Minhas Impressões sobre Mirrorless de entrada da Canon (M50, R, RP e R10)

Minha primeira ML foi a EOS M50… Antes eu tinha uma 70D e uma 5D clássica que troquei com o Cheferson pela SL2. Vendi a 70d e a Sl2 e peguei a M50.
Ela é uma camera muito boa, pequena no tamanho mas muito versátil em tudo. De lambuja ainda tem o EVF (visor eletrônico) que permitir uma focalização igual as das DSLR com a vantagem de poder ver em tempo real como está ficando a exposição. Aqui existe um detalhe… a exposição mostrada pela câmera na verdade é uma simulação, pois se está mais claro ou com uma velocidade de captura mais lenta, o que a câmera faz é ajustar o ISO No visor.
A M50 tem cores bacanas, é rápida (10 fps), mas peca por não ter mais dials. Suas irmãs M5 e M6 tem isso (dial fica em torno do botão de disparo e do SET/OK, além do dial de compensação de exposição). Eu diria que ela é a câmera ideal para um entusiasta, ou quem quer levar para a viagem. Tem uma boa variedade de lentes pois aceita lentes Canon EF-M e todas as EF/S comuns além dos fabricantes paralelos tipo Sigma, Viltrox, etc.
Um acessório que eu acho muito bacana é o adaptador Speedbooster. Ele transforma a M50 em 90% ela em uma Full Frame, ganhando 1 ponto de luz em qualquer lente Full Frame e reduzindo o fator de corte de 1,6 para 1,1x. Ele é sensacional! Uma lente 50mm f1.4 fica com enquadramento praticamente da 50mm na FF mas com abertura de f1.0! é absurdo. Uma 24-105 F4, com ele acaba virando uma F2.8, então não teria nem muito porque gastar mais para se ter uma lente assim mais clara.
O que é rum dela é que não tem como colocar um Grip de bateria, não é que nem a 6D que você remove a tampa da bateria e insere outra , nela a porta da bateria é tipo fixa. Se tivesse como por o grip, ficaria com uma ergonomia muito boa.
Para quem faz ponto de passaro, ela talvez não seja tão boa, pois o sistema de foco apesar de ser bem superior do que os das DSLR, ainda tem uma certa dificuldade para focar assuntos assim tão complexos. Se o pássaro estiver entre galhos por exemplo, a câmera se perde um pouco para encontrar o animal, e também fica caçando o foco até encontrar o assunto.
Caso o assunto seja uma linha horizontal, ele certamente não consegue adquirir o foco devido a limitações do sistema de DPAF. O buffer dela também não é muito bom, então numa metralhada ela satura rapidamente. Outro ponto é que usar lentes Tele com ela ficam extremamente desbalanceadas devido ao peso diminuto do corpo, fica tipo diferente, vc segura a lente e apoia a câmera ao invés de segurar a câmera e apoiar a lente. O ruim é que se for uma Zoom, uma hora vc vai precisar girar o anel de zoom e segurar o conjunto pela câmera enquanto gira, definitivamente não é muito legal… Parece que você está fazendo malabarismo.
Quer uma câmera discreta e leve? pode ir de ir M50 sem pestanejar, existem boas lentes para ela que são bem pequenas e trabalham bem com os sistema de foco dela.
Falando nisso, as opções de foco são poucas, mas são efetivas. Temos 2 modos: Disparo Único e Servo, o servo é o modo que o ponto de foco vai acompanhando, diferente do One shot que foca e fica. Depois temos as opções da área de foco, que na M50 são: Área total (aqui ela ativa o foco em pessoas e olho), o modo de ponto e por último o modo de área menor (um quadrado que cabem outros 9 quadradinhos dentro). Outras câmeras (falarei mais para frente) tem mais opções de foco, mas esses 3 já são bem efetivos.
Pontos de destaque: portabilidade e versatilidade. Pontos fracos: ergonomia e o Cripple Hammer da Canon (famoso martelo de capar funções) que levou o Dual Pixel no 4k, o Log, a saída de áudio, o IBIS, o buffer e os Dials.

Depois de quase 1 ano com a M50 peguei a RP. Na época estava com medo de ser tributado e quis economizar uns R$1500-2000 ao escolhê-la à EOS R.

