Smartphones estão prejudicando o mercado de câmeras?

Fico pensando aqui: será que o Ernesto leu o que o Marcelo escreveu???
Depois pensei: Será que o Ernest entendeu o que o Marcelo disse???

Depois depois pensei: Será que o Lindsay …

Nesse ponto discordo pois o interesse por seriados se dá justamente pelo fato da história poder se desenvolver mais, afinal, cada temporada são mais de 10 horas (alguns mais de 20).

Eu, mesmo sendo “velho” (> 40 anos), não gosto mais de filmes pois parece tudo corrido e feito de qq jeito para conseguir caber em uma hora e meia de filme.

Fiz uma postagem aqui que no fórum que, infelizmente, ninguém leu ou comentou.

A Youngnuo está fazendo uma câmera Mirrorless com sensor Micro 4-3; com câmera própria, sistema Android,gravador de vídeo 4K e encaixe para as lentes EF da Canon.

Ou seja, a Youngnuo está, de certo modo, inovando o mercado ao fazer a fusão perfeita de cãmeras com suporte a objetivas profissionais e mesclando isso com atividades de um smartphone. Creio que essa fusão seja, com o tempo, inevitável.

Sobre o mercado amador de fotografia, o smarthphone substituiu as câmeras portáteis como a Sony Cybershot, por exemplo. Se você analisar as vendas entre 2008 a 2010, o mercado vendeu muitas dessas câmeras. O número de câmeras profissionais (diga-se DSLR e Mirrorless) ficou estabilizado, mas as vendas das portáteis despencaram por causa do celular.

Croix,

sua descrição é coerente, as pessoas estão preocupadas com o status. Teoricamente um aparelho que custa menos de 25% faz o que o outro de 100% faz. E aí pergunto porque não foi comprado o que custa menos e faz a mesma coisa ? Resposta: é o status de dizer que tem, de provar aos outros que fez “assim assado”.

Voltando ao tema do tópico.
Os smartphones não só ocupam espaço no mercado de câmeras, como isso é a reflexão do comportamento de uma sociedade, reflexão de dimensões culturais, onde as pessoas pensam ser moderno ter um aparelho que cabe no bolso e se deixam cair em uma bolha. Eu só vim adquirir uma câmera aos 33 anos, de forma incipiente, sem estudar foto e funcionamento da máquina. Há três anos estando “verde” comprei uma DSLR e estou estudando recuperar uma outra antiga SLR do meu pai. Naquele hiato eu dormi no ponto, tinha internet, via fotos pela net…
Na compra da DSLR ainda tento entender quais as limitações da linha Rebel pois a comprei perdido de informações acerca do modelo. Assim mesmo estou me contentando com a compra e procurando aprender com o erro.

Cheferson,

adquirimos uma câmera shot da Nikon Coolpix que é bem ruim, uma porcaria, a imagem sai tremida. Por vezes tinha de tirar foto no celular pra poder usar no trabalho. Hoje está aposentada esta câmera.

Mas essas +40 horas sao divididas em trechos de 15 a 1h dependendo do seriado e nao seguidos. Igual em uma escola que vc frequentou por muitos anos mas as aulas eram divididas por trechos com intervalos. Antes as aulas tinham 1h mas hoje a atencao das pessoas na aula nao vao alem de 40min. Tem um trecho em um livro que citei por ai, em que conta que os debates politicos (nos EUA) seculos atras duravam horas e com tempo de pausa para o almoco, e cidade toda ia e assistia do inico ao fim. Hoje isso seria inimaginavel.

O ponto eh que eh que hoje em dia, tanto para o cinema quanto em uma sala de aula, a capacidade de concentracao das pessoas diminuiu, com as pessoas preferindo filmes e seriados com trechos mais curtos, ou mesmo aulas, pq apos um tempo elas ja perdem a atencao, paciencia e interesse.

