É a hora de vender
Meus dois tostões:
Acho a qualidade das imagens dos celulares bem meia-boca, mesmo nos mais profissionais. Tem tanto pós processamento que chega a me desagradar, isso falando de Huawei P40 Pro, Iphone 16 Pro e Google Pixel.
Talvez além dessa estória de modismo pelo vintage, eles estejam percebendo que a tal qualidade das imagens dos celulares seja bem artificial.
Estava procurando por uma também!
E digo mais, a hora que redescobrirem as Micro 4/3 de 1a e 2a geração terão um choque.
Duas câmeras que não tive coragem de vender até hoje, as Panasonic LX100 e G2.
Eu praticamente troquei o celular pela minha câmera. Não ando nem com celular, nem com câmera na maioria das vezes (não dá pra levar uma DSLR pra tudo quanto é canto), mas isso me treinou a “fotografar o que realmente importa” com o olho… É uma pena que tenho a sensação de não conseguir transpor a beleza que vejo para as fotos…
Excesso de tratamento de imagens que vem vindo por padrão nos celulares já me irrita há muito tempo , mas admito fiquei surpreso de saber que há jovens se incomodando com isso. E o celular também trouxe o efeito colateral do imediatismo e de ficar “vomitando” fotos nas redes sociais toda hora.
E essas câmeras compactas, as saudosas “saboneteiras”, pelo menos estimula o senso critico de ao menos dedicar um tempinho para escolher com mais critério o que vai ser publicado . Achei interessante a passagem da matéria dizendo que as câmeras compactas tomaram conta das escolas devido a proibição dos celulares. De fato é mais um modismo vintage, mas vamos ver o quanto essa moda vai pegar.
@AFShalders , pois é essa molecada vai pirar quando alguém redescobrir uma micro 4/3 , também a primeira geração das Sony NEX
Atirem a primeira pedra: ano passado comprei uma Cyber Shot W120.
Explico. Foi para uma pequena (5 anos) da familia que me via fotografando e sempre me pedia a camera para olhar pelo visor.
Perguntei se queria uma câmera e saí a busca de uma. Mas tinha contudo duas restrições: ser rosa e com visor ótico também.
Presente dado e mais uma conversão de alguém para a fotografia.
Acabei na W120 .
Quanto ao formato m4/3 é o que mais uso. Pena que a Lumix GM1 é mosca branca por aqui. Quebro o galho com a Olympus PEN e-pl5 mesmo, já que a e-pm2 morreu ano passado.
Ahhhh que legal!!!
Além da LX100 citada acima tem mais alguma compacta que vocês recomendam?
Um monte delas…
Pana LX3, LX5, LX7
Canon G5X, G7X, SX230, SX260, G9, G10, G12, G15
Nikon A1000, Coolpix A, S8000
Sony RX100
Todas as Ricoh
Fuji X10, X20, X30
A Olympus tem algumas boas mas não lembro os modelos
Isso falando em câmeras mais robustas. Saboneteiras básicas razoáveis tem aos montes. Também não citei nenhuma MFT.
Putz..Eu tive uma Canon G10… essa série era realmente muito boa.
Agora Ricoh acho que nunca vi uma pessoalmente…
Primeiro passo é saber onde vai carregar ela. Algumas cabem no bolso da calça (não é o caso da G10), outras só no do casaco, outras só na ‘pochete’ ou bolsa. O site Compare camera dimensions side by side dá uma boa noção da relação de tamanho entre elas.
Na minha opinião que mais influi na portabilidade é a lente ser retrátil ou não. Justamente o que dá mais problema eletronico/mecânico. Tenho 2 powershor S110 com o mesmo erro neste mecanismo. Pesos de papel.
Olympus tem a XZ-1. Lente zuiko f1.8 e bem pequena.
Outro ponto que eu acredito que os jovens que resgataram essas cameras compactas vão “redescobrir a américa” vai ser de notar o quanto um zoom óptico é muito melhor que qualquer técnica de zoom digital que exista.
E há muito tempo atrás eu tinha uma Canon A570 IS que deixei na casa dos meus pais. vou até em um momento oportuno verificar se ela ainda está viva e funcionando, quem sabe a minha filha goste dela!!
TIve uma, não curti muito, a lente distorcia muito
Sim, tem isso. Eu não gosto de levar camera no bolso, já danifiquei algumas por esse motivo…
Sabe um uso legal dessas cameras também… retirar o filtro de infravermelho que tem na frente do sensor. Fiz isso com uma Canon A630 (parecida com a sua) e o resultado é bem bom. Chegando em casa coloco fotos com ela modificada junto com o link com as instruções da adaptacao.
Fiz isso tambem na Lumix ZS 5 mas na Canon, apesar de ter menos pixel e ser mais antiga, ficou bem mais honesto o resultado.
Interessante essa ideia de retirar o filtro infravermelho, deve “dar um grau” na nitidez, afinal praticamente existe um consenso que ele não serve de nada na fotografia digital. E essa minha Canon tem umas coisas interessantes, como a alimentação dela ser com pilha AA comum. Tudo bem que dura muito pouco uma carga , mesmo com uma pilha recarregável boa , mas por outro lado é zero preocupação de bateria velha que uma nova é cara ou não existe mais.
Falando em pilhas AA, algumas Pentax DSLR podiam usar bateria ou pilhas. Recentemente comprei uma venerãvel Pentax K30 que apesar de usar a mesma bateria de outra Pentax que tenho, pega 4 pilhas AA. Comprei um pack de 4 Eneloops dessas pretas e pra minha surpresa duram mais do que a bateris (Watson, nova). E como o Daniel comentou, zero preocupação com não encontrar mais a bateria original
Quando se retira o filtro infravermelho (IR-infrared) da frente do sensor, toda a parcela da luz visível + a da frequência IR, passa então a chegar no sensor, que é também sensível a este tipo de ‘luz’. Por conta disso é que esse filtro está lá, para fazer este bloqueio. Este tipo de captura sem o filtro IR é o que o pessoal chama de ‘full spectrum’.
Se a pessoa quiser se limitar a captura somente da parcela infravermelha, sem a luz visível, deve colocar um filtro IR na frente da lente. E ai uma consusão: o filtro IR na frete do sensor é para bloquear o IR e deixar a luz visível passar. Já o que é colocado na frente da lente da camera é exatamente o contrário, ou seja, bloquear a luz visivel e deixar a da frequencia IR passar.
No fim das contas sem tratamento a foto (full spectrum) fica com um aspecto avermelhado conforme este abaixo (usei a Canon A630), e depois de convertida para PB.
Este site tem várias informações sobre o assunto
Quanto a nitidez, ocorre que o plano focal, com a chegada da ‘luz’ IR no sensor, acaba sendo um pouco diferente também. Pode acontecer da imagem ficar um pouco desfocada e por isso a recomendação é não usar grandes aberturas de diafragma. Nas lentes manuais antigas tinha até uma marca vermelha na escala indicando a compensação a ser dada no anel de foco.
Já o ‘filtro’ low-pass ou (AA) anti-aliasing, este sim usado para minimisar o efeito moiré, dá uma ‘embaçada’ na imagem e algumas cameras já vem sem ele (ex. Nikon D800E). Assim a imagem tende a ficar mais nítida mesmo.
Este artigo tem bastante detalhe técnico sobre o assunto.
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Acabou sendo um comentário mais longo do que deveria, uma vez que o que escrevi não é novidade para muita gente. Mas resolvi colocar assim mesmo pois pode ser de uso de outras pessoas que passarem por este tópico e tenham interesse em pesquisar sobre. Neste caso recomendo seguir com os links.