A RP é uma câmera sensacional. Ela ainda é muito portátil, mas ainda tem boa ergonomia. Eu diria que ela é o equilíbrio perfeito entre ergonomia e portabilidade. Se ficar maior melhora a ergonomia, mas perde portabilidade, se diminuir fica muito ruim de segurar. Ela já conta com os Dials que a M50 perdeu da M5, um pouco mais de botões e uma boa pegada.
Estou com a minha a pouco mais de um ano, e depois dela não me animei mais de pegar a 6D que eu ainda tinha como corpo reserva. O sistema de foco dela já deu uma avançada se comparado com o da M50. Ela faz foco no olho, tanto em foto quanto em filmagem continuamente. Também tem mais opções de áreas de focagem.
Acho que para quem faz fotos de ensaios ou eventos ela uma câmera que vai suprir muito bem. O que ela não é: é uma câmera para ação, pois é muito lenta na quantidade disparos que é de 4,5fps, não sei porque a Canon resolveu capar ela aqui, poderia simplesmente ter deixado com pelo menos 7 fps que já estaria razoável.
Outra coisa simples que faltou foi o disparador silencioso, também conhecido como obturador eletrônico. As vezes você precisa captar um momento sem deixar com que a pessoa que está sendo fotografada perceba, aqui certamente seriam uma alteração no software dela bem simples.
Mais uma coisa que a Canon resolveu o capar foi o modo Log e 4k… o primeiro nem existe, enquanto segundo é porcamente implementado, restringindo o sistema de foco para um sistema arcaico de detecção de contraste, igual das T4i de 10 anos atrás. Engraçado que a concorrente dela da Sony (A7 II), entrega o Modo Log e IBIS e ainda custa mais barato. Da Nikon, a Z5 ainda entrega slot duplo de cartão pelo quase mesmo preço mas sem parecer “pé de boi/corte de custo”.
A bateria dela se fosse a LP-E6 seria ótimo, mas resolveram colocar uma “pilha palito” numa câmera com sensor enorme, as mesmas usadas nas câmeras Rebel, que tem um sensor 60% menor :man_facepalming:t2:. Caso a sessão seja um ensaio dinâmico, a bateria tem fôlego, mas se for para usar naquele tipo de foto que você fica “namorando” a composição antes de clicar ela não dá conta. Na DSLR vc consegue fotografar assim (namorando) porque o espelho não gasta bateria, você consegue visualizar a composição e até mesmo pré focar manualmente, porém na ML isso não funciona assim.
A questão da bateria é simplesmente pão durismo meu que não quis comprar uma bateria original. Eu acabei pegando 4 paralelas da Batmax + um carregador duplo pela metade do preço da LP-E17 original Canon. Elas quebram o galho, mas tem o problema de não ter o chip que mostra o percentual da bateria. As vezes ela fala que está carregada, coloco na câmera e faz 30 disparos e morre sem dar aviso e isso já aconteceu várias vezes. Eu acabo tendo que “Sobrecarregar” (dar duas cargas) pra ter mais confiança que vai funcionar. Quando funciona, é quase igual a original, mas quando dá pau, costuma ser justamente na hora que vc está com as calças na mão.
Eu tenho a feia mania de roer às unhas, então pra tirar a bateria é sempre um parto, daí chega uma hora que vai aporrinhando.
Uma coisa que tenho muito medo de acontecer é acabar a bateria numa filmagem. Dizem que se isso acontecer, só resta chorar, pois a câmera (pelo que andei pesquisando) pára de gravar e não “fecha” o arquivo, que acaba ficando corrompido com 0 bytes.

Eu gosto muito das cores da RP, muitas fotos já saem prontas do clique se bater o branco certinho. Acho que é a melhor câmera que tive nessa questão (ou talvez eu esteja aprimorando como fotógrafo, mas não sei).
Por outro lado eu não gosto da questão de ISO e recuperação de sombras, que tem haver com alcance dinâmico do sensor.
Aqui eu acho que ela deixa a desejar, em situações que você precisa fotografar muito rápido, pode acontecer de um flash falhar ou não conseguir dar tempo de reajustar uma configuração (tipo trocar muitos valores dos 3 pilares de exposição rapidamente). Se a câmera tem um bom alcance dinâmico, você consegue remediar isso na pós produção, mas a RP é fraca neste aspecto. Dá pra recuperar 1, ou estourando 2 stops, mais do que isso fica inutilizável, mesmo assim tem que puxar muito o slider de sombras, e reajustar totalmente o desembaçar, o clarity o preto, o branco e os hightlights, fora o contraste e dar um tapa nas curvas e saturação, enfim, um baita trabalho.
A borracha do visor ocular dela é bem dura/rígida, em mim fico sentindo dor na sobrancelha depois de um tempo usando.
Pontos de destaque: Cores, Portabilidade, ergonomia. Fraquezas - capacidade da bateria e falta de recursos que se esperaria.

Hoje chegou aqui uma EOS R.

