Houve tempos em que a vida parecia incrivelmente solitária. Não existiam telemóveis, nem redes sociais. Para se fazer um telefonema era preciso inserir uma moeda na ranhura e rezar para que a ligação não caísse. Para se saber o numero de um restaurante ou de uma livraria recorria-se às Páginas Amarelas. Perguntávamo-nos como seria o futuro, e acreditávamos que seria maravilhoso. Estávamos enganados, a vida continua a ser aparentemente solitária, mas mais pequenina, para caber no telemóvel.