Um pequeno comparativo sem pretensões maiores de duas fotos que fiz pois por acaso estava com as duas cameras comigo, uma Sony A7r2 com uma das melhores lentes Zeiss em sua abertura ótima (f8) e uma lente chinesa viltrox 27mm em sua abertura ótima (f5.6). Tirando uma questão ou outra de preferência totalmente subjetiva, acho que o sensor entrega muito quando comparado a um sensor de alta densidade tido como um dos melhores do mundo pelo DXO (não que isso sirva pra alguma coisa, mas pra quem gosta, é uma métrica a considerar)…
Eu só vejo 1:1 pra fazer algum ajuste, ver se cria halos ou avaliar deterioração com ajustes. Fora isso, imagem pra mim é ver ela inteira.
Geralmente a gente cai na real quando vê que SÓ A GENTE fica dando zoom em imagem. Todo mundo que você mostra as fotos raramente vai olhar detalhe.
Eu até tenho uma tentaçãozinha pelo sensor de 40mp, mas somente por uma causa específica: poder cropar foto de show, onde é difícil poder entrar com lente tele. Fora isso, o de 26mp pra mim é mais que suficiente.
Sim, Sony tinha esse problema de lentes que você falou. Mas agora, por exemplo, as minhas duas lentes mais usadas existem para Sony APS-C, a Sigma 18-50 f/2.8 e a Viltrox 75mm f/1.2 (essa virou um “problema”, pois a qualidade de imagem fez todas as outras lentes que eu tenho - da Fuji, inclusive - parecerem inferiores, heheheh).
Meu “interesse” agora pela Sony vem de três pontos principalmente:
Os Film Simulations da Fuji passaram de ser algo que só ela tinha, para, talvez, uma das piores implementações hoje da idéia. Tudo funciona OK se você usar os da Fuji, mas para usar os “film recipes” (que têm trazidos muita gente para a Fuji, inclusive), é um parto se você usar mais de um, pois não existe uma opção “oficial” para você gravar um film recipe.
Por exemplo, na X-S20 eu tenho quatro “C” positions no dial, e o único meio de você armazenar uma film recipe é em uma dessa posições. Ao mesmo tempo, eu uso (ou gostaria) de usar essas posições para ajustes de situações específicos de fotos / filme - retratos, ação, etc. Mas digamos que você armazena parâmetros de exposição (shutter speed, abertura, etc) para ação, usando um film recipe colorido, e salva em C1. No meio da sessão, você resolve que gostaria de continuar usndo os settings para ação, mas com uma recipe em P&B. Não tem como - você tem de “reprogramar” todo o recipe (que não é um processo rápido) na posição para fazer isso. E se quiser voltar pro colorido, a mesma coisa.
Acabou que nas 4 posições que tenho, duas eu gasto com recipes de Portra que eu uso, uma com settings de foto, e outra com settings de vídeo. E mais duas posições, uma pra foto e outra pra vídeo, com o Portra original (pra quando vejo que a imagem com a recipe não ficou boa e quero um ajuste mais seguro). E fico preso nisso, e nas posições de foto tenho de ajustar shutter speed, abertura e etc na hora de acordo com o que fotografo.
As Sony, com os Picture Profiles, e a Lumix, com os LUT’s, acabam com isso. Você salva em cada custom slot os parâmetros de foto / vídeo que quer, e escolhe o Picture Profile / Lut que quer aplicar em cima. Mais rápido, versátil, e muito menos trabalhoso. Entenderam a vantagem que a Fuji tinha e viraram à favor deles - e pra Fuji resolver isso, bastaria uma atualização de firmware, criando no menu nas opções de film simulation alguns slots para criar versões personalizadas. Mas a implementação do film dial da X-T50 mostrou que eles não tem a mínima intenção de fazer isso.
A segunda coisa é um problema só de algumas Fuji, e da maioria das câmeras PASM: uma chave para mudar de foto para vídeo, instantaneamente. A XT-5 tem essa chave, mas a interface dela não é das mais amigaǘeis para vídeo. A maioria das câmeras PASM tem posição específica para vídeo no dial, e isso gasta um pouco de tempo para chegar na posição de vídeo. A A6700 tem o que acho ideal: uma chave que muda na hora entre foto, vídeo e modos slow motion. Não é tão mais rápido assim (acho, pois não tenho uma para testar), pois imagino que se você está tirando fotos no modo A e passa para vídeo, ela também vai usar o modo A, então você de qualquer jeito tem de mover o mode dial para a posição de vídeo ou um dos 3 slots C. Mas isso cria uma IMENSA vantagem (novamente, em teoria, ainda não verifiquei): você passa a ter 3 slots C de vídeo, e 3 slots C de foto, e sem risco de ficar confundindo qual é qual (o que ocorre comigo na X-S20).
O terceiro é autofoco. Fuji melhorou bem, com a implementação do tracking em vídeo resolveu um dos maiores problemas que eu tinha, e talvez seja o suficiente para mim. Mas está muito atrás da Sony, especialmente em confiabilidade - e recentemente um update da Fuji PIOROU o AF em várias câmeras. Mais preocupante é a confiabilidade do foco em si - muitos relatos de a câmera detectar um olho, o quadradinho está lá, e na foto real o foco estar em outro lugar. Ainda não testei a fundo como anda realmente o AF da X-S20, e no estado atual, se for confiável, pra mim é o suficiente. Mas hoje, a Fuji é a última colocada em termos de AF, talvez atrás até da Olympus.
Um ponto subjetivo é a A6700 ser “rangefinder” - pra mim nem é nostalgia, é que é um tipo de câmera que chama muito menos a atenção. Em shows, principalmente, câmeras desse tipo quase nunca são barradas. E na rua, as pessoas não dão atenção.
Contra a Sony: é a total falta de “charme”, são completamente uma ferramenta, são ótimas para atender o trabalho mas falta uma conexão com elas. Mas até aí, minhas GX85 ou GX9 também eram meio assim (apesar que eram mais bonitinhas). Também acho que há uma falta de botões na A6700 - ainda não tentei mapear o que preciso em teoria nos botões dela, mas acho que ela tem menos ainda que a X-S20, que poderia ter mais um ou dois. E não ter joystick de AF - dá pra usar o LCD como touchpad como eu usava com as Lumix, que funcionava ok, mas depois que tive câmera com joystick passei a achar muito melhor.
É tudo ainda uma fase de “estudo”, e como ando usando pouco por falta de tempo, pode ser procurar pêlo em ovo. Mas a Fuji precisa olhar o que os outros estão fazendo de certo - pois eles estão olhando a concorrência.