Conforme eu comentei antes a RP não estava me atendendo bem em dois quesitos: bateria e recuperação de sombras. Acredito que a R tenha resolvido o problema, ou pelo menos remediado bem.
A pegada da R é fenomenal, encaixa perfeitamente na mão.
Uma coisa que cagaram nela foi não terem colocado o terceiro dial: o do indicador seria para Velocidade, o ombro (o que ela já tem atrás perto do AF-ON) para Abertura e o que não colocaram ao redor do botão Q/SET seria para ISO.
Outra coisa ruim é que o botão de ligar fica somente ao alcance da mão esquerda. A R10 é legal que você consegue ligar com o mesmo dedo que gira o dial (polegar).
Mais uma coisa que falta é ter o botão de pré visualização de profundidade de campo.
Os menus são bem parecidos com a sua irmã mais nova a RP, só muda que ela tem uma aba extra de foco (a roxinha) enquanto essas funções na RP estão em páginas do menu vermelho.
Em questão de menu a RP é 90% igual, pouca coisa é diferente.
Em cima a R tem um botão extra que é o de iluminar o LCD e que pode ser atribuído para outra função, é legal mas, ele fica fora do alcance do dedo, você tem que segurar a câmera com a mão esquerda para liberar a mão pra alcançar o botão, ou então treinar bem o polegar para encontrar ele ali em cima, o que é uma tarefa meio difícil já que ele é bem pequeno e fica no que seria um vale.
O visor ótico dela dizem que é melhor, mas confesso que não vi diferença da RP. A borracha dele é a melhor de todas, macia e cobre bem.
Uma coisa que achei estranha é que mesmo com a câmera desligada a tela LCD superior fica ligada mostrando o modo que está (MASP…) isso eu definitivamente não gostei. Lembro que a 60D foi minha última cam que não comia bateria se estivesse desligada, depois a 70d, 6D, entre outras, se eu deixo com a bateria dentro, passa uns dias e ela drena. Eu não sei porque isso acontece já que é uma coisa intermitente, pode acontecer ou não. Mas voltando para a R, ser fica ligado, alguma coisa está gastando bateria.
A Canon é legalzinha por deixar o usuário customizar, pero no mucho: Você consegue colocar algumas funções que ELES determinam, mas não são todas. Uma coisa que seria ótimo era poder atribuir o modo de Corte um botão (Full frame / Crop 1.6x), aqui teríamos 2 lentes em uma. O legal dela é que os 30 MP estão no ponto certo, nem de menos, nem demais. Se quiser 30MP já dá uma ampliação considerável. Se quiser cortar, ela fica com aproximadamente 12MP (4176X2784) no modo APSC 1.6X. Outra função que seria bom ter era poder atribuir o disparo silencioso para um botão, mas a Canon não deixa fazer isso, acredito que a coisa mais próxima disso seja atribuir para um modo Customizado (C1…C3).
Gosto de uma função que ela tem que permite adicionar uma sobreposição de proporção de corte, sempre deixo 4:5 pois para Instagram ou web em geral fica melhor.
A roda de seleção de modo da R funciona por combinação de botões. Para trocar de modo, tem que apertar o botão Mode no meio, depois girar o Dial. Na RP isso é mais fácil pois já tem um seletor dedicado. Na R para mudar de foto para vídeo há um caminho a se percorrer: Mode, INFO, MODE (ou SET/Touch para confirmar). Isso deixa a operação mais lenta, mas por outro lado permite que se tenha Pré Configurações de fotografia separadas das de vídeo. Apesar desse rolê todo para mudar o modo, ela permite gravar vídeo rapidamente caso o usuário deixe o botão REC atribuído pra isso, nesse caso pelo que entendi ela grava o vídeo conforme as configurações que se tiver no modo C3.
Ela tem a Touch Bar que todo mundo é unânime em dizer que foi mal implementada. Funcionaria bem se não ficasse numa posição de descanso do dedo. Você tem como deixá-la travada e segurar por 2 segundos para desbloquear. Tem também como deixar o dedo inteiro cobrindo para ela, o problema é que ali é justamente um lugar que vc acomoda seu dedo para descansar, então vai acabar desbloqueando a dita cuja. A melhor configuração que vi para a barra é deixar ela bloqueada pelo botão LOCK. daí ativar ele e num lado colocar a Ampliação (tipo aquela que ajuda no foco) e no outro lado para ligar e desligar o Histograma. Se ao invés da touch bar tivessem colocado um Joystick acho que ninguém iria reclamar, mas quiseram inventar moda, e olha que os Japas da Canon não costumam ser muito disruptivos.
Outra coisa que a Canon peca é de não ter como se obter o histograma por região. Por exemplo ao ampliar uma foto tirada, aparecer o Histograma somente do que está no quadro. Seria ótimo saber se em determinado ponto temos um estouro/cliping. Além disso, uma função que eles tem embutida mas sempre deixam desativada por padrão é o modo Zebra.
Exceto pela leitura e interpretração do histograma, a câmera não tem um alerta de estouro de altas luzes ou sombras. Você só tem isso depois que faz o clique, com o famoso pisca pisca. Acho engraçado que sempre que mostro uma foto, alguém me pergunta por que fica piscando algum pontinho, aí tenho que explicar que é um aviso de falta de informação daquela área.
Gostei muito da R que o corpo dela equilibra bem com lentes mais pesadas. Usar a RP com lente de plástico dá bom, usar a RP com lente maior, tipo a Ef-24-105 F4 não fica legal, fico com a sensação de estar segurando uma pá cheia com uma mão só. Já a R, por ser um pouco mais profunda, larga, alta e ser um pouco mais pesada, equilibra melhor o centro de massa do conjunto. A minha mão encaixa perfeitamente no corpo da R, o dedo não fica sobrando. Eu sei que a RP tem um acessório que prolonga a pegada, mas sinceramente acho que ele deve atrapalhar para tirar o cartão de memória ou a bateria.
Por falar em cartão… achei ótimo a R ter a porta dedicada só para cartão.
Tem a galera que reclamou aqui dizendo que deveria ter entrada dupla de cartão, mas a Canon compensou isso pelo modo de transmissão sem fio embutido. O grande problema é que a taxa de transferência é baixa e pelo que entendi só envia automaticamente os JPGS.
Ainda não peguei pra analizar os arquivos da minha cópia, no que se refere a nitidez e recuperação de sombras, logo mais irei dar uma conferida, hoje fiquei só configurando e atualizando o Firmware. Peguei uma que foi da primeira remessa lá de 2018, estava com o Firmware 1.0 e ela virou outra Câmera depois do 1.4, que aprimoraram muito a focagem nos olhos e outras coisinhas mais. Só mudando o firmware ela ficou muito mais rápida, sendo que no 1.0 parecia uma 10D em responsividade.
Nos pontos de destaque vou deixar em aberto pois ainda é cedo para falar. Mais pra frente eu volto e digo.

