Desde criança gosto de aviação, meu avô foi piloto e mecânico de aviões, então desde cedo os olhos brilham.
Na minha infância lá pelos anos 90, eu lembro que existiam aeromodelos, mas naquela época era uma coisa absolutamente fora do alcance. Aeromodelos custavam caríssimo, só quem era “magnata” conseguia ter.
De um tempo pra cá esse lance de drone e modelismo começou a popularizar e baratear. Agora finalmente, depois de vender umas lentes e talz pude pegar um.
Conforme o título, peguei um DJI Mini 2. Escolhi ele pois a turma diz que é um bom modelo para começar. A marca é popular, acha-se peça facilmente e aparentemente tem boa saída no mercado. A DJI é meio que equivalente à “Honda para as motos” ou a “Mercedes para caminhões” ou a “Canon para as câmeras”, enfim, é uma referência.
O Mini 2 não é o topzera dos drones, mas também não é bagaceira.
O meu achei um cara vendendo usado, tinha 40minutos de voo e 4 ciclos de bateria. Ele deve ter voado umas duas vezes.
O “quantos cliques?” do drone é igual ao “quantos ciclos de bateria?”.
No geral, 90% das pessoas que tem drones que eu conheço não tem as homologações ou cadastros. Eu também não estava pensando em fazer, mas como essa parte de imagens aéreas tem se demonstrado promissora, me imagino trabalhando com isso, então fiz os procedimentos e inclusive dexei o “caminho das pedras” de como fazer aqui no fórum.
Eu particularmente não manjo absolutamente nada de drone, estou começando do zero.
O grande problema do drone é que os mais baratinhos não tem alguns recursos importantes:
GPS para posicionamento e navegação, sem ele se o sinal do drone se perder você pode também perder o drone, já quele ele não irá voltar para o ponto que decolou (Home point ou RTH Return to Home).
Estabilzador Gimbal - Sem ele a imagem fica trepidando e toda gelatinosa.
Sensor de colisão - Ele ajuda a desviar de objetos. O problema do drone é que se ele colide alguma hélice, possivelmente ele irá despencar pois fica desequilibrado. Até onde sei eles não conseguem voar com 3 das 4 hélices.
Outro grande problema do drone é que, diferente de outros equipamentos audiovisuais, se você der uma bobeada, pode ter um grande prejuízo.
Uma coisa meio chata é que os drones no geral tem pouca autonomia de bateria. Drones como o DJI Tello (que é de brinquedo) ou o famosinho Avata, tem uma bateria que dura em torno de 10 minutos. Assim se você for trabalhar com o drone, necessariamente precisará de ter baterias extras.
O mini 2, tem uma capacidade de bateria um pouco melhor, conseguindo fazer em média 22 minutos de voo com a bateria original. Sei que na internet (no Aliexpress), existe uma bateria estendida que Segundo consta praticamente dobra a capacidade de voo, chegando até próximo de 36 a 47 minutos. Isso é chato, eu imaginava que a bateria duraria, sei lá, umas 2h
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Já a bateria do controle dura bastante e ainda permite carregar o celular.
O pessoal fala que o Mini 1 também é um ótimo drone, mas a bateria dele dura menos e o controle dele tem um alcance bem menor.
O Mini 3 já conta com um controle melhor (que já tem a tela embutida) um pouco mais de autonomia de bateria, e alguns sensores de colisão, além de uma câmera aprimorada. Porém o custo disso tudo já ficava fora do meu orçamento. Então por isso optei pra ficar no meio termo que no caso foi o mini 2.
Drone é o tipo de equipamento que você não consegue tirar ele da caixa já sair voando… Precisa baixar os aplicativos, as atualizações, fazer os cadastros, carregar as baterias (do drone, do controle e do celular que é usado para o “live view” da câmera) e também fazer as calibrações. Se estiver escuro, chovendo ou ventando muito, não dá pra sair testando.