É o que eu disse: as câmeras de celular substituiram essas compactas de bolso como as Nikon Coolpix ou Sony Cybershot. Alguns celulares até tem qualidade de câmeras superzoom, mas nenhuma delas chega aos pés de uma DSLR. Agora pesquise na NET sobre a Mirrorless da Youngnuo: os chineses estão fundindo a qualidade das DSLR com a possibilidade de uso das lentes EF da Canon. Não sei se fará sucesso, mas é a idéia perfeita. Você sai pra tirar fotos, chama o Uber atráves da sua câmera. Tirou as fotos, já edita no aplicativo da própria Mirrorless. Vai passar foto pra algum cliente: já passa direto para o Whatsapp ou Redes Sociais, tudo num único aparelho.

Achei muito engraçado que essa notícia quase não foi comentada aqui no fórum, mas paremos pra pensar: a médio e longo prazo as Mirrorless tendem a tomar o lugar das DSLR e tende a acontecer uma fusão entre Mirrorless e celulares com sistema Android. A Youngnuo, por incrível que pareça, já deu o primeiro passo pra isso. Se vai vingar no mercado ou não é outra história, mas é isso.

Os seriados não são curtos pq as pessoas não se concentram, eles sempre foram de 40 a 60 minutos, isso durante décadas já. É pura questão mercadológica.
Se as pessoas não se concentrassem não haveria tanta gente assistindo séries por horas seguidas (maratonas) quando está atrasada ou mesmo no caso das séries da Netflix que ela solta tudo de uma vez. E a grande maioria dessas séries são para público 'milenial".

Além disso, nunca antes as salas de cinema estiveram tão cheias, e vários filmes tem saído com grande duração.

O que acontece hoje em dia é que as pessoas valorizam um pouco mais o seu tempo. Antigamente mesmo que o filme fosse uma porcaria a pessoa continuava a assistir já que não tinha outra coisa para fazer. Hoje, se o treco não for do seu agrado o cara troca por outro canal ou vai para a internet ver outra coisa.

O fato da imagem sair tremida se deve a velocidade do obturador e a falta de técnica para se segurar câmera, celular e em baixa luz não tem celular ou câmera que não trema kkkkk

De qualquer forma acho interessante essa tentativa de fusão de câmeras. Analisando por exemplo essa câmera, um usuário amador poderá adquirir uma lente da Canon e usá-la numa Mirrorless com Android que é uma mistura de câmera avançada com celular. Isso abriria um leque extraordinário de possiblidades já que câmeras de celular ainda são muito limitadas, em vários aspectos.

Eu nao disse que os seriados foram encurtados, e nem disso que foram encurtado por causa das pessoas. Eu disse que a preferencia por seriados esta por ser mais curto. E sim, as pessoas assistem series seguidas, com cada epsodio terminando e tendo sua conclusao em menos de 1h. Novo epsodio, novo trama. E eu nao sei se nunca antes as salas de cinema estiveram tao cheias, mas sala de cinema eh outro contexto.

Ja a sua conclusao eh exatamente o que causa a menor capacidade de atencao, as diferentes formas de opcoes e atracoes para nossas atencoes, em que uma pessoa que ja esteja de saco cheio de um filme nao espera para ver ate o fim, nao espera para ver a conclusao, ela logo deixa de ver o filme e vai fazer procurar algo que ache mais interessante na intermet. Ja com os seriados, quanto mais curto mais as pessoas se disponibilizam para ver ate o final, pq nao tem que esperar muito para ver se gostam da conclusao ou nao. E assim podem continuar assistindo um atras do outro sabendo que podem parar a cada 20min, 30min, ou 50min. vendo cada episodio ate o fim.

Ele tem razão. Tirando uma pequena queda em 2017, o público só aumenta desde 2009.


Fonte: https://oca.ancine.gov.br/sites/default/files/repositorio/pdf/informe_distribuicao_2017.pdf

A absoluta maioria das séries hoje não é de uma história por episódio, principalmente as que citei que o Netflix solta de uma só vez. E Netflix é parâmetro pois “domina” o mercado hoje.

Desculpa, mas dizer que a pessoa não tem foco pq não espera para ver se o fim é interessante me parece que você quer arrumar motivo para criticar de qualquer jeito a forma como as pessoas consomem produtos artísticos hoje em dia. As pessoas não são tão burras e superficiais como você quer que acreditemos. Se a trama não for boa o suficiente para segurar o espectador para ver a conclusão no final, não é culpa deste a perda do interesse.