EOS R10
Essa é uma pequena monstrinha. Eu confesso que ainda não usei muito a minha pois só tenho lentes FF, então tudo fica muito “TELE”, mas no pouco que brinquei achei ela muito superior às outras mais antigas.
Cheguei a fazer um trabalho com ela, mas catei uma lata por não achar algumas funções tipo simulação de exposição que nela tem outro nome.
Os menus da R10 tem bem mais itens e a Câmera também dispõe de mais funções do que suas antecessoras FF.
O sistema de focagem dela em questão de velocidade é absurdo! Faz 15 fotos em um segundo contra os 4,5 da RP e como se não bastasse, se colocar no obturador eletrônico ela faz 23 fps. Ela realmente tem uma rajada de respeito. Na real é até bem exagerado isso, se fosse 8 a 10 fps pra mim já estaria ótimo.
No começo eu tive uma dificuldade com ela pois enchia o buffer muito rápido, mas o nosso companheiro André me deu um toque que foi providencial: desligar as correções de imagem, lente, otimização de highlight e sombra. Desliguei isso e a bichinha ficou um corisco.
O sensor dela aparentemente é o mesmo da 80D, SL2, SL3, M50 mas com a melhoria no processador ele ficou mais esperto na questão do foco, podendo agora fazer esse absurdo de fotos por segundo e não deteriorar muito em ruído em ISOs altos (para os padrões Canon ok?). Parece que o processador trata um pouco melhor essa questão. Até 4000 é muito bom, depois disso ficam como se fossem umas brotoejas coloridas. A Canon costuma ter bastante o tal do ruído de cor (Chroma Noise).
Uma coisa legal é que ela te permite escolher os modos de acionamento da cortina eletrônica. Tem como deixar totalmente mecânica (primeira e segunda cortina), primeira cortina eletrônica (possibilita tirar a vibração da batida dela, mas pode estragar a característica do desfoque ou causar um efeito de listras quando usado com flash), ou totalmente eletrônica e sem barulho.
Bacana que finalmente fizeram a 80D ter um modo 4k (fui irônico). Mas depois de tantas câmeras usando basicamente o mesmo sensor, resolveram liberar o modo 4k e com o dual pixel ativado sem recortar. Aqui só faltou o LOG, mas tá bom, dá pra dar uma melhorada nisso usando o perfil Cinestyle que baixa de gratuitamente no site da Technicolor.
A câmera em si é bem pequena e leve, parece que está oca rs. Os botões também são menores e tem uma sensação tátil mais clicável, parecendo um clique de mouse, enquanto a RP por exemplo tem botões maiores e emborrachados.
Uma coisa que é bem vinda é o joystick traseiro. Ainda não acostumei com ele por já ter me adaptado ao esquema de usar a tela touch como touch-pad, mas como diz meu pai: coisa boa a gente acostuma fácil.
Outra coisa boa é que ela tem Flash embutido. Não que a luz do flash pop-up seja boa, mas porque ela pode te salvar numa situação em que precise disparar um flash externo e tenha acabado a pilha do transmissor, ou mesmo vc tenha esquecido ele em casa. Nesse caso, vc coloca o flash na carga mínima, só pra comandar os outros no modo escravo ótico.
Estes dias resolvi levá-la pra fazer um job de cardápio que estou fazendo para um restaurante. Já tinha feito uns 25 itens com a RP e a 24-105 F7.1, na R10 usei as mesmas configurações e lente. No Lightroom, usei as mesmas configurações da RP. Percebi que a R10 puxou bastante a saturação das cores vermelhas… o molho Shoyo na R10 parecia groselha. Precisei dar uma reduzida na saturação dos vermelhos e laranjas, bem como mudar um pouco a parte de calibração dos canais.
Mais uma função que é muito bem vinda é a chave seletora de foco no corpo, além do botão central que ela tem. Nem todas lentes RF costumam vir com seletor de foco, então o seletor embutido no corpo vem bem a calhar. Ele fica numa posição bem estratégica em que você consegue alcançar com o dedo mindinho. O botão do meio do seletor eu coloquei para trocar do modo mecânico para silencioso eletrônico (ele não faz nem o som do alto-falante imitando o barulho do obturador).
O legal de você ter essas opções de disparo eletrônico é que em muitas situações você pode poupar seu obturador, que é uma parte mecânica que costuma dar problema nas câmeras.
Tem a galera que fala que o número de atuações de ML é irrelevante pq não tem espelho, isso é a maior falácia. Espelho de DSLR dificilmente dá problema, o que acaba dando problema são as cortinas ou o mecanismo do obturador.
A ergonomia da R10 é equivalente à SL2 ou uma Rebel só que com a vantagem de ter um Dial Extra que é o traseiro.
Outra coisa que a R10 tem de bacana é a sapata com interface embutida. Ouvi dizer que tem como inserir audio digital na gravação, o que é uma boa já que os pré amplificadores da Canon não costumam ser bons, resta saber se esse não é um acessório que custa o preço de outra câmera.
Comparando o preço das que citei aqui, acredito que a R10 seja a que mais entrega pelo preço, pois conta com muita tecnologia embarcada, recursos que deixam a RP por exemplo no chinelo.
Essa câmera eu recomendaria para entusiastas, viajantes e até mesmo quem deseja fazer algo profissional com mais competência.
O que momentaneamente ofusca o brilho dela é que a Canon não tem quase nada de lente para RF APSC, mas pelos rumores, acredito que a Canon irá reciclar quase todas as lentes EF-M. O que mais falta na R10 (e R7) agora são lentes ultra grande angular nativas. Até onde sei a mais wide que se tem é uma 14mm que é da série L e custa o preço de quase 3 corpos da R10.
Se a marca resolvesse liberar terceiros de produzirem lentes para RF certamente teríamos boas opções.
Eu estou esperando receber um dinheiro de lentes que vendi para pegar o speedbooster para ela. O ruim que por ser um negócio mais restrito acaba custando quase 3x o preço da versão para EF-M. Estou muito curioso pra saber como se comporta um speedbooster em sensor full frame. Digo isso pois recentemente vi um vídeo de um adaptador de lente Canon EF para câmeras Hasselblad que é médio formato. Pelo que vi algumas lentes tem boa cobertura desse sensor MF, então, talvez essa sobrinha de vidro possa dar uma ampliada no FF com redutor focal.

Fernando, boa tarde.

Cara e tú investiu nisso hein rsrsrsrs . Mas vc ainda tem a RP, a R e a R10? Caraca, muita coisa kkkk

Então cara, estou com 5 DSLRs antigas em casa, inclusive sua ex 5D clássica que fica comigo até ela aguentar kkkk. Zueiras a parte, cara, eu já pensei se faço a migração para linha R e qual câmera escolher. Hoje estou entre a R7 e R10. Mas não devo fazer essa migração em 2023 não, ficará para 2024. Das opções que vc avaliou muito bem , hoje eu ficaria com a R10 pelo custo-benefício e por ter recursos de câmeras ultra caras.