Existe simulador de drone que te permite usar o controle do drone dentro do app e assim simular o DJI Mini 2. O nome desse app é SimuDrone, mas é bem fraquinho, não tem muita configuração. O ideal seria treinar no simulador para depois pegar a aeronave de fato.
O drone vem com o controle numa configuração que não gostei. No joystick esquerdo, para frente e pra trás sobe e desce o drone, esquerda e direita gira o drone. No joystick direito, pra frente e pra baixo faz o drone ir pra frente e pra trás. Pra direita e esquerda eu faz o drone deslizar de lado. Eu estava acostumado a jogar Battlefield (BF3, BF4) no Playstation que os controles são diferentes, então eu fiz uma configuração personalizada. O problema é que os simuladores de drone não essa opção de usar uma configuração personalizada, assim, a memória muscular que você pode adquirir não vai ajudar (Pelo menos no meu caso).
O Mini 2 tem 3 modos de operação, selecionáveis no controle: Cine, Normal, Sport, cada um tem uma resposta para os comandos. O cine é mais lento e o sport é o mais arisco. Quem filma com o drone precisa pegar as manhas de fazer os movimentos lentamente, para assim parecer que foram feitos por uma grua. Isso é o que leva mais tempo pra pegar o jeito.
Uma coisa que não sabia é que o drone não tem regulagem de abertura/íris. No caso do 2, é uma lente f2.8 fixa.
Também pelo que vi não tem microfone, mas acho que nunca funcionaria pois o barulho das hélices nunca permitiria uma captação decente.
Uma coisa que acho estranha é que o drone esquenta bem quando está parado. Imagino que seja normal isso pois a galera fala que quando precisa atualizar o firmware é importante estar com a bateria totalmente cheia e quando faz isso é recomendável não voar com ela descarregada. O pessoal fala que dependendo gasta uns 20% de bateria na atualização. Imagino que ele esquente por conta dos sistemas de transmissão de dados que precisa ser bem parruda por conta da telemetria e do próprio vídeo.
No meu, não sei se é um defeito, mas não está acendendo o led da frente. O pessoal fala que o led da frente é meio que para a navegação noturna, depois vou dar uma assuntada no que possa ser.
Uma coisa que me esqueci é que ele precisa de ter um cartão bom pra poder gravar em 4k. Aqui eu não tinha mais cartão Micro SD e peguei um do celular velho da minha irmã, ele fica reclamando que o cartão é lento para o drone.
Pelo que entendi, quando se coloca o cartão o drone ativa os modos Quick Shots que são alguns movimentos automáticos do drone. O pessoal fala que tem que tomar cuidado pois como o drone está com piloto automático e não tem sensores de colisão, ele pode acabar colidindo com algo e cair.
A câmera é de 12 megapixels, tira foto em JPG e RAW, no caso DNG. Ainda não testei o ruído, mas o pessoal fala que é equivalente à câmera de celular.
Uma coisa que achei ruim é que para carregar a bateria ou você precisa ter o berço (vem no Kit Combo Fly More) ou carregar direto no drone com cabo USB-C. Esse Fly More é um kit que vem com bolsa, berço carregador de bateiras e mais 2 ou 3 baterias extras.
Uma coisa importante a se verificar é o celular a ser usado. Se for um drone Mini 2 ou Mini 1 o controle passa a imagem para o celular. Iphone no geral funciona bem, o que pode dar problema são alguns modelos de Android. Tem que ficar atento à compatibilidade… acredito que tenha algum sistema de OTG ou link de imagem pelo cabo então por isso não pegue em qualquer celular.
Percebi também que é legal ter um parassol no celular, pois a luz do dia ofusca o brilho da tela.
No geral o pessoal recomenda comprar filtros ND para usar com o drone e ter o tal do look cinematográfico, já que a lente não fecha a íris. Eu particularmente ainda não sinto muita diferença quando se muda a velocidade do obturador, mas o povo do “film making” é tudo chato com isso.
Agora estou pegando pra treinar os movimentos do drone. Se alguém tiver algum canal ensinando dicas e puder compartilhar fico grato.