M 27 e vizinhanças

O típico corte da miniatura:

Como eu comentei em outro tópico, eu queria fotografar uma supernova do tipo IA (algarismo romano 1 seguido da letra A), que é um tipo de supernova fascinante: ele tem sempre o mesmo brilho, em qualquer lugar do Universo. O mecanismo é que uma estrela morre, virando uma anã branca. Mas aos poucos esta estrela absorve baterial de estrelas ao redor, até reacender e explodir. Isso acontece sempre com a mesma massa estelar, por isso o brilho é sempre o mesmo.

Qual a importância disso? Ao detectar uma Supernova tipo IA, fica bem mais fácil medir a distância até aquela estrela (ou galáxia), por causa do desvio para o vermelho que a Supernova apresenta. Este é o principal método usado pra medir galáxias distantes, uma vez que outros métodos não funcionam.

A M 27 não é uma supernova deste tipo, mas uma nebulosa planetária. Esta foi gerada a partir de uma estrela menor, que virou uma gigante vermelha, e depois soltou as camadas exteriores, se tornando uma anã branca - que pode um dia explodir em uma supernova tipo IA. As camadas exteriores formam nós, um bem visível (pode ser facilmente visto com binóculos em local de pouca poluição luminosa), e um nó que aparece sob forma de “asas”, com brilho bem mais fraco.

Também aparecem nesta foto algumas regiões de HII, à direita. Olha a imagem anotada:

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