Nota-se que apesar de um “corpo de SL2” compacto, ela tem recursos de câmeras muito caras; ela não me parece ser uma opção tão “amadora” assim não como falam, o que é ótimo. E eu acredito que a Canon decidiu fazer isso, porque ela sempre teve tecnologia, por exemplo, pra fazer uma câmera com 4K competente, mas deixava isso para câmeras mais caras ou simplesmente não o fazia por comodismo. Acho que as vendas de celulares e a própria concorrência da Panasonic e da Sony, fizeram ela colocar uns 4K decente nessas novas linhas R .

PS: felizmente tenho $ pra comprar a linha R, mas meu foco ultimamente não está nisso. Há outras prioridades. Afinal se formos parar pra pensar, dá comprar um carro usado popular com o valor de uma R6 Mark 2 por exemplo.

Não é falácia, é burrice mesmo.
Qualquer tipo de obturação que não seja a eletrônica tem problema de desgaste, seja de plano focal ou tipo leaf.

Essa é uma grande vantagem do obturador eletrônico, pois as fabricantes costumam com o tempo parar de produzir peças de reposição para modelos com mais de 5 anos de duração. Aliás, algumas assistências aqui em SPO já estão começando a não dar mais manutenção para algumas lentes EF e EF-S. Motivo: a Canon parou de produzir as peças de reposição dessas linhas, justamente, para “incentivar” a migração pra linha R. Evidente, Nikon também segue o mesmo caminho.

Também é bom não cair nesse papo de que a câmera foi usada somente para filnagem. Tão importante quanto o número de atuações do obturador são o número de ciclos térmicos (quantas vezes e por quanto tempo o circuito sofreu uma variação de temperatura de tantos graus) e o quanto a câmera foi chacoalhada, levou golpes, se foi exposta a umidade e calor, etc.

Câmeras profissionais de vídeo costumam ter um horímetro, por exemplo.

É bom estar atento ao fato da câmera ter obturador eletrônico não querer dizer que ela não tenha um obturador mecânico.
E dependendo da câmera nem vale o custo de uma eventual troca.

Por isso que nunca compro câmeras usadas com mais de 20 mil cicks não importa se a dizem que o obturador X dura fácil 200K.
Só considero comprar no máximo com 10% da vida útil, e nunca equipamentos com mais de 5 anos de uso amador ou 1 ano de uso profissional. A não ser que esteja realmente muito barato.

Minha 7D Mark 1 tem 756.802 cliques. Nunca teve obturador trocado. Já vi relatos de um técnico informando que a 7D e as 5Ds Mark 1, Mark 2 e Mark 3 são tanques de guerra nesse sentido. Acho que mais importante do que um equipamento usado, é ter sempre algum equipamento de backup para finalizar o trabalho, caso ocorra algum imprevisto. E ainda acho que minha 7D aguenta mais uns 600 clicks fácil, a robustez dela é realmente fora de série.

Não discuto isso. Tenho uma A900 que dizem que o obturador vai tranquilo a 1200k clicks. Nem por isso eu compraria uma com 500K.
Quando comprei a minha tinha perto dos 100Ke paguei barato, R$ 1600 reais.

E quanto a ter câmera reserva para uso profissional, quem não tiver ou está na pindaíba ou é maluco…

Mas o importante aqui é deixar muito claro, claríssimo, que não é porque é mirrorless que o número de clicks não importa.

Sim estou com as 4… M50, RP, R10 e R e ainda uma A6000. Mas vou me desfazer de 4.
Hoje mesmo já anunciei a M50. A próxima será a A6000. Lá pra fevereiro se tudo correr como imaginado vou anunciar a RP, e por último a R10.
O plano é vender tudo e ficar só com a R e a R10 de backup.

Bom não sei como é o fluxo aí, mas aqui estou dando uma boa enxugada nas minhas tralhas de foto. Agora já tenho uma certa maturidade para entender o que funciona e o que é só luxo para mim. Estou me desfazendo de bastante coisa que acabo não usando (até tem meu tópico de itens que estou vendendo lá no Classificados). Tem coisa que as vezes a gente tem que acaba sendo uma bazuca para matar uma formiga.
Um exemplo disso são as certas lentes que tenho, ou essa quantidade toda de corpos.

Eu com 2 câmeras já está mais que bom… uma principal FF e outra APSC.

Voltando ao tópico, acho que logo vai rolar a discussão: EOS R vs R7, ou EOS RP vs R10…
Na minha humilde opinião acho que os pares se complementam perfeitamente.

Vamos às minhas sugestões de pares:

Fotógrafos profissionais que precisam de uma cam robusta e um corpo reserva descente:
EOS R + R10. Uma tem bastante resolução, campo de visão de sensor FF, robustez e quando precisar outra mais leve e rápida usa a R10.

Fotógrafo econômicos (se viram bem com pouco equipamento e são eficientes no marketing de venda de serviço).
EOS RP+R10
Ambas compartilham a mesma bateria, uma é mais rápida enquanto outra é melhor para fotos wide.

Fotógrafo que gosta de ter o melhor:
R+R7
Aqui o cara tem o melhor dos 2 mundos. Boa resolução, bom sensor, boa velocidade. Compartilham a mesma bateria e tem ótima robustez.