Produtores de conteúdo, sejam estes cineastas ou fotógrafos, não são pessoas iluminadas que jamais erram e só produzem peças de qualidade.

Interessante como esse tópico acabou se desdobrando em muitos outros assuntos.

Será que todos eles estão relacionados mesmo??

Se estão, seriam todos causais: Os smartphones causaram essas mudanças?

Ou seriam os smartphones “parte do mesmo sintoma”?

Nas escolas as pessoas tem uma aula apos a outra e mesmo assim pq vc acha que limitam o tempo de cada aula ou fazem recesos entre palestras?

Olha, se eu parasse de ver um filme ou ler um livro a cada passagem em que eu consideraria sem interesse no momento, seriam rarissimos os filmes e livros que eu terminaria.

Se vc nao esta disposto a conversar e rejeita a entender o que eu escrevo tudo bem. Mas saiba que nao eh opiniao minha como tambem nao estou tentando justificar qualquer suposto julgamento meu, mas sim dados conhecidos e aboradado por ai:

https://medium.com/talking-event-tech/the-ever-shortening-attention-span-are-attendees-affected-9d93f528a05f
https://www.huffingtonpost.com/entry/as-attention-spans-get-shorter-content-gets-shorter_us_5a57ae42e4b00a8c909f7f1e?guccounter=1

Claro que tambem ha posicoes que dizem que nao ha de fato qualquer efeito no encurtamento da atencao das pessoas por causa da tecnologia. Mas isso nao justifica ficar com paranoia achando que eu estou inventando coisa para justificar suposto preconceito qualquer que vc aponta em mim:

Busting the attention span myth

https://scontent.fham3-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/40521490_10217053742235078_7545649741070073856_n.jpg?_nc_cat=103&_nc_ht=scontent.fham3-1.fna&oh=7cae085ca4c53a0bebfc54d858db5641&oe=5C7DE1FF

Eu penso que nao existe assunto isolado de outros assuntos. Na verdade, penso que a maior compreensao de qualquer assunto depende de outros assuntos relacionados, as vezes diretamente e as vezes indiretamente.

além da contribuição do Márcio, mais algumas funções que os smartfones oferecem:

  • Bússola
  • Rádio FM / AM
  • Dicionário (pai google)
  • relógio de pulso

:smiley:

Agora falando sério…
respondendo a pergunta do tópico:
SIM, acredito que faz sentido a curva crescente dos celulares e decrescente das câmeras.
Isso porque, conforme site Olhar DigitarCom o aumento considerável do preço dos smartphones, o ciclo de substituição para novos modelos também aumentou. Como consequência disso, espera-se uma queda de 1,3% na remessa de smartphones em 2018. Isso significaria que, pela primeira vez desde o lançamento dos primeiros dispositivos do gênero, o mercado irá encolher ano após ano.

Essa “redução” de 1,3% só aconteceu porque o poder aquisitivo diminuiu. Não fosse isso, teríamos certamente um alta significativa.

Tinha entrado nesse tópico pra expor algo parecido. Uma colega minha gastou R$4000,00 em um iPhone, e justificou dizendo que havia comprado apenas por causa da câmera. APENAS. Outra colega comentou que, entre um celular de 4000 e uma câmera de 2800, compraria o celular.
Decidi ficar quieta e não comentar. As pessoas enxergam as câmeras como algo impossível de se manusear.

Sim, o Smartphones estão prejudicando o mercado de câmaras porque a medida que os Smartphones vão evoluindo as pessoas vão preferindo a câmaras do telemóvel ao invés de comprar outra câmara

Eu vou falar para a Pris que vcs andam falando mal dela so pq ela prefere o celular. :assobi:

Câmeras hoje vendem muito menos do que já venderam. Menos vendas (e fragmentadas entre muitos fabricantes) leva a menos dinheiro para pesquisa e desenvolvimento. O que leva a menos inovação. Que leva a menos vendas. Enquanto os smartphones evoluem, as câmeras tendem a ter mais dificuldade em acompanhar.