Estava brincando com o white balance da minha A200 e fiquei na dúvida…
existem várias configurações pré-definidas: auto, dias ensolarados, dias nublados, tungsten 1 e 2, flash, fluorescente, sombra e 2 posições manuais para “calibrar”.
Pois bem, até hoje deixava sempre no modo Auto e agora querendo aprender um pouco mais comecei a brincar com os outros modos.
Sem dúvida o resultado é outro, a foto fica com outro aspecto mas não diria melhor ou pior.
Por isso pergunto: qual a finalidade do white balance, ou controle do branco?
Quando vcs usam o modo manual, ou seja, fazer a calibração no momento? O resultado é muito diferente do que deixar no Auto?
E esse lance de levar sempre uma cartolina branca na bolsa? Porque simplesmente não deixar a máquina trabalhar sozinha no modo automático?
O controle de branco serve para compensar a temperatura da luz em ambientes diferentes. Voce não repara porque o cérebro processa o WB, mas a câmera não.
Em externas geralmente o modo auto fica legal, mas em ambientes internos, com luz fluorescente ou incandescente, ou pior, uma mistura das 2, aí é muito melhor voce calibrar o WB.
Tudo é claro depende dos efeitos que vc quer dar na foto, vc tbm pode usar uma configuração de luz do dia na luz de tungstêncio e desta forma puxar as fotos para tons quentes ou usar uma configuração de tungstênio na luz do dia para puxar para azul e assim vai, nem sempre o branco ideal é realmente branco heheheh Tudo depende do que vc deseja da imagem.
Fotografando em RAW eu deixo sempre em Auto, pois faço o White Balance depois na conversão. Dificilmente el permanece em Auto, pois em geral gosto das cores mais quentes um pouquinho e mexo no tint também. Quando há mistura de luzes é essencial isso.
Só uso o da câmera quando fotografo com luz de tungstênio. Aí é preciso até para depois se ter a referência certa. A escolha do White Balance infuencia na latitude também. Dependendo do contexto uma cor vai estourar antes e isso pode ser evitado pelo WB. Contextos com tendência a estourar o azul podem ser capturados com um WB mais quente, tipo shade. Na conversão isso funciona igualmente. A minha escolha do WB na conversão todo o tempo é referida a não deixar estourar nenhum canal e mesmo assim ter a foto com as tonalidades que quero.
Veja que esse ganho de latitude é meramente em JPEG e na conversão, pois a captura em si não é influenciada pelo White Balance, mas mesmo assim é um grau de possibilidades.
Mas Ivan, as minhas fotos sao na maioria jpeg, teria diferenca?
E conforme as explicacoes do Paulo Machado quando eu fizer fotos dentro de casa por exemplo, vale a pena eu calibrar na hora com uma cartolina branca? Ou o modo auto nao dá conta?
E uma vez a máquina calibrada, posso chamar sempre essa configuracao manual que vai estar gravada na camera, ou em todo novo ambiente è necessário calibrar novamente?
Marcelo, usar RAW tem a vantagem de voce poder ajustar o WB depois em casa, visualizando a foto no computador, enquanto se voce usar JPG a câmera vai ajustar na hora. Usando RAW voce pode até mudar um pouco os tons, deixando um pouco mais quente, por exemplo, se voce achar mais agradável.
O WB manual deve ser ajustado a cada mudança de ambiente ou de luz. Geralmente o modo auto não se dá bem com luz incandescente, mas voce pode testar a sua câmera e ver os resultados, comparando com o auto e o custom.
Dá para fazer o custom com o cartão cinza ou branco, tons neutros.
Pela sua assinatura o sua câmera é uma A200. Veja a diferença usando o modo auto em vários ambientes segundo o DPreview.
O cartão cinza serve apenas para ambiente internos e objetos próximos?
Ao ar livre, com objetos distantes ou fotografias de paisagens, devo utilizar uma referência próxima ao cinza médio como o verde do gramado, caso não tenha o fotômetro de mão?
Com que frequência e em quais casos os fotógrafos profissionais utilizam o fotômetro de mão?
Kika,
se vc vai usar o cartão cinza, ele deve estar dentro da mesma iluminação do que você quer fotografar, independente da côr .
Por exemplo, se vc vai fotografar uma pessoa na praia, debaixo de um guarda sol, e quer fotometrar o rosto dela corretamente, tem que colocar o cartão o mais próximo do rosto dela possível. Se você deixar o cartão no sol, e a pessoa na sombra, vai ter o rosto dela sub-exposto porque o fotômetro vai interpretar que aquilo ( a parte ensolarada) é a calibração correta para aquela cena.
Sobre os profissionais usarem o fotômetro de mão, se não usarem sempre, deveriam usar. Isso é uma discussão antiga, vai ter gente que vai dizer que " não precisa" do fotômetro, outros que já sabem a exposição que querem, mas nosso olho não é perfeito e sendo um trabalho profissional deveria receber fotometragem manual sempre.
()s
O problema eh que se pegar um cartao cinza no espectometro, ele nao eh garantido ser cinza, ele pode ter uma resposta diferenciada em algum canal. Pra ser preciso, eh necessario usar um cartao realmente neutro. Branco serve, desde que seja realmente branco (fisicamente). Mas o problema do branco eh que se um dos canais estiver saturado, o balanco pode ser afetado negativamente.
O negocio eh usar um expodisc ou um cartao de balanco de branco (eu uso esse ultimo).
Mas se nao eh necessario precisao absoluta, ate uma folha de sulfite branca serve.
Há limites para a adaptação dos arquivos à temperatura da luz. Não é completa. E a luz de tungstênio, quando não temos referência branca é muito difícil de acertar.
Eu quase nunca busco o branco na foto, geralmente ele vem com outra cor refletida e o olho não é assim tão preciso.
Para achar o WB eu meço quase sempre por algo metálico, cromado, mesmo fosco, desde que não tenha outra cor no meio.