Mais coisas que não me lembro se falei…

A R10 tem uma função que é matadora. Trata-se da simulação de exposição que nela funciona mostrando a profundidade de campo, diferente das R ou RP que só mostram a luminosidade que a foto deve ficar. A Sony já funciona assim, as Canons mais antiga vc tinha que usar o botão de pré visualização de profundidade de campo para ver como ficaria.
Essa função me dá uma boa ajuda pois não preciso gastar um botão para por a função de preview de profundidade.
Geralmente eu faço foto de f8 a f16 e com a R10 eu já vejo na hora como tá ficando, se eventualmente terei que fechar mais ou se está suficiente.
Eu sinceramente queria saber o pq da Canon não ter feito as cameras já assim, meu palpite é que se a lente estiver numa abertura que não seja a máxima, ela acaba tendo mais dificuldade para focar… Mas por outro lado, em vídeo a mesma câmera faz o foco sem fechar a íris então sei lá :ponder:

Outra função que a RP tem é a parte de empilhamento de foco. Talvez para quem faça fotografia de paisagem seja uma boa, mas para quem faz foto de produto que precisa disparar flash, não funciona pois usa o disparo por cortinas eletrônicas que não disparam flash.

Finalmente também a Canon colocou um modo de disparador intervalômetro embutido na câmera, tanto é que vendi o meu cheio de funções e peguei um de 25 conto que só dá o clique de captura e resolve muito bem.

Comprei a RP logo que foi lançada. Já coloquei minhas impressões no fórum, e para um amador é uma câmera incrível. porém, é realmente frustrante a questão da bateria.
Recentemente usei por uns dias a R7 do meu irmão. É uma câmera fora de série. Melhor que a RP em todos os quesitos. Claro a RP é uma FF e a R7 é cropada, mas sinceramente, quando joguei o RAW das duas no computador, vi pouca ou quase nenhuma diferença na qualidade de imagem.

A R10 (e por tabela a R7) colocam a R e RP no chinelo em questão de tecnologia embarcada, a única coisa é que elas não tem o campo de visão FF e quem precisa de fazer fotos mais wide ou com mais desfoque perde isso. Tudo bem até tem como adaptar uma lente EF-S tipo a 10-18, ou a Sigma 8-16mm, mas aí fica trambolho.

Outra coisa é que para full frame tem lente de 10mm retilinear (Laowa) mas no APSC da Canon (que alguns consideram que não é um APSC real já que o sensor tem uma medida menor do que outros fabricantes) não existe lente equivalente. Até onde sei a lente mais wide para APSC é uma 8mm da Sigma, mas na Canon ela fica com o campo de visão de uma 13mm. Três mm na ponta wide é bastante coisa.

Fernando, valeu pelas suas impressões das câmeras. Certeza que vai ajudar bastante quem está em dúvida ou mesmo que estava pesquisando uma compacta pra sair na rua ou viajar.

Agora duas coisas:

  1. Notei que vc falou sobre a borracha do veiwfinder das duas câmeras. Esses dias topei com um vídeo mostrando um substituto feito de silicone, fabricado pela JJC. Parece ter aquela qualidade já conhecida deles, além de ser mais longo (pra deixar o nariz longe do visor LCD. Parece ser bem macio também. Procurei no Ali mas só encontrei para R7, porém como a busca lá é toda cagada, com certeza deve ter para outros modelos.

  2. O meu kit atual é o que vc descreveu como “O fotógrafo que gosta de ter o melhor” :smiley: Uma R e uma R7. Eu tinha uma RP e a R. Adoro a RP, foi minha primeira mirrorless e concordo com tudo que vc disse. Troquei pela R7 recentemente, quase que unicamente por conta do lance da bateria. E também porque a câmera de backup, no meu caso, é utilizada mais para vídeo.
    Com a correria de final de ano ainda não pude fazer todos os testes, mas achei ela uma câmera robusta (como a R) e com recursos fenomenais, principalmente para vídeo. Algo que achei muito pratico foi o joystick dela, que dá pra colocar o ponto de foco onde quiser. Eu tava com uma baita saudade disso, desde a 5DmkIII.
    Agora (aqui é onde queria chegar) essa semana fiz uma comparação rápida entre ela e a R na questão do ISO. Teste simples, vida real, com a mesma lente, distância compensada e luz natural. Porém: a R estava em ISO 1.600 e a R7 em ISO 1.250
    Mesmo a R7 em ISO mais baixo já aparece uma diferença notável. A R leva uma boa vantagem. Ah, importante dizer que isso se nota, claro, dando zoom de ao menos 50% nas duas fotos Veja, não que eu não soubesse que isso iria acontecer, eu estava ciente. Apenas (por alguma razão) achei que por se tratar de uma câmera nova, com sensor novo, a R7 iria ao menos empatar com a R quando usada até 1.600

Estranhei isso porque gosto de ter a câmera backup como possível substituta (em eventuais emergências) da câmera principal. O primeiro pensamento foi “será que deveria ter ficado com a RP? Ou ido para a R10 e economizado uma boa grana?”
Enfim, como utilizo a segunda câmera mais para vídeo, ainda tem muita coisa para testar. O sistema de foco dela (em foto e vídeo) é absurdo. De longe o melhor que já usei. Fiz um vídeo em 4k fine, com câmera na mão, gravando minha filha de 5 anos andando. Impressionante, incrível como ela crava o foco nos olhos, impressiona a eficiência.

Estava observando hoje, a diferença de resolução da RP para a R é bem pouca:

RP - 6240x4160
R - 6720x4480

A diferença é de 480 e 320.

Achei a recuperação de sombras da R melhor do que a RP. Tirei 2 fotos com o mesmo enquadramento e mesma configuração em ambas as câmeras e recuperei 100% das sombras no LR. Desativei a correção de perfil e ambas estão sincronizadas, zoom em 300%.

