Fotografei este assunto ano passado, mas achei que valeria a pena revisitar.
Estrelas Wolf-Rayet (WR) são um tipo relativamente incomum de estrelas supermassivas nas quais o hidrogênio está quase completamente depletado. Por isso a estrela “queima” (faz fusão nuclear) de elementos mais pesados. Por análise espectral é possível saber quais elementos estão sendo fundidos na estrela. Hélio e nitrogênio ionizados são comumente observados. Uma vez que a fusão de elementos cada vez mais pesados gera menos energia, esta geração não é perfeitamente contínua, ocorrendo em “golfadas” causadas pela sucessiva geração de calor (que expande a estrela e funde elementos) e gravidade (que contrai a estrela).
A Nebulosa Crescente (NGC 6888, Caldwell 27, Sharpless 105) é formada pela colisão de ventos estelares da estrela WR 136: uma ejeção de material em alta velocidade indo ao encontro e uma onda de material emitida anteriormente, em velocidade bem mais baixa. Ao fundo e ao redor, vemos parte da Nuvem Estelar do Cisne (DR 22), que também compreende, entre outras, as
Imagem feita com 54 quadros de 360 segundos (324 minutos) coletados ontem, 40 darks, 40 flats, 40 dark flats, empilhada no Pixinsight e editada no Affinity Photo, Starnet 2.0 e Topaz Denoise. Usei um telescópio Sky-Watcher Quattro 200mm, redutor Starizona 0.75x, filtro Optolong l-eNHance e câmera ZWO ASI294MC Pro a 0 grau (-10 tá dando problema de congelamento de umidade em frente à câmera). As estrelas mais brilhantes deixaram um halo pronunciado por causa da gaveta de filtros que usei, que deixa o filtro a uma distância bem incômoda sobre o sensor.
