O final ainda não aconteceu… Mas estou lentamente desenroscando… Parece ser lubrificante seco mesmo… Estou dissolvendo com fluido de isqueiro. Fiz até uma ferramenta (na 3D) pra auxiliar o giro do anel de foco…
Boa noite. Não saberia falar nada sobre o Nikon. Atualmente uso esse chinês de excelente qualidade, não perde nada pra marcas famosas, inclusive comparado com o da Nikon. Gosto demais dele: Binoculo Octans
Consegui desmontar as duas pernas superiores, onde vão fixadas as oculares. O parafuso que fixa, estava escondido sob um acabamento tão preciso, que parecia parte integrante da peça.
O fuso central dos binóculos Nikon, é “press fit”, montado sob pressão. Tem uns malucos que soltam ele na martelada, mas JAMAIS FAREI ISSO… O problema é realmente lubrificante seco, que acaba virando quase uma cola…
Estou revezando fluido de isqueiro e WD40 original. Tá amaciando aos poucos… Vou chegar lá!!!
Aproveitando o tópico… Procurando pela Internet tutoriais pra manutenção de binóculos, observei que está havendo uma nítida preferência nos dias atuais por binóculos com prismas ROOF. No meu tempo, eles eram raríssimos, a predominância absoluta era prismas PORRO… Existe alguma razão especial pra isso???
PORRO permite imagens mais nítidas e com mais contraste e tem menor perda de luz.
Tem mais coisas também como por exemplo,a construção de binóculos do tipo ROOF é mais fácil implementar o-rings para melhor vedação para água e poeira. Como bínóculos do tipo ROOF são mais leves e compactos e costumam ter algum tipo de vedação são os indicados para observação de vida selvagem.
Aqui tem um link bem legal explicando vários aspectos:
Atualizando… Consegui enfim desmontar todo o aparato… Ou melhor, quase todo. Como a ótica está perfeita, apenas a desmontagem mecânica de união/articulação das metades e mecanismo de foco.
Notícia ruim… O problema não era apenas lubrificante petrificado. A mecânica desse modelo, utilizava uma guia helicoidal ao invés de uma rosca. A idéia, provavelmente era focalizar sem precisar girar muito o ajuste. Mais ou menos como nos binóculos Bushnell que ao invés de um tambor têm uma “gangorra”. Com apenas meia volta no tambor, é possível levar o ajuste de foco de batente a batente.
O lado ruim disso, é que o esforço é muito grande e a mecânica não foi parruda o suficiente pra lidar com esse esforço…
Notícia boa: Projetei um novo mecanismo de foco usando uma rosca com 2 mm de passo. Em outras palavras, são necessárias duas voltas completas do tambor para deslocar o conjunto de oculares por 4 mm. Isso vai trazer duas vantagens, menor esforço e melhor precisão no foco. Terá também uma desvantagem parcial. É necessário girar mais pra variar o foco entre extremos.
Terminei as prévias com infill baixo… A impressão 3D, é feita geralmente com o objeto semi-oco. É impresso um padrão que dá resistência mas deixa o interior da peça “aerado”. A idéia é economizar filamento. Como o material precisará de alta resistência, algumas peças utilizarão infill 100% (maciças) e outras utilizarão infill mais alto (+/- 80%). Quando se imprime peças de alta precisão, é necessário fazer dúzias de impressões teste, pra ajustar as tolerâncias. Pra você ter uma idéia, às vezes pra deixar uma articulação perfeita, tenho de alterar um diâmetro aumentando ou diminuindo 0.1 mm…
Na hora de imprimir no infill definitivo, além de tudo a impressão torna-se mais demorada. Te peças que levam 20 minutos pra imprimir com infill de 15%. Se jogar infill de 100%, leva horas…
Estou iniciando agora a impressão da peça mais crítica. É o fuso central roscado. Seis camadas de base, seis de topo, seis perímetros e infill de 100%. Tempo previsto pelo slicer, 36 minutos…
Fotos… Bem… Talvez eu tire alguma foto imprimindo, mas em geral fotografo cada peça pronta e depois a sequência de montagem…