EOS RP:

EOS R:

Percebo que na RP o grão fica mais grosso e áspero.
Então aqui pelo menos meu problema com recuperação já deve ter amenizado, adquirindo a R.

Fiz o teste de recuperação de exposição, sub-expondo 5 stops e posteriormente aumentando os 5 na pós, porém percebi que comi bola na fotometria e o resultado da R ficou um EV acima da RP, então acho que não vai ser válida a comparação. Depois outra hora faço de novo.

Depois com teste de ruído máximo aceitável, num teste cego, achei que a EOS RP foi até 6400 enquanto que a R vai bem até 8000. Depois disso, a RP começa a perder muito detalhe e aparecer Chroma noise. Na R começa também a perder detalhes e o ruído fica como se fosse uma fibra de papel sulfite reciclado, vai aparecendo como que uns fiapos.

Um pouco mais sobre a ergonomia das câmeras.

Uma semana que estou com a R, o peso extra é perceptível. Ela lembra segurar uma DSLR mais leve com a diferença que devido ao fato de não ter a caixa de espelho o corpo fica mais leve e compacto. Eu diria que a sensação é próxima de segurar uma 60D por exemplo.
Ela com lentes mais pesadas ou adaptadas com anel fica bem equilibrada, sem ficar pendendo desconfortavelmente pra frente.
Com a Touch Bar rola uma relação de amor e ódio. Amor pq a intenção foi boa, mas ódio pq a implementação foi porca. A posição dela é legal, vc não precisa mexer a palma da mão pra alcançar, mas, o problema é que ela meio que funciona quando quer. Tem uma peculiaridade no jeito que se toca, então dependendo como você a toca ela funciona ou não… Eu deixo ela no bloqueio automático, coloquei para segurar no lado esquerdo para destravar, só que não sei se conforme o jeito encosta o dedo, ela não pega! Aparece que vc tocou, mas não chega a destravar, fica meio que um toque fantasma. Aí pra destravar de verdade, eu acabo tendo que segurar a câmera com a mão esquerda e mover a mão direita de um jeito que o polegar cubra firmemente o lado esquerdo do touch. A rolagem dela também é bem ruim, não sei se é por conta da taxa de quadros do Ocular/LCD, mas não dá pra vc sentir bem pra que lado rodou e quantas etapas andou. Tirando isso, funciona bem. Ela tem 3 opções de uso: deslizamento, toque no lado esquerdo, toque no direito, cada um podendo fazer uma função, e ainda podendo atribuir essas funções para fotografia e outras para revisão de foto. Aqui eu deixei a rolagem para troca do tipo de ponto de foco (mas como falei não gostei, provavelmente vou tirar), toque no lado esquerdo para ampliação e toque no lado direito para exibir/ocultar o histograma. No modo revisão, deixei como toque do lado esquerdo para dar estrelas para a foto e no lado direito para bloquear o arquivo, rolagem eu desativei. Enfim para função toque ela funciona muito bem, só para o desbloqueio e rolagem que é ruim, talvez se tivesse uma regulagem de sensibilidade como tem para o LCD ela funcionaria melhor. Também faltava um feedback tátil ou sonoro delas.

A RP na minha opinião tem o peso e tamanho mínimo para ergonomia. Se fosse menor ou mais leve já ficaria desconfortável.
O dedo mínimo fica com a metade para fora do corpo, mas se você parar e organizar a pegada dá pra ajeitar todos no corpo da câmera, porém não é o jeito que ele cai naturalmente. É bem capaz que o tal do grip extensor aqui melhore a pegada.
A profundidade e largura do ressalto dela eu acho um pouco estreita. Sinto que fica um “hot spot” (ponto de maior pressão) nas falanges mediais após segurar por um tempo a câmera, principalmente com lentes mais pesadas tipo a EF 24-105 F4.
Como falei, fico sentindo um desconforto depois de usar bastante a câmera nos olhos devido à falta de acolchoamento do ocular.
Aparentemente esses dois detalhes podem ser resolvidos acrescentando o grip e uma borracha nova. Se você for casar com a câmera, acho um investimento válido, acho que vais gastar uns R$200,00 pra comprar estes acessórios.

A R10 já é demasiada leve, parece que é oca rs. A pegada é ok (lembrando que Ok não é ruim nem bom, é mediano), mas para usar com lente pesada ou tele acho que não vira. Acho que se o cara for usar ela com supertele no balancim (acho que o nome é gimbal para tripé) até vai.
Adorei a posição do botão de ligar e desligar que fica ao alcance do dedo da mão direita. É uma câmera que dá pra operar usando só uma mão
Mas igual ao que falei da RP o ressalto dela é estreito e pouco profundo. Nela o dedo mínimo vai ficar sobrando pra fora, ainda não vi ninguem vendendo prolongador para ela e nem sei se terá pois ela não conta com os furos para fixação como a RP tem.

Tanto na RP quanto na R10, as lentes que vão equilibrar bem com elas serão: a RF 16, 24, 35, 50 STM, bem como as Zooms 15-30 e 24-105 7.1 Todas ficam perfeitas. Fora elas acho que já fica desproporcional, até mesmo lentes adaptadas por tubo EF-RF.

A M50 já é um caso a parte. Ela é muito pequena, sacrificamos a ergonomia em detrimento do tamanho. Ela é uma saboneteira que troca lente rs. Literalmente penduramos ela na lente e seguramos a lente… bom que vc acaba melhorando a destreza já que agora a mão esquerda é que vai conduzir enquanto a direita somente vai apoiar.

Vou trazer algo aqui que não vi ainda na internet. O comparativo dos tipos de foco de cada câmera.

Todas elas tem somente duas opções: One Shot e AI Servo (nenhuma tem o AI FOCUS).

