com uma 5D Mk2 mas queria uma câmera de backup, ele viu uma filmadora Canon Vixia aqui largada e pediu emprestada para testar.

O cara está acostumado a usar equipamento padrão broadcasting, aquelas Sony e Canon de 30 mil dolares haha…

Resultado foi que a 5D2 deu pau no evento e ele resolveu usar a Vixia, usou por 3 horas seguidas e no final disse que a filmadora se saiu muito melhor que a 5D2. E olha que eu usei essa coisa por anos e anos em viagens. Então acho que isso tem muito a ver com o projeto. Dizem que essas top da Panasonic não tem esse problema mas nunca usei.

Tem muito mito nisso tudo. Lembrem que os fabricantes querem que compremos não apenas um produto, mas vários. Então, um pouco de terrorismo sempre faz bem à indústria de consumo. :smiley:

A degradação térmica pode ocorrer para qualquer circuito eletrônico, caso ele não tenha sido projetado para suportar isso.

Por outro lado, sensores, processadores e chips em geral são infinitamente menos sensíveis às altas temperaturas pelo fato de utilizarem materiais semicondutores, todos com elevada tolerância térmica.

É importante ainda ter em mente que nessa situação de filmagem contínua, o aumento de temperatura não ocorre somente no sensor, mas sim em todo o circuito eletrônico, da bateria (que esquenta muito devido à alta corrente) às trilha de cobre da placa, e isso é bem mais prejudicial.

Sensor de câmera, assim como outros dispositivos, são feitos para aguentar esse tranco. Tanto é que câmeras de vigilância trabalham no sol, chuva, neve, 24h x 7 e a vida segue numa boa. Na maioria das vezes o defeito ocorre nos circuitos adjuntos, e não necessariamente no sensor.

É muito mais fácil você ficar sem câmera devido ao desgaste natural do obturador do que por conta de problema no sensor.

Grande e forte abraço a todos.

Tópico com assunto bem escolhido.

Várias informações bem interessantes.
Na verdade não tenho opinião a defender, por não ter acesso a informações estatísticas de tempo de vida de câmeras usadas em filmagem X fotografia.

Desconfio que as DSLR são prioritariamente projetadas para fotografar. O vídeo seria usado de forma secundária. Desconfio, não tenho certeza.
Dessa forma ainda continuo achando que câmeras usadas em filmagem por longos períodos devem, pelo aquecimento muito maior, forçar o sensor muito mais que em frações de segundo durante uso fotográfico.
Na dúvida, como os fabricantes não falam nesse assunto, prefiro ir na corrente que as usadas só em fotografia teriam sensores mais confiáveis. É só opinião pessoal e achismo. :smiley:
E obturador a gente pode trocar. Se todo o restante está em bom estado teremos câmera para pelo menos mais 100.000 disparos, ou muito mais dependendo do modelo. Conheço 2 amigos fotógrafos que tem D600 e D610 com mais de 350.000 clicks e funcionando.

Então, era o que se pensava até vim as ML que ficam ligadas sempre.
E até onde se sabe, não tem nada de especial no sensor com relação a isso.

Bom eu continuo desconfiado, principalmente porque essa questão do aquecimento de DSLR usada em filmagem é algo publico e notório. É comum ver o pessoal reclamando do aquecimentos nestas câmeras, cujo objetivo inicial era a fotografia mesmo, só que, devido ao look cinema e ao preço bem baixo em relação às filmadoras profissionais, acabou se tornando comum no mercado principalmente entre os cinegrafistas com baixo poder de compra. Uma DSLR comum não tem especificações nem construção adequada para aguentar o tranco em filmagens de longa duração.

Apesar disso, pela pesquisa que o autor do artigo colocou ali, vai demorar bastante para o sensor derreter.

O sensor não vai derreter. Supondo que aquecimento seja mesmo um problema, os circuitos adjacentes ao sensor torrarão muito antes. :ok:

Grande e forte abraço.

O medo seria o sensor fica com “catarata” com o tempo.

Ķkkķkkkkkkk, claro que não vai derreter… força de expressão…

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