Este até agora foi meu maior projeto: 13.6 horas em 408 quadros de 2 minutos cada, durante 4 noites. Isso porque a nebulosidade do local é um pouco fraca, e precisei de várias horas pra capturar o azul com nível de detalhe decente.
Essa estrela Wolf-Rayet 134 (marcada abaixo como V1769 Cyg) fica aparentemente próxima à bem mais conhecida Nebulosa Crescente, que também é uma estrela WR. Fiquei encucado com ela ao fotografar um campo bem mais aberto da Nebulosa Crescente da primeira referência.
Na edição com Pixinsight, usei uma palheta de cores HOO, (Hidrogênio-Oxigênio-Oxigênio) comumente usada quando se quer retratar as quantidades relativas destes dois elementos.
Ah, o tamanho total do projeto, após empilhamento, ficou em 391 GB. Só a imagem empilhada tinha mais de 1 GB.
A dúvida não é de ignorante, não. Até porque a resposta é… mais ou menos.
Normalmente o primeiro passo é ver o levantamento que está disponível dentro do NINA, do qual falei tempos atrás (e não encontro o link… ). Há outros sistemas parecidos, mas o NINA é muito bom, e ainda por cima gratuito. No assistente de enquadramento a gente define pra onde o telescópio vai apontar, assim como o ângulo:
Mas essa imagem de referência é só referência, não tem um monte de detalhes, como por exemplo a bola azul da foto da primeira postagem. Daí eu faço meu próprio levantamento com uma lente bem curta, pra depois ir com um telescópio mais longo pra fotografar um detalhe que eu gostei.
O assistente de enquadramento do NINA, tem comandos pra levar o telescópio exatamente pra localização que eu quero. Daí, eu simplesmente deixo coletando subexposições até que o dia clareie ou o assunto que estou fotografando desça no horizonte - o NINA também dá essas informações.
Finalmente, tem gente que faz sim um empilhamento em tempo real pra ver como a imagem vai ficar. Eu normalmente vou dormir!