R10:

Basicamente temos o:
Ponto (Quadrado menor)
Ponto (Quadrado Maior)
Quadrado Maior com 4 auxiliares (desativei na minha pq esses auxiliares acabam não funcionando tão bem)
Quadrado Maior com 8 auxiliares (bem raro de usar)
Zona 1 que é uma região quadrada menor
Zona 2 que é uma região retangular vertical um pouco maior
Zona 3 que é igual a zona 2 mas na horizontal
Área Completa

Nos modos de foco de área e zona a câmera irá procurar o objeto que estiver mais próximo e que dê contraste

Na R10 tem essa opção de ativar o rastreamento com o botão INFO. Basicamente a câmera começa a aquisição do foco pelo ponto definido e segue rastreando mesmo que o objeto tenha saído da área pré determinada.
Se esta opção estiver ativada a câmera também procurará Cabeças, Olhos, corpos, veículos e animais. O mesmo vale para o modo Área completa.

Das câmeras que tive, é a que mais tem opção de foco.

EOS R

-Começa pelo modo área Completa, aqui é que ativa o modo de foco no olho.
-Modo de ponto (com o botão Info muda de quadrado menor para maior)
-Quadrado com 4 pontos auxiliares (a prioridade é o ponto central, mas se não conseguir ele irá tentar achar se existe algo com bastante contraste em um dos pontos auxiliares, não costuma ser muito assertivo).
-Quadrado com 6 pontos auxiliares
-Área quadrada
-Área Retangular vertical
-Área Retangular horizontal

Nessa câmera, diferente da R10 se não estiver no modo Área Completa ela não faz focagem nos olhos ou cabeça, ou seja, não tem opção de rastreamento e segue estritamente o tipo do foco.
Se estiver no modo AI SERVO ela irá rastrear o que for colocado no “Touch and Drag”, ou seja, o que for apontado na tela touch.

Todos os pontos (exceto área completa) podem ser movidos pelo touch.

EOS RP

Aqui a Canon já começou a descer Cripple Hammer

Temos:
-Área Total com rastreamento de cabeça e Olhos (ela e a R não reconhecem os olhos se estiver muito pequeno no quadro)
-Ponto Menor (quadrado menor)
-Ponto Maior (quadrado maior)
-Ponto maior com 4 auxiliares
-Ponto maior com 8 auxiliares
-Área quadrada menor.

Essa câmera só tem esse modo de área, mas apesar disso na real as outras (retângulo e quadrado que tem na R e R10) raramente são usadas.

Por fim a M50

Aqui novamente o processo foi bem enxuto:

-Área Completa com foco no Olho ou cabeça (tentará encontrar uma cabeça ou olhos humanos, caso não encontre ela tentará encontrar um bloco com contraste que esteja mais próximo).
-Área Quadrada (tentará encontrar algum bloco com contraste dentro desta área)
-Ponto

A M50 faz foco nos olhos mas o assunto tem que estar bastante próximo, tipo um close de meio corpo com a 35mm.

Estava pensando hoje… como algumas câmeras desvalorizaram mais do que outras.
Eu estou tentando vender a minha M50, na época paguei R$4500,00 e nova achava na faixa de R$5000,00 quando comprei. Hoje estou pedindo menos do que o valor que paguei e tá difícil de sair. Todas as câmeras que tive até aqui eu vendi sempre mais caro do que paguei (D3200, D60, 40D, 60D, T3i, 70D, GF2, SL2, 6D, 5D). Acho que esses modelos M são mais chatos de sair. Talvez os profissionais não liguem muito devido ao corpo ser menor e talz, o que é uma grande besteira já que das câmeras que tem esse mesmo sensor de 24MP com Dual Pixel ela é uma das mais versáteis e com mais tecnologia.

A R apesar de antigamente custar mais de $2000 dólares, depois que abaixou para casa dos $1600-1700 ficou e aí parou. Aqui no Brasil acha ela por 9k usada, e uns 11-12k nova. Importando sai por 7,5-8k.

A RP foi outra que deu uma desvalorizada boa. Na época que peguei a minha, uma nova no Brasil estava R$8500,00 e usada o pessoal pedia 7,5k a 8k mesmo assim era difícil achar uma boa por 7,5k… tinha que garimpar muito de madrugada e talz.

A R10 aparentemente tá valorizada, Nova ou seminova tá 7k enquanto pra importar tá saindo por 5k ou menos. Talvez a melhor hora de vender seja agora.

As Lentes RF agora estão dando uma desvalorizada também. Lembro que quando peguei a minha 35mm o pessoal pedia 3,8k-4,2k nela. Agora estão vendendo por 3k mesmo assim vejo vários anúncios no ML parados.
O mesmo vale para a 50mm. Quando peguei a minha o pessoal vendia por 1,5-1,6k. Hoje estou pedindo 950 e já estou com ela anunciada desde outubro ou novembro. Isso pq o preço está no percentil mais baixo da plataforma.
Agora se for comparar com lente série L, lembro que peguei minha 24-105 em 2020 por R$2100, usei e vendi em 2023 por 3,3k.

Gosto de câmeras e lentes pelo fato de serem itens que não costumam desvalorizar muito com o tempo. Além do fato de que se você for cuidadoso, você consegue usar um pouco o equipamento, fazer dinheiro com o equipamento e depois repassar com um certo lucro.

Acho que estou “perdendo a mão” nesses lances de comprar e vender Mirrorless.

A conclusão que tiro é mais ou menos a seguinte: quanto mais fama de profissional o equipamento tiver (tipo 5D ou lente Série L da vida) menos tende a desvalorizar.
Imagino que a tendência desses corpos/lentes de entrada é de irem abaixando o preço agora. Talvez isso mude se tivermos algum susto com o dólar.